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Aluno com deficiência física defende mestrado em Educação





O estudante da UFRGS Cláudio Luciano Dusik defendeu na manhã de hoje, 26, a dissertação “Tecnologia Virtual silábico-alfabético: tecnologia assistiva para pessoas com deficiência”, no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS. Ele é o primeiro aluno com deficiência física a concluir mestrado no programa.

No mestrado, Cláudio, que é formado em Psicologia e possui conhecimentos em Informática, foi instigado a lapidar um teclado virtual que utilizava.

O software foi então aperfeiçoado e permite agora que pessoas com diferentes limitações possam utilizá-lo, a partir de uma característica de adaptação.

Sob a orientação da professora Lucila Maria Costi Santarosa, a dissertação detalha a nova tecnologia assistida – o aplicativo de um teclado virtual - e relata cases de cinco usuários. O estudante pretende agora colocar sua criação livremente à disposição de pessoas que, a exemplo dele, necessitem do recurso para poder escrever com apoio do computador e interagir virtualmente.

Cláudio tem atrofia muscular espinhal (AME), doença genética que causa degeneração dos neurônios motores. Apesar disso, e com apenas o movimento de um dedo, ele utiliza o mouse para digitar e acessar a internet, com autonomia. Atualmente, atua como tutor em cursos da Universidade Aberta do Brasil.

O uso da cadeira de rodas não impediu o estudante de levar adiante sua pesquisa. Cursou todas as disciplinas de forma presencial e semipresencial. Nos deslocamentos de Esteio, onde mora, até Porto Alegre, o estudante contou com a companhia da mãe no transporte especial. Muitas orientações da professora Lucila foram realizadas pelo Skype para que ele não precisasse vir à Faculdade de Educação.

A mãe de Cláudio, Elza Arnoldo, que acompanha os esforços e conquistas do filho, estava muito contente com seu pioneirismo. Para ela, ele é um exemplo de que é possível às pessoas com deficiência vencer o medo, a vergonha e o receio e enfrentar as batalhas do mundo.

“Quando criança, os médicos diziam que o Cláudio teria de sete a quatorze anos de vida. Vivíamos em luto. Ele foi para a escola só para brincar e ter amigos. Hoje está defendendo seu mestrado. É um exemplo para todas as pessoas com deficiência”, comentou Elza.

Ela também lembrou que ao enfrentar as barreiras, Cláudio provocou alterações nas vias públicas, na disponibilização de transportes e na acessibilidade aos locais de estudos.






Postado no Portal UFRGS em 26/03/2013






Crianças analfabetas da Etiópia aprendem sozinhas a hackear tablets



Cesar Grossmann

Crianças analfabetas da Etiópia aprendem sozinhas a utilizar e até hackear tablets. Caixa com aparelhos foi deixada em aldeia remota e o que os registros revelaram é bastante animador.

Certa vez alguém perguntou ao astrônomo e divulgador de ciências Neil de Grasse Tyson o que fazer para despertar a curiosidade científica nas crianças, e o conselho dele foi: “sair do caminho delas”, ou seja, deixá-las explorarem à vontade.

As crianças, segundo ele, já nascem cientistas, com curiosidade e vontade de explorar e conhecer.

O pessoal do “One Laptop Per Child” (“Um Laptop Por Criança” – OLPC) comprovou essa ideia na prática.

A empresa de Nicholas Negroponte já distribuiu 3 milhões de laptops para crianças em 40 países, uma atividade que geralmente integra professores a alunos.

Mas e onde não tem professor? E onde todo mundo é analfabeto?


As crianças, segundo o astrônomo Neil de Grasse Tyson, já nascem cientistas, com curiosidade e vontade de explorar e conhecer. A ideia foi comprovada na prática e com o mais extremo dos contextos.

A equipe do OLPC deixou uma caixa fechada com tablets Motorola Xoom em duas aldeias etíopes, Wonchi e Wolonchete, onde nunca havia caído ou passado nada escrito.

Eles ensinaram alguns adultos como usar os painéis solares que recarregam os tablets, e pronto. Largaram lá os aparelhos recheados de programas educativos, livros, filmes e jogos.

Uma vez por semana, eles apareciam nas aldeias para trocar o chip de memória dos tablets, onde estavam registradas as atividades das crianças, todas entre 4 e 8 anos. E o que os registros mostraram é bastante animador.

* 4 minutos depois que a equipe saiu da aldeia, as crianças já haviam aberto as caixas e descoberto como ligar os tablets – eles nunca tinham visto um botão de liga/desliga antes;

* uma semana depois, cada criança usava em média 47 aplicativos por dia;

* duas semanas depois, eles estavam disputando quem soletrava o alfabeto mais rápido, e cantavam músicas como o abecê;

* cinco meses depois, eles conseguiram ultrapassar a proteção do tablet, que não deixava personalizar o mesmo, e além de cada um ter um tablet completamente diferente, eles também conseguiram habilitar a câmera, que alguém tinha deixado desabilitada por engano – traduzindo, eles hackearam o tablet;

* uma das crianças, que brincava com programas de alfabetização que usam imagens de animais, abriu um programa de desenho e escreveu a palavra “Lion” (leão);

* o que uma criança descobria sobre os tablets era compartilhado rapidamente com todas as crianças. Elas formaram uma rede solidária de aprendizado espontaneamente.

Experimento de crianças da Etiópia com tablets foi esplendoroso (Foto: Divulgação)

Em cinco meses, a vila saiu da “idade da pedra” e se lançou no caminho da alfabetização e da informática. Imagine se cair um disco voador na Etiópia…

Postado no blog Pragmatismo Político em 15/03/2013



Desconecte-se do Twitter e desligue o celular, por favor!


em cultura digital em Novembro/2012


Um novo comportamento chamou a minha atenção nas últimas conferências que participei nos EUA. Talvez essa atitude chegue um dia ao Brasil. Cada vez mais, mediadores de eventos e painelistas estão pedindo para que a plateia desligue os celulares e não fique tuitando durante as palestras. O mote “escute primeiro, escreva depois” ganha espaço.

É irônico isso acontecer. Os palestrantes e organizadores dos eventos eram, até então, os primeiros a incentivar que a audiência usasse “hashtags” específicas e publicasse tweets de forma frenética durante os painéis de uma conferência.

Motivos não faltam para essa nova atitude. O primeiro deles – entre pesquisadores americanos, o consenso cada vez mais comum é de que a ideia de multitarefa é um mito. Ao contrário dos computadores, nós, humanos, não temos a capacidade de executar diversas atividades simultaneamente. Na realidade, o que temos é a habilidade de mudar rapidamente de uma para outra atividade.

Logo, quanto mais rapidamente nos descolamos de uma atividade a outra (tuitar e prestar atenção no palestrante), pior será o nosso desempenho ao processar as informações, posto que o nosso esforço mental será maior.

O outro motivo é mais comportamental. Estar conectado tem múltiplas vantagens – acesso rápido a informações e pessoas. Entretanto, cada vez mais, estamos redescobrindo as vantagens de estar desconectado – maior capacidade de refletir por conta própria, de não pensar somente no presente (em tempo real) e de não se preocupar com a plateia que nos cerca na internet.

Algumas empresas americanas já promovem os chamados “períodos de desconexão“, momentos em que não é permitido enviar/checar emails nem se comunicar com o colega de baia por mensagens eletrônicas. A comunicação deve ser face a face.

Desconectar-se, em algum momento, é a nova ordem.

Até há algum tempo, um executivo que falasse que estava o tempo todo “estressado” e não tinha mais “tempo para a família e o lazer” era visto como um profissional produtivo, moderno, dedicado. 

Hoje a imagem é justamente contrária. O executivo que a todo momento está “estressado” é visto como uma pessoa com pouco equilíbrio, que não consegue se auto-organizar e dar devido valor e peso a diversos aspectos, como os da vida pessoal, familiar e profissional.

Acredito que o mesmo acontecerá com a pessoa que não consegue se desconectar e dar o devido valor às vantagens de estar desplugado. Como assim, você não consegue se desconectar? Não consegue administrar o tempo para você mesmo? A tecnologia manda em você?

Não acho ruim que tudo isso aconteça. Pelo contrário. É o sinal do começo de um novo comportamento em relação ao digital. Parece que depois de nos lambuzarmos com diversas tecnologias, estamos agora colocando algumas delas em seu devido lugar.


Falácias contemporâneas



http://guiadicas.net/fotos/2009/04/super-jogos-para-celular-sony-ericsson.jpg

Notícias dão conta de um levantamento estatístico que apurou a existência, em nosso país, de cerca de 270 milhões de celulares. Dependendo da ótica sob a qual se analisem esses dados, há o que festejar ou o que lamentar. 

Em princípio, essa seria uma marca do progresso a que atingiram os brasileiros, um índice da inclusão gradativa dos segmentos menos favorecidos, um retrato da ascensão da chamada “nova classe média”. 

Mas, será mesmo? Para respondermos de forma efetiva a essa indagação, teríamos que analisar detidamente o que tais números significam na realidade. Sabemos, por exemplo, que a maioria das empresas de médio e grande porte disponibiliza aparelhos celulares para uso profissional por parte de seus empregados. Uma forma sutil de encontrá-los fora dos horários ”oficiais” de trabalho e ocupar o seu tempo a serviço “oficioso” da empresa. 

Assim, muitos dos nossos 200 milhòes de cidadãos possuem dois aparelhos celulares, justificando em parte o número total apurado. 

Outra circunstância que tem que ser levada em consideração é a absurda e permanente renovação de aparelhos por parte dos ”consumidores” que, nesse caso, fazem jus por inteiro a esse título, já que – induzidos por uma saraivada de exortações publicitárias - “consomem”o celular como um bem absolutamente descartável, ao menor indício de uma novidade na área... É claro que algum peso deve ter esse comportamento na apuração dos tais 270 milhões. 

Uma outra abordagem sobre o efetivo caráter “progressista” dos números apresentados corre por conta não apenas da eficaz utilização positiva dos aparelhos por parte de seus proprietários como instrumentos da comunicação ágil e da informação tempestiva, pelo acesso à Internet , mas também, na contramão disso tudo, pelo registro evidente de seu emprego em atividades absolutamente supérfluas – para não dizer dispensáveis - dos aparelhos em funções que a propaganda faz alavancar, mas que, na realidade, são apenas dinheiro jogado fora, ou melhor, jogado dentro dos cofres das empresas de telecomunicações, talvez em prejuízo de outras necessidades básicas de muitos dos usuários. 

Aqui entramos no lado perverso da sociedade contemporânea, na sua atual versão do capitalismo. Interesses econômicos de setores empresariais, da mídia e de órgãos governamentais se unem para conduzir o cidadão ao consumo supérfluo e depois o deixam à própria sorte, entregue às feras do mercado. 

Uma vez no rol dos felizes proprietários de celular, cujos serviços entre nós são dos mais caros do mundo, ai dele se precisar de apoio para os inúmeros problemas com que se defronta – responsáveis por um recorde de reclamações. Enfrentará por horas (dias?) um impessoal “diálogo” nos “call-centers” da vida, excrecências que desrespeitam a cidadania e que, na busca de enxugar custos e fugir do confronto direto com os reclamantes, pousam como marca de uma modernidade que deveríamos todos rejeitar. 

O celular é apenas uma metonímia para esse jogo de sedução/desprezo que marca os tempos que correm. Se pensarmos nos automóveis, por exemplo, chegaremos a um quadro que seria extremamente cômico, se não fosse tão perverso. 

A indústria automotiva quer faturar o máximo, a mídia se beneficia de polpudas verbas de propaganda e os governos arrecadam com impostos excessivos. E lá se vão os recursos dos poupadores, agora orgulhosos detentores do veículo do ano. Quando atingem a condição de proprietários, porém, passam a ser acusados de contribuírem para a poluição planetária, para os engarrafamentos monumentais (que, aliás, os impedem de desfrutar do carro plenamente), para a violência no trânsito. 

E então, em nome da cidadania, tenta-se convencê-los a deixar o carro em casa... Uma parte deles passa também a ser execrada como componentes do índice de inadimplência no país. Mas a indústria continua a produzir crescentemente os instrumentos da poluição (cada vez mais descartáveis), a propaganda continua seduzindo com promessas mirabolantes de sucesso pessoal, os governos continuam arrecadando. 

Conheço poucas situações tão surreais quanto essa. Registre-se que esse é um panorama internacional, transcende a realidade brasileira onde, pelo menos, os impostos, nos últimos anos, têm sido carreados para programas sociais. De qualquer forma, não estamos imunes a esses procedimentos. 

São as contradições do sinistro sistema que elege uma fictícia entidade “mercado”como a instituição mais importante no mundo de hoje.

De minha parte, prefiriria que, ao invés da explosão de celulares dispensáveis e de carros nem sempre necessários, os povos do planeta estivessem todos plenamente alimentados, integralmente assistidos no plano da saúde, com educação de qualidade e moradias condignas. Até porque, se tudo fosse assim, com comunidades bem formadas e informadas, essa turma do lucro não deitava e rolava como o faz... 

Para terminar e mudando de assunto (se é que não é possível vinculá-los) , é nítido que a direita catastrófica e demonizadora anda assanhada com os resultados conseguidos no STF, à custa de princípios jurídico-políticos pouco claros e, para muitos, casuísticos. 

Vamos esperar para ver se os heróis de hoje manterão essa postura em outros casos que estão aí para ser julgados. 

Se não o fizerem, restará claro que o objetivo desse “combate à impunidade” é o de obstruir e minar as conquistas populares dos últimos anos, na tentativa de fazer retornar ao comando do país os que servem a interesses que não os do nosso povo. 


Rodolpho Motta Lima Advogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.


Postado no blog Direto da Redação em 02/11/2012


6 jovens que estão mudando o mundo pela educação


Educação

Patrícia Gomes
O mundo hoje torce pela recuperação da jovem paquistanesa Malala Yousafzai, 14, que sofreu neste mês um atentado enquanto ia para a escola por defender o direito do acesso das meninas à educação. O caso de Malala mobilizou autoridades, políticos e gente comum, que tem compartilhado sua foto nas redes sociais. A boa notícia é que a moça não está só. Como Malala, há muitos jovens que estão transformando, cada um a sua forma, o seu entorno pela educação. Alguns, inclusive, estão indo muito além de mudar a realidade local. O Porvir mapeou alguns desses casos de pequenos empreendedores de mentes brilhantes. Confira!

1. Malala Yousafzai 14 anos menina que só queria poder estudar

Malala é uma jovem paquistanesa que, desde muito nova, ficou conhecida por seu ativismo em favor da educação das meninas no distrito de Swat, dominado pelo talebã. Em 2009, então com 11 anos, ela começou a escrever um blog para a BBC em que relatava as dificuldades de viver em uma região onde a violência era algo normal. Na mesma época, o jornal The New York Times produziu o documentário Class Dismissed (Aula Cancelada, em livre tradução), em que mostrava a menina e sua família às vésperas da escola onde estudava ser fechada pelos extremistas. No vídeo, ela e seu pai falam do sonho que a jovem tem de ser médica e de seu medo de ser obrigada a parar de estudar.

Confira o documentário, em inglês (cuidado, cenas fortes de violência).





Em 9 de outubro, Malala sofreu um atentado enquanto ia para a escola. A van em que estava com outras meninas foi interceptada por homens armados e ela foi atingida por tiros no ombro e na cabeça. A menina foi levada às pressas para um hospital local em estado crítico e, tão logo suas condições de saúde permitiram, ela foi removida para a Inglaterra. O Talebã confirmou a autoria do ataque e reafirmou que segue com sua intenção de matar Malala e seu pai. Apesar disso, a parte boa é que, segundo a imprensa britânica, o estado de saúde da garota ainda inspira cuidados, mas ela apresenta melhoras consistentes e já consegue ficar de pé. Uma legião de pessoas tocadas pelo que aconteceu com ela tem compartilhado sua foto e sua história nas redes sociais.

2. Brittany Wenger 17 anos jovem que ajudou a diagnosticar o câncer

A norte-americana Brittany Wenger, 17, criou um programa de computador que ajuda os médicos a detectarem câncer de mama. A jovem levou dois anos para concluir suas pesquisas e, em julho, foi a vencedora do 2o Prêmio Google de Feira de Ciências, que condecora pesquisas de jovens cientistas de todo o mundo. Pelo programa, os médicos podem inserir características das células doentes (como aparência, tamanho e espessura) e o app aponta sua probabilidade de malignidade. “Tive casos de câncer na família, especificamente câncer de mama”, diz a jovem à emissora norte-americana ABC. Brittany quer continuar seus estudos e se tornar médica oncologista pediatra. No mesmo vídeo, sua mãe conta que, desde pequena, a menina é questionadora. “Quando ela tinha 3 ou 4 anos, ela sempre perguntava o porquê das coisas. As pessoas diziam que ia passar. Hoje ela tem 17 e continua perguntando.”



3. William Kamkwamba 25 anos menino que dominou 
o vento aos 14

William Kamkwamba hoje tem 25 anos, mas seus feitos começaram quando ele ainda tinha 14 no Maláui, no sudoeste da África. Em sua TED Talk de 2009, o rapaz conta que seu país sofreu com uma fome muito forte em 2001. Naquele ano, sua família, que vivia de plantar milho, só comia uma vez por dia; ele e seus irmãos desmaiavam com frequência de fraqueza. “Eu olhei para o meu pai e para aqueles campos secos e aquilo era um futuro que eu não podia aceitar”, diz ele. Mal tendo como sobreviver, seus pais não puderam arcar com as despesas da educação de William, que precisou deixar os estudos. “Mas eu estava determinado a fazer o que fosse possível para nunca parar de estudar”, afirmou. Ia à biblioteca local e lia livros, especialmente de ciências. 

Em um deles, viu o desenho de um moinho de vento e descobriu que aquela estrutura era capaz de bombear água e gerar eletricidade. Ele buscou os materiais de que precisava em um ferro-velho. “Eu consegui construir minha máquina”, disse o rapaz que, com sua engenhoca feita com partes de bicicleta, canos de PVC e um ventilador de caminhão, conseguiu levar luz à casa de seus pais. “As pessoas faziam fila na porta de casa para carregar seus celulares”, contou. A história do menino que dominou o vento foi contada na biografia “The boy who harnessed the wind” e inspirou uma onda de outros projetos pela África que buscam levar energia elétrica a lugarejos afastados a partir de mecanismos simples.

Veja TED Talk de William (2009).





4. Daniel Burd 16 anos menino que descobriu bactérias que comem plástico




O trabalho de escola do canadense Daniel Burd, 16, fez a ciência refazer as contas. Sua descoberta transformou os milhares de anos necessários para decompor plástico em apenas três meses. O jovem fez um experimento em que misturava lixo, água e plástico e deixou o tempo agir. Ele percebeu que o plástico estava, de fato, se decompondo muito mais rapidamente que pelo curso natural. Refez o experimento em outros meios e temperaturas e viu que o processo se repetia. Analisando o material, Daniel identificou que as responsáveis pela ação eram duas bactérias.
5. Isadora Faber, 13 anos e Martha Payne, 9 anos meninas que denunciaram suas escolas


A brasileira Isadora Faber, 13, criou a página Diário de Classe no Facebook e virou um fenômeno na internet. A menina começou a usar a rede para denunciar os problemas de sua escola, em Florianópolis. Ela tirava fotos de fios soltos e desencapados, portas quebradas, ventiladores que não funcionavam. A página virou um sucesso instantâneo e hoje tem quase 350 mil apoiadores. Isadora conta que sua inspiração para criar a página foi a escocesa Martha Payne, 9, que montou o blog NeverSecond para reclamar da qualidade da merenda de sua escola. Com o sucesso da brasileira, muitos outros diários de classes surgiram pelo Brasil e hoje Isadora lidera movimentos em prol da qualidade da educação pública no Brasil.

Veja vídeo feito por Isadora Faber.


Postado no blog Porvir O futuro Se Aprende em 23/10/2012


Nota

É, sem dúvida, muito boa a iniciativa da menina Isadora Faber de criar uma página no Facebook para falar de problemas da sua escola, pois atitudes como esta fazem das redes sociais ferramentas de melhorias e transformações de comportamentos sociais e da sociedade.

Mas acho que, nesta página, as pessoas deveriam aproveitar a grande repercussão para dar visibilidade não só aos problemas para que sejam resolvidos, mas também, às iniciativas e atitudes louváveis, que com certeza existem, dos professores, diretores e funcionários, que, em sua maioria, são pessoas que trabalham com amor e dedicação.

Mostrar só o lado ruim leva-nos a questionar o real propósito de alguma coisa, ao passo que mostrar os dois lados leva ao equilíbrio e ao crescimento.

A crítica pura e simples pode ser destrutiva e o reconhecimento de coisas boas é construtivo e leva à mais e mais atitudes ou comportamentos elogiáveis.

A educação pública tem muitos e sérios problemas que precisam ser resolvidos, como a infraestrutura das escolas, a merenda, a falta de bibliotecas, a pouca valorização dos professores e funcionários, etc. 

A criação desta página deve inspirar outras pessoas a criarem mais espaços para discussão, apresentação dos problemas, sugestões de soluções e exemplos de soluções reais encontradas em outras comunidades e que podem e devem ser copiadas, bem como mostrar o quanto nossos professores são merecedores de respeito e maior valorização.

E, tomara que as páginas criadas por escolas, professores ou outrem, que tenham boas iniciativas a serem compartilhadas e copiadas, sejam tão acessadas e tenham tantos seguidores  quanto a página da menina Isadora.

Parabéns Isadora por tua iniciativa madura e digna de tentar colocar um tijolinho para a construção de uma Educação melhor para que o futuro seja tudo aquilo que as crianças sonham e merecem.

Rosa Maria

Porque você ainda vai ter um Ultrabook


A dinâmica da tecnologia às vezes consegue causar confusão. Um Ultrabook é um Notebook mais magro ou um Netbook musculoso? Ou seria ainda um Tablet com teclado? Nem uma coisa nem outra: um Ultrabook é um conceito novo que reúne características conjuntas dos Notebooks, Netbooks e, de certa forma, uma alternativa aos Tablets.
Se você for procurar os sites dos principais fabricantes de Notebooks, a categoria Ultrabook não existe separadamente: ela faz parte da categoria “Notebooks”. De fato, um Ultrabook é a evolução natural dos Notebooks. Os fabricantes desejavam um produto que pudesse fazer frente, ao MacBook Air da Apple. Por outro lado, os consumidores desejavam um Notebook mais leve e mais fino – como os Tablets – além de uma bateria mais durável, mas também um produto com maior poder de processamento que os Netbooks. Assim, o advento dos Ultrabooks é a evolução natural dos Notebooks.
Mas como se chegou a um equipamento tão fino e leve e com uma duração de bateria que pode chegar a quase nove ou dez horas? Simples: eliminando-se um vilão chamado HD. O Hard Disk, além de ser o maior responsável pelo consumo de energia de um computador – devido ao fato de possuir um motor elétrico em constante funcionamento – também era o maior vilão quando se falava no item peso, além de contribuir também na altura mínima do Notebook. O HD então foi substituído por memória em estado sólido, o que permite também um tempo de inicialização da máquina muito mais curto em relação aos Notebooks equipados com HD´s convencionais.
E neste cenário de evolução de convergência tecnológica, evidentemente que os Ultrabooks incorporarão em breve a principal funcionalidade dos Tablets que é a tela sensível ao toque, assim como hoje os Tablets já podem incorporar um teclado.
Postado no blog Sul21 em 17/07/2012

A transparência perdida do vidro em "A Day Made Of Glass"






O vidro talvez tenha sido um dos objetos que mais representou a Modernidade na arquitetura, design e decoração. Da transparência, passando pelo fumê e espelhado dos shoppings e mansões dos novos ricos, chegamos hoje à opacidade definitiva – a conversão em tela touchscreen. O curta publicitário “A Day Made Of Glass” apresenta de forma sintética a ideologia por trás dessa transformação do vidro em interface: da transparência como uma janela aberta para o mundo e para si mesmo (telescópios e espelhos), o vidro transforma-se em tela onde ícones e diagramas fazem a mediação com o real criando a ilusão de controle e funcionalidade. Cada vez menos nosso interesse em objetos, pessoas e eventos é orientado pela curiosidade da descoberta, e muito mais pelo interesse operacional e logístico.
Como será o futuro? A Corning, uma empresa norte-americana que fabrica vidros protetores de alta resistência, produziu um curta chamado “A Day Made Of Glass” (Um Dia Feito de Vidro) com cenários futuros do que seria o dia-a-dia das pessoas: como será a interação da humanidade com os eletrônicos através de interfaces de vidros, logicamente produtos da empresa. Para a Corning os dispositivos touchscreen serão parte integrante do cotidiano, não apenas em computadores, mas em celulares, espelhos no banheiro, fogões, outdoors.

Curtas como esse, ainda mais publicitários, são sempre muito interessantes porque estamos diante de um produto cultural altamente concentrado e sintético: retórica, ideologia e visão de mundo sintetizados em um curto espaço de tempo. Por isso, torna a visão de mundo ideológica explícita, sem as camadas de linguagem como nos filmes longa-metragem.

Além dos aspectos retóricos evidentes da linguagem publicitária (os planos e fotografia lembram um grande comercial da família feliz com cereais matinais e os personagens elaborados a partir dos tipos ideais que lembram os modelos sorridentes da cidade de “Seaheaven” do filme “Show de Truman”), o que chama atenção é que o vídeo não é uma “visão de um futuro próximo”. É na verdade um wishfull thinking, isto é, uma projetação em um futuro hipotético dos próprios desejos da empresa Corning no presente. O que torna esse vídeo não uma utopia (o vislumbre de novos mundos diferentes dos atuais), mas uma “atopia”: o futuro como uma espécie de metástase da visão de mundo pré-existente.

E qual visão de mundo é essa? Poder ser resumida dentro dos seguintes princípios: (a) As interações dominantes são baseadas em interfaces, preferencialmente as telas; (b) Não há mais contato direto com pessoas, objetos ou eventos, mas mediado por signos (imagens, diagramas etc.); (c) A relação com esses objetos, pessoas ou eventos é unicamente de interesse funcional, operacional ou logístico.

E toda essa visão de mundo representada pelo vidro, agora transformado em tela touchscreen no vídeo da Corning.

De todos os objetos e materiais, talvez o vidro seja aquele que mais simbolizou a modernidade através da arquitetura, design e decoração. Um material duro, frio, liso e transparente como representante da funcionalidade, racionalidade e assepsia.

Antes da modernidade, o vidro sempre teve simbolismos mágicos: o fascínio em ver como areia, cinzas e cal podem se transformar em esferas de vidro brilhantes, cheias de luz através de um sopro. Por isso passou a ser visto com propriedades mágicas como as bolas de cristal das videntes ou talismãs contra o mal.

Isso continuou através da literatura: Alice entrou no País das Maravilhas através do espelho, a fada madrinha deu a Cinderela sapatos de vidro e Harry Potter viu seu maior desejo em um espelho enfeitiçado.

Mas a Modernidade retira esse simbolismo do vidro primeiro pela descoberta do vidro ótico no Renascimento permitindo a construção de lunetas, microscópios e telescópios que revolucionarão a Ciência. No século XX com a integração do vidro à arquitetura, design e decoração ele passa a adquirir uma nova constelação de significados: inovação, arrojo, velocidade e leveza.

O filósofo Walter Benjamin talvez tenha sido o primeiro a problematizar essa nova cultura do vidro no seu texto “Experiência e Pobreza” ao associar ao material o desenvolvimento da técnica que se sobrepõem ao homem, anulando a memória e a experiência. “Um material tão duro e tão liso, no qual nada se fixa”, dizia Benjamin, como metáfora de uma “nova forma de miséria”: o esquecimento.

A visão de Benjamin se inscreve no campo da crítica à Alienação, isto é, a situação onde o rápido desenvolvimento tecnológico é imposto à sociedade que se torna, em consequência, mais desumana. Mas, e se a tecnologia tornar-se cada vez mais “amigável”, “interativa”, sempre antecipando as reações e intenções de seus usuários?

A partir da Modernidade, é curioso como o vidro evoluiu da sua forma transparente e original para formas cada vez mais opacas: da transparência nas arquiteturas de Le Corbusier ou Niemayer, passando para o fumê e espelhado nas arquiteturas pós-modernas dos shoppings, prédios comerciais e residências de novos ricos até chegar à opacidade máxima: o vidro como uma tela touchscreen.

De janela aberta para o mundo onde, por meio da sua transparência (visual ou ótica), vislumbramos o que está distante e o que está perto, o vidro torna-se cada vez menos “orgânico” ou integrador ao meio ambiente que nos cerca para cada vez mais vedar, fechar, clivar a nossa relação com o exterior para se transformar em uma mediação, uma tela que filtra a realidade. Dos vidros fumê e espelhados que filtravam a luz solar à tela que transcodifica o real em bites para recriar o mundo em diagramas, ícones e imagens digitais.

Postado no blog Luis Nassif Online em 14/07/2012

50 museus virtuais para você visitar


Roberta Fraga
Visite museus, eles são repositórios de História  e se comunicam com você por meio de acervos, informação e arte. O Brasil, por exemplo, conta com mais de 3.000 museus e você já visitou pelo menos 5% deles? Listarei abaixo alguns museus virtuais. Digitalizar para disponibilizar itens de acervo pode ser apenas uma das etapas que um plano museológico prevê para disseminar a informação e comunicar a memória, portanto, navegue por eles, mas os visite pessoalmente também. É sempre um bom pretexto para uma viagem qualquer, fomenta o segmento de turismo, informa, diverte, educa.
  1. American Museum of Natural History;
  2. My studios;
  3. Museu Virtual Gentileza;
  4. Museu Virtual de Arte Moderna;
  5. RTP Museu Virtual;
  6. Era virtual;
  7. Museu Virtual de Brasília;
  8. Museu Virtual de Ouro Preto;
  9. Museu Virtual UnB;
  10. Museu Virtual do Transporte;
  11. Igreja do Santo Sepulcro;
  12. Capela Cistina;
  13. Van Gogh Museum;
  14. Museu do Louvre;
  15. British Museum;
  16. Museu Virtual Memória da Propaganda;
  17. Museu da Pessoa;
  18. Museu Virtual do Futebol;
  19. Museu Encantado da Barbie;
  20. Museu Virtual do Iraque;
  21. Museu Virtual de Parelha;
  22. Museu Virtual Aristides Sousa Mendes;
  23. Art-Bonobo – possui 4 museus virtuais;
  24. Museu Mazzaropi;
  25. Museu Virtual da Imprensa;
  26. Museu Virtual de Informática;
  27. Visitas Virtuais 3D;
  28. Museu Virtual da Água;
  29. Museu Virtual de Artes Plásticas;
  30. Museu da Faculdade de Medicina UFRJ;
  31. Museu Virtual do Cartoon;
  32. Virtual Museum of Canada;
  33. National Museum of US Air Force;
  34. The virtual museum of Japanese Arts;
  35. Museum with no frontiers;
  36. Virtual Egyptian Museum;
  37. Museu do Instituto Geográfico Português;
  38. Museu Virtual da Coca-cola;
  39. Museu da Bactéria;
  40. Museu de Arte do Uruguai;
  41. Museu Bizantino;
  42. Museu Virtual da Saúde;
  43. Museu Virtual FEB;
  44. Museu da Contabilidade;
  45. Museu Nacional de Arquiologia;
  46. Fundació Gala-Salvador Dalí;
  47. Museu Virtual do Sintetizador;
  48. Museu Virtual do Caju;
  49. Museu da Infância;
  50. Museu Virtual Sem fronteiras da Física e da Química.


Roberta Fraga

Crio seres imaginários, escrevo contos, costuro histórias.




Postado no blog Livros e Afins em 09/07/2012
Imagem inserida por mim

O futuro da tecnologia e da mídia


Em dezembro de 2012 será comercializado o dispositivo Leap Motion ou Leaf que permite interagir com a tela sem tocá-la, tudo acontece no espaço em frente a ela. 

Pode-se usar uma caneta, um dedo ou todos os dez dedos ao mesmo tempo.

O dispositivo custará, mais ou menos, US$ 99,00.

A previsão é que em cinco anos todas as tevês, computadores e tablets terão algo parecido e embutido.





Pele eletrônica ativa monitora e controla a saúde



                     


Os circuitos da eletrônica epidérmica são aplicados diretamente sobre a pele, como as tatuagens usadas pelas crianças. [Imagem: Rogers Research Group]


Tatuagem eletrônica

Em Agosto do ano passado, a equipe do Dr. John Rogers, um pioneiro no campo da eletrônica flexível, apresentou uma "pele eletrônica" para monitorar a saúde.

Agora essa tatuagem eletrônica ficou ainda melhor: além de ler dados do paciente, o circuito eletrônico flexível também pode atuar sobre o corpo humano.

Como passou a ser ativa, os pesquisadores rebatizaram a tatuagem eletrônica de eletrônica epidérmica.

Ela permite o controle de próteses robotizadas e a estimulação muscular, em tarefas de reabilitação e fisioterapia, podendo até mesmo evitar a perda muscular de pacientes que ficam muito tempo deitados.

Eletrônica epidérmica

Os circuitos da eletrônica epidérmica, ou eletrônica epidermal, são aplicados diretamente sobre a pele, como as tatuagens usadas pelas crianças, usando água e descolando-se de um plástico de suporte.




Os circuitos eletrônicos da tatuagem eletrônica ativa são totalmente deformáveis, não perdendo a funcionalidade. [Imagem: J. Rogers/University of Illinois]

Um spray especial protege o circuito da água, permitindo que a pessoa faça suas atividades normalmente.

Com a espessura de um fio de cabelo humano, cada circuito é fino o bastante para que a pessoa não sinta o equipamento sobre a pele.

Se for necessário ficar com a pele eletrônica por muito tempo, ela pode ser coberta por uma tatuagem decorativa reversível.

Transmissão sem fios

A grande vantagem da eletrônica epidérmica é a eliminação da fiação que normalmente liga o paciente aos aparelhos durante exames como eletroencefalograma, eletrocardiograma e eletromiograma.

"A tecnologia pode ser usada para monitorar as atividades do cérebro, coração ou músculos de forma completamente não-invasiva, enquanto o paciente está em casa," disse o Dr. Rogers.

Segundo ele, o próximo melhoramento será incorporar comunicação WiFi aos circuitos flexíveis, permitindo que os resultados das leituras sejam transmitidos automaticamente para o médico.


Postado no Blog Inovação Tecnológica em 27/03/2012