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Tempo é mais do que dinheiro. Tempo é vida





Silvia Marques

O mesmo tempo que te faz “esquecer” uma decepção, é o tempo que nos afasta das pessoas e coisas que mais amamos. Falamos constantemente que nos falta tempo. Mas, o tempo que nos falta é para descansar, para rir, para criar, para ver os amigos, para brincar com os filhos, para namorar o marido/esposa, para fazer aquilo que realmente importa.


Em “…E o vento levou” há uma citação na primeira meia hora do filme , dizendo que não devemos desperdiçar tempo pois a vida é feita dele.


No mundo empresarial, dizer que tempo é dinheiro é bastante comum. Porém, tempo é mais do que dinheiro. Tempo é vida. Sim, o tempo é a matéria-prima da vida como o trigo é a matéria-prima do pão. Desperdiçar tempo ou fazer alguém desperdiçar é desperdiçar vida, o nosso bem maior.

Podemos ressarcir o dinheiro roubado ou perdido. Podemos repor um objeto quebrado. Mas não podemos devolver o tempo perdido. Por tal razão, é tão importante levarmos a sério o valor do tempo. Não devemos considerar o tempo apenas no sentido de fechar feridas e embaçar a vista para memórias devastadoras. Devemos pensar a questão do tempo como sinônimo da própria vida e da necessidade de torná-la significativa.

Não devemos nos deixar levar pelo tempo como se ele fosse uma fonte inesgotável. E se algumas dores apenas o tempo cura, por outro lado, o tempo mal aproveitado pode nos fazer perder amigos, desistir de sonhos, deixar o amor em segundo plano, abandonar a nós mesmos.

O mesmo tempo que te faz “esquecer” uma decepção, é o tempo que nos afasta das pessoas e coisas que mais amamos. Falamos constantemente que nos falta tempo. Mas o tempo que nos falta é para descansar, para rir, para criar, para ver os amigos, para brincar com os filhos, para namorar o marido/esposa, para fazer aquilo que realmente importa.

A nossa sociedade altamente competitiva está drenando o nosso tempo, isto é , a nossa vida por meio de um canudinho de pseudo felicidade. Temos tempo para stalkear a vida alheia, mas não temos tempo para tomar um café ou chope com os amigos. Tempos tempo para ir à academia todos os dias, antes do trabalho, mas não temos tempo para ficar com a família. Temos tempo para ler todos os livros motivacionais que a nossa empresa indica, mas não temos tempo para ler o que realmente nos interessa.

Falta tempo também para o ócio criativo. Sim, o ócio quando bem aproveitado é uma período riquíssimo para descobrir soluções inusitadas para a vida, além de ser muito relaxante. Mas para a nossa sociedade, relaxar parece coisa pouco importante, quase supérflua. Relaxa-se quando todo o resto já foi feito.

Não é à toa que as pessoas investem muito mais tempo e dinheiro em drenagens linfáticas e massagens redutoras de medidas do que em massagens relaxantes que reequilibram as energias do organismo. Não é à toa, que as pessoas investem muito mais tempo e dinheiro em roupas, bolsas e sapatos que visam proporcionar uma imagem de status do que em fazer uma boa terapia para reestruturar questões essenciais que poderiam aumentar incrivelmente a qualidade de vida. A maioria prefere tomar Rivotril e/ou ler livro de autoajuda. Não é a toa que sabemos mais sobre fatos e pessoas que estão do outro lado do mundo do que sobre aqueles que estão ao nosso redor.

Podemos perder tempo também quando insistimos em escolhas erradas. Quando estamos desconfortáveis em um lugar e permanecemos por comodismo ou medo de mudar. Tem gente que insiste em continuar uma faculdade que odeia, um relacionamento amoroso vazio ou se deixa enredar por uma série de pequenos compromissos e dinâmicas sociais que nada acrescentam e só nos sugam.

Reclamamos da falta de tempo, mas não sabemos aproveitá-lo. Em muitos outros casos, até sabemos, mas a dinâmica social e a necessidade de matar um leão por dia nos impede de colocar em prática o que entendemos e sentimos. Criar um esquema de vida que preserve para nós o máximo possível de tempo é uma arte preciosa. Cabe a cada um de nós descobrir por qual vazamento o nosso tempo está sendo escoado.

Muito tempo nas redes sociais? Está trabalhando além do necessário? Está aceitando todos os convites sociais por mera educação? Está obcecado demais com os cuidados com a aparência? Está fazendo cursos que não são realmente importantes para a sua carreira? Aprender a dizer não e selecionar o que é realmente urgente e/ou importante me parecem os primeiros passos para começar a resgatar mais tempo. Porém, estas dicas são generalizantes e insuficientes para reconstruir qualquer existência. Sim, somos nós que precisamos criar a nossa própria receita. Somos nós que precisamos descobrir onde estão as faltas e excessos. Mas no final das contas, esta “perda de tempo” realizando este tipo de planejamento se tornará o maior dos investimentos.


Postado no O Segredo











Um surpreendente encontro com o Tempo




Robson Joaquim

Não era tão tarde assim, mas cansado resolvi ajeitar-me no sofá apenas para relaxar um pouco. Acabei pegando no sono, pois já estava caminhando por entre os bosques que dão acesso àquela montanha onde costumo ir em meus sonhos. Lá do alto contemplo toda a cidade e reflito sobre meu dia. Parecia-me tudo normal até me encontrar com uma pessoa que dizia ser o próprio “Tempo”.

Foi acidental, juro! Na pressa em isolar-me naquele alto acabei esbarrando nele. Apresentamo-nos e ele então me arrastou para o Banco da Vida e em pouquíssimas e sábias palavras explanou-me sobre seu trabalho. Durante alguns minutos apenas escutei sua majestosa filosofia sobre o tempo de tudo. Deixou-me, entretanto, desconcertado quando perguntou: Diga-me jovem, qual a sua missão de vida e quanto tempo pretende consumir para realizá-la?

Desprevenido, montei uma lista na cabeça que parecia crescer a cada milissegundo e, não querendo desapontá-lo, citei apenas três delas aleatoriamente. Ao recitá-las tive a impressão de que elas foram colocadas em julgamento naquele exato momento. Será que eu realmente acreditava nelas? Refleti se havia feito as escolhas certas para minha vida e cheguei a pensar que o Tempo iria me criticar de alguma forma, mas nada disso ocorreu. Ele apenas sorriu sem pressa.

Muito gentilmente o tempo orientou-me. Reproduzo abaixo um pouco do que ouvi:

Sobre a porção de tempo que foi lhe dada, não possuas um alto consumo desperdiçado, não o perca naquilo que não for seu objetivo e nem o contamine com bobagens alheias. Muito menos interfira no tempo dos outros causando-lhes desconcertos. Saiba apreciar a riqueza que lhe foi concedida. Não espavente para longe nem o desvalorize tornando o que resta insuficiente para conquistar o que desejas. Aproveite cada fração, aprecie-o com muito amor e carinho, pois tudo passa muito depressa. Não te culpes num futuro próximo ao olhar o quanto tempo foi perdido.

O tempo então levantou-se, e despediu-se. Em calmaria saiu como se aproveitasse cada passo dado, deixando-me apenas com minhas reflexões.

Continuei apreciando a paisagem lá do alto. As pessoas lá embaixo eram como pequenos grãos que se movimentavam entre as ruas. Senti-me como se fosse uma águia no seu ninho, distante da tempestade. Bastaram apenas alguns minutos para que pudesse retornar a realidade e tomar coragem de anotar tudo: os sonhos, os passeios, as aventuras e os planos a realizar além de reservar uma grande parte deste tempo para desfrutar com quem amo.

Na verdade compreendi que o tempo vivido não se trata apenas de passar os dias em luxos demasiados, mas sim de saborear os prazeres da vida. Cada segundo dele é uma dádiva. O tempo é momento concedido, é livre e simples. Sem culpas e sem arrependimentos aproveite-o da melhor forma possível. E, acredite, ele não volta mais.


Postado no Conti Outra 







Use o tempo como seu aliado





Eunice Ferrari

Platão dizia que "o tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel". Nessa frase, existem duas coisas importantes que devemos entender. Primeiro: o tempo caminha no seu próprio ritmo e necessidade, independente de nossa vontade e ansiedade, ele simplesmente caminha. Segundo: sua estrada é a eternidade, ou seja, ele continuará caminhando independente de nós.

O tempo é o mais sábio de todos os mestres, pois ele abriga em si duas das grandes necessidades humanas: a estrutura e o esquecimento. Em qualquer setor de nossas vidas, através da passagem do tempo unida ao nosso trabalho, temos a chance de construir uma base concreta e segura. Um grande amor, nossa carreira, uma casa, a sabedoria humana, civilizações, enfim, tudo o que pede solidez, precisa de tempo. Da mesma maneira, é ele quem cura nossas dores através do esquecimento, uma grande bênção que nos foi deixada pelo Criador. 

Ele é o nosso grande mestre e é por isso que devemos aprender a nos unir a ele, trabalhar junto em direção à concretização de nossos objetivos. Tentar controlá-lo, querer antecipá-lo, esperar que ele passe mais depressa ou achar que ele se adaptará às nossas necessidades é puro fascismo. Isso nunca acontecerá, está fora dos nossos domínios.

Enquanto não entendermos que tentar controlar o que está fora de nosso controle é uma espécie de tortura, não chegaremos nem ao menos perto da paz que procuramos. Tudo o que acontece neste mundo tem um tempo de nascimento, crescimento, maturação e morte e nenhuma etapa desse processo está em nossas mãos.

Dalai Lama tem um pensamento interessante nesse sentido. Ele nos diz que se temos um problema que tem solução, então não temos um problema, já que ele tem solução. No entanto, se temos um problema insolúvel, também não temos um problema, já que o mesmo não tem solução.

Só o tempo cicatriza nossas feridas, cura nossos medos, nos traz de volta a esperança. 

Alice Bailey, no livro A Astrologia Esotérica, nos ensina que "quando o discípulo reconhece Saturno (o Senhor do Tempo) como o deus que dá oportunidade e não o vê apenas como a divindade que traz desventura, então, ele está no caminho do aprendizado, e não apenas teoricamente, mas de fato, verdadeiramente". 

Mas por que não conseguimos fazer nossa parte e em seguida deixar o tempo atuar, da forma que for necessário? Porque nos falta fé. Porque somos movidos pelos nossos medos. Porque não confiamos na vida. 

A escolha, mais uma vez, está em nossas mãos. Aliar-se ao tempo, confiar no curso natural da vida e acreditar com fé que tudo dará certo no final.

Quando fazemos tudo o que é preciso para construir algo em nossas vidas, devemos entregar o resultado de nossas lutas nas mãos do tempo. Essa deve ser uma atitude consciente e segura.

Se você não consegue agir dessa maneira, deve começar agora um treinamento nesse sentido. Mesmo que sinta medo, vá em frente e fique atento a cada sensação, a cada paralisação e a cada pensamento negativo que passar por você.

No início, você pode sentir muito medo, angústia e uma sensação de irresponsabilidade. Mas esses sentimentos são apenas resultado de antigos padrões de comportamento que temos arraigados dentro de nós.

Está mais do que na hora de combatermos com coragem tudo o que nos paralisa e nos impede de construir um caminho de paz e felicidade.


Postado no site Somos Todos Um