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Eu super indico : ‘ O Dilema das Redes ’, na Netflix, escancara o aspecto manipulador das redes sociais



Publicado originalmente no Canaltech


Com a internet e as mídias sociais, tem se tornado cada vez mais comuns histórias sobre violações de privacidade e vazamentos de dados. O novo documentário da Netflix, O Dilema das Redes, veio para nos deixar ainda mais atentos a esse assunto.

Um novo trailer divulgado pela plataforma de streaming veio acompanhado da sinopse oficial, em que podemos ler o seguinte: “Nós tuitamos, curtimos e compartilhamos — mas quais são as consequências da nossa crescente dependência das mídias sociais? À medida que as plataformas digitais se tornam cada vez mais uma tábua de salvação para permanecer conectado, insiders do Vale do Silício revelam como a mídia social está reprogramando a civilização, expondo o que está escondido do outro lado da tela”.

Assustador, não? No vídeo, o ex-executivo do Twitter Jeff Seibert explica: “O que quero que as pessoas saibam é que tudo o que estão fazendo online está sendo observado, está sendo monitorado, está sendo medido. Cada ação que você realiza é cuidadosamente monitorada e registrada. Exatamente quais imagens você para e olha, por quanto tempo você olha para elas – ah, sim, sério, por quanto tempo você olha para elas”.

O Dilema das Redes é impactante não só pelo conteúdo, que chega a exalar uma aura de teoria da conspiração, mas também por trazer especialistas para tratar sobre o assunto, o que afasta a ideia de farsa e nos faz querer repensar nossa relação com as mídias sociais. Isso fica bem evidenciado na sinopse em português, disponível na plataforma, que traz a descrição do filme em formato de alerta: “Especialistas em tecnologia e profissionais da área fazem um alerta: as redes sociais podem ter um impacto devastador sobre a democracia e a humanidade”.

O Dilema das Redes entrou para o catálogo da Netflix no dia 9 de setembro.








Eu super indico : ‘ O Dilema das Redes ’, na Netflix, escancara o aspecto manipulador das redes sociais



Publicado originalmente no Canaltech


Com a internet e as mídias sociais, tem se tornado cada vez mais comuns histórias sobre violações de privacidade e vazamentos de dados. O novo documentário da Netflix, O Dilema das Redes, veio para nos deixar ainda mais atentos a esse assunto.

Um novo trailer divulgado pela plataforma de streaming veio acompanhado da sinopse oficial, em que podemos ler o seguinte: “Nós tuitamos, curtimos e compartilhamos — mas quais são as consequências da nossa crescente dependência das mídias sociais? À medida que as plataformas digitais se tornam cada vez mais uma tábua de salvação para permanecer conectado, insiders do Vale do Silício revelam como a mídia social está reprogramando a civilização, expondo o que está escondido do outro lado da tela”.

Assustador, não? No vídeo, o ex-executivo do Twitter Jeff Seibert explica: “O que quero que as pessoas saibam é que tudo o que estão fazendo online está sendo observado, está sendo monitorado, está sendo medido. Cada ação que você realiza é cuidadosamente monitorada e registrada. Exatamente quais imagens você para e olha, por quanto tempo você olha para elas – ah, sim, sério, por quanto tempo você olha para elas”.

O Dilema das Redes é impactante não só pelo conteúdo, que chega a exalar uma aura de teoria da conspiração, mas também por trazer especialistas para tratar sobre o assunto, o que afasta a ideia de farsa e nos faz querer repensar nossa relação com as mídias sociais. Isso fica bem evidenciado na sinopse em português, disponível na plataforma, que traz a descrição do filme em formato de alerta: “Especialistas em tecnologia e profissionais da área fazem um alerta: as redes sociais podem ter um impacto devastador sobre a democracia e a humanidade”.

O Dilema das Redes entrou para o catálogo da Netflix no dia 9 de setembro.








The Guardian elege Democracia em Vertigem como um dos 20 melhores documentários para entender 2020


Dilma Rousseff e Petra Costa

Ao justificar a escolha, o jornal The Guardian afirmou que o documentário Democracia em Vertigem, acerca do golpe contra Dilma Rousseff, adverte sobre a ascensão da extrema direita no Brasil. "É uma explicação densa e apaixonada de uma mudança política que tem sido difícil de seguir apenas nas manchetes, mas também há ressonância universal", disse


247 - O jornal britânico The Guardian selecionou o filme Democracia em Vertigem, da diretora brasileira Petra Costa, como um dos 20 melhores documentários para entender o ano de 2020. Ao justificar a escolha, o jornal diz que o documentário, sobre o golpe contra Dilma Rousseff, adverte sobre a ascensão da extrema direita no Brasil. O periódico também comparou a ascensão com o clima político nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.

"O relato arrepiante e bem construído de Petra Costa sobre sua ascensão ao poder não vai aquecer seu coração. É uma explicação densa e apaixonada de uma mudança política que tem sido difícil de seguir apenas nas manchetes, mas também há ressonância universal: o clima público conturbado evocado será reconhecido pelos residentes da América de Trump ou da Grã-Bretanha de Boris Johnson", diz o texto.

Democracia em Vertigem foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2020, ao ser escolhido entre os cinco melhores do ano pela Academia de Cinema de Hollywood.










The Guardian elege Democracia em Vertigem como um dos 20 melhores documentários para entender 2020


Dilma Rousseff e Petra Costa

Ao justificar a escolha, o jornal The Guardian afirmou que o documentário Democracia em Vertigem, acerca do golpe contra Dilma Rousseff, adverte sobre a ascensão da extrema direita no Brasil. "É uma explicação densa e apaixonada de uma mudança política que tem sido difícil de seguir apenas nas manchetes, mas também há ressonância universal", disse


247 - O jornal britânico The Guardian selecionou o filme Democracia em Vertigem, da diretora brasileira Petra Costa, como um dos 20 melhores documentários para entender o ano de 2020. Ao justificar a escolha, o jornal diz que o documentário, sobre o golpe contra Dilma Rousseff, adverte sobre a ascensão da extrema direita no Brasil. O periódico também comparou a ascensão com o clima político nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.

"O relato arrepiante e bem construído de Petra Costa sobre sua ascensão ao poder não vai aquecer seu coração. É uma explicação densa e apaixonada de uma mudança política que tem sido difícil de seguir apenas nas manchetes, mas também há ressonância universal: o clima público conturbado evocado será reconhecido pelos residentes da América de Trump ou da Grã-Bretanha de Boris Johnson", diz o texto.

Democracia em Vertigem foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2020, ao ser escolhido entre os cinco melhores do ano pela Academia de Cinema de Hollywood.










Documentário : Despertar – Data Limite




Ton Müller


Fenômenos de aparições de discos voadores, experiências de quase-morte, paranormalidade e mediunidade, desafiam as leis da natureza e intrigam a humanidade há séculos. Cientistas e pesquisadores começam a decifrar as experiências extraordinárias de que a consciência possa ir fora do corpo físico, indo além para outras dimensões. Diferentes áreas de conhecimentos apontam para o mesmo ponto: a existência de um mundo muito além da atual compreensão humana.


PEDRO BIAL: TIGRÃO DA PETRA COSTA, TCHUTCHUCA DO OLAVO DE CARVALHO


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Pablo Villaça destrói ataque de Bial a Petra Costa : além de estúpido, é de um sexismo colossal


Pablo Villaça, Pedro Bial e Petra Costa


“É um ataque feio feito por um jornalista que há muito se tornou defensor ferrenho dos interesses dos patrões”, respondeu o crítico de cinema, lembrando ainda que Pedro Bial escreveu a biografia de seu próprio patrão, Roberto Marinho. “É um menino querendo dizer para o papai dele que ele fez tudo direitinho”, ironiza.



247 - Em uma sequência de tuítes publicados na tarde desta segunda-feira 3, o crítico de cinema Pablo Villaça destruiu, ponto a ponto, a agressão feita pelo apresentador da Globo Pedro Bial à cineasta Petra Costa, cujo filme Democracia em Vertigem, que está disponível na Netflix, concorre ao prêmio de Melhor Documentário no Oscar 2020.



Villaça contesta os argumentos de Bial de que o filme, por exemplo, é uma obra de ficção, e toca num ponto importante: o caráter misógino de seu ataque à cineasta. 

“É uma menina querendo dizer para a mamãe dela que ela fez tudo direitinho”, insultou o jornalista, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira. Ele disse ainda que Petra “é uma ótima cineasta”, mas que escorregou em seu último filme, para ele uma “ficção alucinada”.

“Isso, além de estúpido, é de um sexismo colossal”, rebateu Pablo Villaça, se dizendo revoltado. “Eu DUVIDO que se o filme tivesse sido dirigido por um homem, Bial tentaria atacar o realizador dessa maneira. Ele usa dois clichês misóginos ao mesmo tempo: o de que as mulheres não são capazes de pensar por conta própria e o que precisam da aprovação alheia”, acrescentou.


“É um ataque feio feito por um jornalista que há muito se tornou defensor ferrenho dos interesses dos patrões e, no processo, se esqueceu de uma lição fundamental de sua profissão: a de que os FATOS devem sempre falar mais alto do que as opiniões pessoais. É um vexame, sua fala”, disse ainda, lembrando a seguir que Bial foi o autor da biografia de seu próprio patrão, Roberto Marinho. “É um menino querendo dizer para o papai dele que ele fez tudo direitinho, que ele está ali cumprindo as ordens do papai”, ironiza.



Finalmente assisti a Democracia em Vertigem, de @petracostal. Vou escrever sobre o filme, mesmo com atraso, mas o que quero comentar agora são as declarações de Pedro Bial sobre ela e o filme.
Em primeiro lugar, Bial diz que Democracia em Vertigem é uma obra de ficção. Desafio o jornalista a explicitar quais seriam as tais "mentiras" do filme. Não estou falando sobre suas INTERPRETAÇÕES do que é relatado, mas dos fatos em si. +





A única "mentira" - com boa vontade - é a foto dos revolucionários mortos pela ditadura, que apagou armas que apareciam na imagem original. Armas que, como se descobriu depois, haviam sido PLANTADAS pelos militares.

Ou seja: a foto alterada reflete mais a verdade que a original.
Aliás, até por precaução, fui buscar artigos que afirmavam apontar as "mentiras" do doc. "LISTAMOS X MENTIRAS DE DEMOCRACIA EM VERTIGEM", afirmavam. E aí você vai ler e são itens como "a eleição do PT representava a esperança do povo mais humilde - MENTIRA".

Nesse nível.




Dilma comemora documentário sobre o golpe no Oscar: “ A verdade não está enterrada ”





DILMA ROUSSEFF, em seu site


A história do Golpe de 2016, que me tirou da Presidência da República por meio de um impeachment fraudulento, ganha o mundo pelas lentes de Petra Costa no documentário “Democracia em Vertigem”. E, para surpresa de alguns, ganhou hoje indicação ao Oscar.

O filme mostra o meu afastamento do poder e como a mídia venal, a elite política e econômica brasileira atentaram contra a democracia no país, resultando na ascensão de um candidato da extrema-direita em 2018.

Parabéns a Petra e à equipe do filme pela indicação ao Oscar. A verdade não está enterrada. A história segue implacável contra os golpistas.









Na Netflix tem o documentário completo. Vale a pena ser visto !






“ A máscara em que você vive ”, um documentário necessário para homens e mulheres



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"A máscara em que você vive" é um documentário obrigatório para que revisitemos nosso entendimento sobre a masculinidade. Nada menos do que um dos melhores documentários que eu já vi.


Josie Conti 


Não há nada mais eficiente para incutir e enraizar um pensamento do que a sua repetição. Quanto mais repetimos uma informação, mais ela é entendida como verdadeira. Um mesmo conhecimento - ou comportamento - pode ser algo socialmente estipulado e não genético, mas que foi tido como natural após a sua cristalização ao longo de várias gerações. Pois é isso o que mais acontece na criação dos meninos quando, desde muito jovens, eles crescem ouvindo que devem rejeitar todo e qualquer comportamento e sentimento que demonstre sensibilidade ou remeta ao que pode ser entendido como “feminino”.


Se, na primeira infância, o choro e a sensibilidade dos meninos são tolerados, à medida que crescem frases como “Isso é coisa de menina”, “Homem não chora”, “Você joga como uma menininha”, “Vire homem”, “Quem gosta de boneca é viado” tornam-se cada vez mais comuns. E, embora essas frases possam parecer inofensivas, se prestarmos atenção, veremos que elas renegam a possibilidade do contato com emoções ou mesmo a demonstração de uma possível vulnerabilidade masculina. Ao mesmo tempo, colocam a sensibilidade ligada ao feminino como algo ruim e menor.

Em, “A máscara em que você vive” (The Mask You Live In), documentário disponível na Netflix, a diretora Jennifer Siebel Newsom faz uma leitura da criação dos meninos nos EUA e nos mostra como, entre eles, uma das coisas mais comuns é que eles escondam seus verdadeiros sentimentos para esquivar-se dos julgamentos discriminatórios. Essa anulação do sentir, entretanto, cria uma relação complexa com construção da personalidade de forma inversamente proporcional ao aumento da dor do existir dessas crianças. Ah, e nem preciso falar que podemos generalizar essa leitura americana para muito de nossa cultura, inclusive aqui no Brasil.

Há um medo constante de demonstrar fragilidade, de chorar ou de não ser suficientemente masculino para os esportes ou, depois, para chamar a atenção das meninas. Já na adolescência, os índices de tentativas de acabar com a própria vida sobem exponencialmente e, mesmo entre amigos, os jovens não encontram um espaço adequado para desabafar. Quanto mais “feminino” é um comportamento ou pessoa, maior o medo que ele causa em quem tenta a todo custo mostrar-se como homem. Disso temos, como exemplo, o ódio declarado aos gays ou mesmo as sequelas posteriores relacionadas aos abusos e humilhações contra as mulheres.

Para aliviar essa dor e repressão há um aumento do entorpecimento alavancado com o uso de álcool, desvios de comportamento, problemas com a justiça, uso de drogas ilícitas, entre outras. Somam-se a isso também os sentimentos depressivos e até a ideação suicida.

Através da fala de especialistas e do depoimento de jovens e até mesmo de detentos, o documentário explora a criação das pessoas relacionando-as com as suas posteriores condutas violentas.

O documentário está disponível no Netflix. Abaixo, temos a versão completa, também disponível pelo Youtube.








Veja o documentário " Privacidade Hackeada " na Netflix



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Você acredita que é livre para tomar suas decisões? Ou será que está sendo manipulado? Será que a tecnologia, através da internet e redes sociais, está sendo usada como arma contra nós mesmos?

Então, se liga porque a dica de hoje traz um mundo de informações surpreendentes sobre como nossos dados alimentam um arsenal de guerra e operações trilionárias, sem a gente nem ao menos saber.

“ Privacidade Hackeada ”, documentário da Netflix, é o filme que você tem que assistir agora !














Documentário : Bom dia, presidente Lula !



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A vigília mais longa da História agora virou filme. O mini-documentário " Bom dia, Presidente Lula ! " retrata a persistência da Vigília Lula Livre, que se fixou em Curitiba nos arredores da Polícia Federal desde que o ex-presidente foi trazido para cumprir esta prisão política. 

A resistência destes quase 400 dias é relatada através de um mosaico de rostos que constroem a mobilização no seu cotidiano. Muitos e muitas, principalmente, mulheres, guerreiros e guerreiras vieram de longe, de outros estados, para tecer com o fio da História a luta pela liberdade do Lula. 

Eles garantem: a Vigília só termina com o ex-presidente sendo libertado e voltando às batalhas pelos mais pobres do país. 

O filme é um curta-metragem de duração de 14 minutos, idealizado e produzido pelo Comitê Lula Livre. A narrativa é acompanhada de muita música, elemento cultural que energiza aqueles que se mantém em vigília.






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O que vai acontecer após 20/07/2019 : E se for verdade?























O Processo : Documentário sobre Impeachment da Presidente Dilma é ovacionado com gritos de “ Bravo ! ” no Festival de Berlim 2018


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As fotos abaixo mostram que o povo chorou, nas ruas, no dia que a Presidente Dilma deixou o Governo do Brasil, pois já sabiam toda a catástrofe que viria com o golpe !

Hoje, 22 de Fevereiro de 2018, assistimos tudo que aconteceu com o país e que está acontecendo, inclusive uma Intervenção Militar no Rio de Janeiro, e podemos comprovar que o povo tinha muita razão em chorar.   



Em Brasília, manifestantes contrários ao impeachment lamentam o resultado. Grupo estava em frente ao Palácio do Alvorada.

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Como Charles Koch e outros bilionários financiaram, nas sombras, um projeto político que implica devastar o serviço público e o bem comum, para estabelecer a “ liberdade total ” do 1% mais rico. [ É o que está sendo feito no Brasil com o Golpe de 2016 em nossa Democracia ]




170725-Koch

O programa secreto do capitalismo totalitário


Como Charles Koch e outros bilionários financiaram, nas sombras, um projeto político que implica devastar o serviço público e o bem comum, para estabelecer a “liberdade total” do 1% mais rico.


Por George Monbiot | Tradução: Antonio Martins

É o capítulo que faltava, uma chave para entender a política dos últimos cinquenta anos. Ler o novo livro de Nancy MacLeanDemocracy in Chains: the deep history of the radical right’s stealth plan for America [“Democracia Aprisionada: a história profunda do plano oculto da direita para a América] é enxergar o que antes permanecia invisível.




O trabalho da professora de História começou por acidente. Em 2013, ela deparou-se com uma casa de madeira abandonada no campus da Universidade George Mason, em Virgínia (EUA). O lugar estava repleto com os arquivos desorganizados de um homem que havia morrido naquele ano, e cujo nome é provavelmente pouco familiar a você: James McGill Buchanan. Ela conta que a primeira coisa que despertou sua atenção foi uma pilha de cartas confidenciais relativas a milhões de dólares transferidos para a universidade pelo bilionário Charles Koch¹.

Suas descobertas naquela casa de horrores revelam como Buchanan desenvolveu, em colaboração com magnatas e os institutos fundados por eles, um programa oculto para suprimir a democracia em favor dos muito ricos. Tal programa está agora redefinindo a política, e não apenas nos Estados Unidos.

Buchanan foi fortemente influenciado pelo neoliberalismo de Friedrich Hayek e Ludwig von Mises e pelo supremacismo de proprietários de John C Carlhoun. Este último argumentava, na primeira metade do século XIX, que a liberdade consiste no direito absoluto de usar a propriedade – inclusive os escravos – segundo o desejo de cada um. Qualquer instituição que limitasse este direito era, para ele, um agente de opressão, que oprime homens proprietários em nome das massas desqualificadas.

James Buchanan reuniu estas influências para criar o que chamou de “ teoria da escolha pública ". Argumentou que uma sociedade não poderia ser considerada livre exceto se cada cidadão tivesse o direito de vetar suas decisões. Queria dizer que ninguém deveria ser tributado contra sua vontade. Mas os ricos, dizia ele, estavam sendo explorados por gente que usa o voto para reivindicar o dinheiro que outros ganharam, por meio de impostos involuntários usados para assegurar o gasto e o bem-estar social. Permitir que os trabalhadores formassem sindicatos e estabelecer tributos progressivos eram, sempre segundo sua teoria, formas de “legislação diferencial e discriminatória” sobre os proprietários do capital.

Qualquer conflito entre o que ele chamava de “liberdade” (permitir aos ricos fazer o que quiserem) e a democracia deveria ser resolvido em favor da “liberdade”. Em seu livro The Limits of Liberty [“Os limites da liberdade”], ele frisou que “o despotismo pode ser ser a única alternativa para a estrutura política que temos”. O despotismo em defesa da liberdade…



James Buchanan, colaborador de Pinochet e partidário da ditadura —
 em nome da “liberdade”…


Ele prescrevia o que chamou de uma “revolução constitucional”: criar barreiras irrevogáveis para reduzir a escolha democrática. Patrocinado durante toda sua vida por fundações riquíssimas, bilionários e corporações, ele desenvolveu uma noção teórica sobre o que esta revolução constitucional seria e uma estratégia para implementá-la.

Ele descreveu como as tentativas de superar a segregação racial no sistema escolar do sul dos Estados Unidos poderiam ser frustradas com o estabelecimento de uma rede de escolas privadas, patrocinadas pelo Estado. Foi ele quem primeiro propôs a privatização das universidades e cobrança de mensalidades sem nenhum subsídio estatal: seu propósito original era esmagar o ativismo estudantil. Ele recomendou a privatização da Seguridade Social e de muitas outras ações do Estado. Queria romper os laços entre os cidadãos e o governo e demolir a confiança nas instituições públicas. Ele queria, em síntese, salvar o capitalismo da democracia.

Em 1980, pôde colocar este programa em prática. Foi chamado ao Chile, onde ajudou a ditadura Pinochet a escrever uma nova Constituição – a qual, em parte devido aos dispositivos que Buchanan propôs, tornou-se quase impossível de revogar. Em meio às torturas e assassinados, ele aconselhou o governo a ampliar seus programas de privatização, austeridade, restrição monetária, desregulamentação e destruição dos sindicatos: um pacote que ajudou a produzir o colapso econômico de 1982.

Nada disso perturbou a Academia Sueca que, por meio de Assar Lindbeck, um devoto na Universidade de Estocolmo, conferiu a James Buchanan o Nobel de Economia de 1986. Foi uma das diversas decisões que tornaram duvidosa a honraria.



A historiadora Nancy Maclean: para ela, capitalismo é, cada vez mais, incompatível com democracia


Mas seu poder realmente intensificou-se quando Charles Koch, hoje o sétimo homem mais rico nos EUA, decidiu que Buchanan tinha a chave para a transformação que desejava. Para Koch, mesmo ideólogos neoliberais como Milton Friedman e Alan Greenspan eram vendidos, já que tentavam aperfeiçoar a eficiência dos governos, ao invés de destruí-los de uma vez. Buchanan era o realmente radical.

Nancy MacLean afirma que Charles Koch despejou milhões de dólares no trabalho de Buchanan na Universidade George Mason, cujos departamentos de Direito e Economia parecem muito mais thinktanks corporativos que instituições acadêmicas. Ele encarregou o economista de selecionar o “quadro” revolucionário que implementaria seu programa (Murray Rothbard, do Cato Institute, fundado por Koch, havia sugerido ao bilionário estudar as técnicas de Lenin e aplicá-las em favor da causa ultraliberal). Juntos, começaram a desenvolver um programa para mudar as regras.

Os documentos que Nancy Maclean descobriu mostram que Buchanan via o sigilo como crucial. Ele afirmava a seus colaboradores que “o sigilo conspirativo é essencial em todos os momentos”. Ao invés de revelar seu objetivo último, eles deveriam agir por meio de etapas sucessivas. Por exemplo, ao tentar destruir o sistema de Seguridade Social, sustentariam que estavam salvando-o e argumentariam que ele quebraria sem uma série de “reformas” radicais. Aos poucos, construiriam uma “contra-inteligência”, articulada como uma “vasta rede de poder político” para, ao final, constituir um novo establishment.

Por meio da rede de thinktanks financiada por Koch e outros bilionários; da transformação do Partido Republicano; de centenas de milhões de dólares que destinaram a disputas legislativas e judiciais; da colonização maciça do governo Trump por membros de sua rede e de campanhas muito efetivas contra tudo – da Saúde pública às ações para enfrentar a mudança climática, seria justo dizer que a visão de mundo de Buchanan está aflorando nos EUA.

Mas não apenas lá. Ler seu livro desvendou, para mim, muito da política britânica atual. O ataque às regulamentações evidenciado pelo incêndio da Torre Grenfell, a destruição dos serviços públicos por meio da “austeridade”, a regras de restrição do orçamento, as taxas universitárias e o controle das escolas: todas estas medidas seguem à risca o programa de Buchanan.

Em um aspecto, ele estava certo: há um conflito inerente entre o que ele chamava de “liberdade econômica” e a liberdade política. Deixar os bilionários de mãos livres significa, para todos os demais, pobreza, insegurança, contaminação das águas e do ar, colapso dos serviços públicos. Como ninguém votará em favor deste programa, ele só pode ser imposto por meio de ilusão ou controle autoritário. A escolha é entre o capitalismo irrestrito e a democracia. Não se pode ter os dois.

O programa de Buchanan equivale à prescrição de capitalismo totalitário. E seus discípulos apenas começaram a implementá-lo. Mas ao menos, graças às descobertas de Nancy Maclean, agora podemos compreender a agenda. Uma das primeiras regras da política é conhecer seu inimigo. Estamos a caminho.


¹ Nos últimos anos, reportagens e vídeos têm começado a jogar luz sobre a atividade política dos irmãos Charles e David Koch, e seus vínculos com a ultra-direita nos EUA e em outras parte do mundo. Vale assistir, por exemplo, a Koch Brothers exposed, documentário de Robert Greenwald (https://www.youtube.com/watch?v=2N8y2SVerW8); ou ler “Por dentro do império tóxico dos irmãos Koch”, publicado pela revista Rolling Stones (em inglês) http://www.rollingstone.com/politics/news/inside-the-koch-brothers-toxic-empire-20140924


   George Monbiot
Jornalista, escritor, acadêmico e ambientalista do Reino Unido. Escreve uma coluna semanal no jornal The Guardian.



Postado em Outras Palavras em 25/07/2017