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História de um casamento : coragem emocional é para poucos



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Guilherme Moreira Jr.

Assistir “Marriage Story”, traduzido como “História de um Casamento”, do diretor e roteirista Noah Baumbauch, é praticamente mergulhar, mesmo sem intenção, em todos, absolutamente todos os relacionamentos amorosos que você já possa ter tido na vida. E isso não é algo ruim, mas é doloroso. Falar de qualquer relacionamento é falar sobre o emocional. É discursar sobre o amor em várias camadas que até hoje não conseguimos, sejam poetas, músicos, compositores, escritores ou filósofos, desvendá-lo a ponto de saber exatamente a sua fórmula ideal, o status quo que o deixa ali, alcançável em nossas desajeitadas mãos.

O amor tem dessas injustiças atemporais. Às vezes são detalhes notados logo no início da relação, mas ignorados por causa da euforia, do gosto do novo, da sensação de vida que o sentimento traz consigo. E às vezes eles se mostram somente com o tempo, porque queremos tanto a aprovação da outra pessoa que escondemos, melhor, disfarçamos quem realmente somos com o medo de perder aquela pessoa. Tanto a primeira quanto a segunda escolha resultam em um desfecho dramático, desleal e que deixa cicatrizes difíceis de serem esquecidas.

No caso de Marriage Story, Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver) escolheram ambos caminhos diferentes, esperando o mesmo resultado. Nicole precisava do novo na sua vida, de algo real que realmente fizesse sentido ainda que não houvesse sem sentido algum naquela época. Já Charlie esperava que Nicole não notasse o seu ego frágil, os seus medos, descontentamentos e carências emocionais. Quando o divórcio finalmente chega para o casal, tanto um quanto outro invertem os seus papéis e assim seguem até o término do longa. É uma gangorra de dores e curativos retirados, onde prevalece mais a descoberta individual de quem é cada um sem o outro do que enquanto eles estavam de fato juntos.

O roteiro de Baumbach consegue deixar essas nuances misteriosas sendo reveladas aos poucos. Talvez seja o principal motivo do filme ser tão cativante e sofrível para quem o assiste. Porque você torce pela Nicole e Charlie, não por causa necessariamente do filho, mas porque nota-se a existência de algo raro, independente de amor, na maioria dos relacionamentos: sintonia. Sintonia não de combinar as mesmas coisas, os mesmos gostos, mas o tipo de sintonia que abraça e compreende os defeitos do outro sob um olhar tão generoso que por vezes faz o espectador ficar com um nó no peito. Lógico, mesmo sendo fofo, nada disso é o suficiente para o amor durar. Afinal, quem conhece com toda a certeza o suficiente para saciar o amor? É uma resposta particular, mutável e acredite, intangível.

Passamos a maior parte da vida tentando encontrar os nossos pares perfeitos e acreditando em finais felizes, mas nos esquecemos que alguns finais felizes também são finais infelizes. Infelizes já que eles precisam dessa virada trágica para que avancemos algumas casas, para que saiamos da nossa zona de conforto. Coragem emocional é para poucos, gente. Não basta um tombo, uma queda e você aprende tudo. Tampouco adianta pensar que o tempo em conjunto foi perdido, foi anulado por más decisões e arrependimentos.

O amor é complicado. Na verdade, o amor é irônico. Ele gosta desse plot twist no coração. Talvez por conhecer a gente há mais tempo que nós ou simplesmente por ter essa pegada travessa. A única coisa que o amor não é burro ou estúpido. Não consigo concordar com isso e nem com essa culpa jogada sobre ele. Somos nós, enquanto cada oi, conversa, beijo, sexo, despedida, reencontro, saudade, partida e outras interações que somos responsáveis por suas consequências.

O amor, o casamento, o relacionamento combinado entre duas pessoas, é tudo pano de fundo para uma história maior. Uma história na qual nós protagonizamos uma chama que acende quando conhecemos alguém com esse oferecer singular e o mais valioso do mundo naquele momento. Mas tudo pode mudar. Todos podemos. De um dia pro outro, de uma hora para outro, de um pro outro. O amor permite descaminhos. Ficarmos zangados com o mundo não resolve nada.

Então eu digo, mais uma vez, coragem emocional é para poucos. É uma jornada de várias idas e vindas, onde podemos ter a sorte e o azar de conhecermos alguém que a sintonia encaixe ou que deixa de existir numa outra oportunidade. Só não dá pra acharmos que tudo é lindo, que o amor não tem dos seus dissabores e que amar, mas amar no patamar que todos os entendedores artísticos da vida reconhecem é que: às vezes também é amor, mesmo que acabe. Digo isso porque o amor não morre no desencontro, ele morre quando não conseguimos mais recordar dele com o mínimo de agradecimento e respeito pela passagem tida em nossas frágeis e complicadas vidas.

Veja o Trailer :








Personagens do filme ET se reúnem em emocionante comercial de Natal. Assista !





Um comercial de TV resolveu reunir após 37 anos os inesquecíveis personagens do filme ‘ET: O Extraterrestre’. Teve adulto chorando como criança com esse reencontro !



Redação Conti Outra

É impossível pensar em cinema e infância sem lembrar do clássico oitentista ‘ET: O Extraterrestre’, do diretor Steven Spielberg. O filme marcou muitas gerações desde o seu lançamento, em 1982, e chega em 2019 mais aclamado do que nunca. Isso porque um comercial de TV trouxe os inesquecíveis personagens do filme de volta e com isso gerou imensa comoção entre crianças, jovens e adultos. Teve adulto se acabando de chorar!

Quem teve a ideia de promover o reencontro entre Elliot e seu melhor amigo do outro mundo foi a empresa de telecomunicações americana Xfinity, que queria causar impacto com o seu comercial de fim de ano. Nem precisa dizer que a empresa atingiu seu objetivo com êxito, não é mesmo?

No filme de 1982, os dois melhores amigos se separam no final quando o E.T. precisa retornar para seu planeta de origem. Já no comercial, eles se reúnem após 37 anos longe e E.T. conhece os filhos e esposa de Elliot, mais uma vez interpretado pelo ator Henry Thomas. Depois da emoção inicial, os humanos mostram para o alienígena todas as inovações tecnológicas da Terra desde sua última passagem por aqui.

O comercial ainda reproduz a recria a famosa cena da bicicleta do filme original, desta vez com os filhos de Elliot.

Diante disso tudo, só resta dizer te aconselhar a dar o play no vídeo e se emocionar!









Veja o 1º trailer do remake de Jardim Secreto


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O clássico infantil “O Jardim Secreto” vai ganhar uma nova versão pelos mesmos produtores de Harry Potter. O primeiro trailer já foi divulgado e está simplesmente fantástico !

Redação Conti Outra

Se você tem mais de 25 anos, provavelmente se lembra de ter assistido o clássico O Jardim Secreto, de 1993, em uma das muitas reprises à tarde na TV aberta. Baseado em um conto de Frances Hodgson Burnett, o filme fez imenso sucesso à época de seu lançamento e até hoje é muito lembrado. A novidade é que o filme vai ganhar uma nova versão nos cinemas. E tem mais, o primeiro trailer da produção já foi divulgado, e está simplesmente fantástico!

O filme acompanha a personagem Mary Lennox, que fica órfã aos 10 anos e é enviada da Índia para morar com seu tio Archibald e sua rigorosa governanta, Sra. Medlock , em uma misteriosa mansão em Yorkshire, onde ela se sente mais sozinha do que nunca. Mas sua curiosidade e determinação a levam a desobedecer aos adultos e explorar a casa proibida.

Enquanto percorre os terrenos da mansão, ela descobre um jardim encantado e sem limites, escondido há anos e reflete sua imaginação sem limites. Com o garoto local Dickon, seu primo doente Colin, e um cão fofo e brincalhão, ela abraça esse mundo de maravilhas e desvenda segredos do passado, revelando uma nova vida de esperança e amizade.

Quem assume a direção deste novo filme é Marc Munden, e a produção fica à cargo de David Heyman, que também já produziu filmes da saga Harry. O longa traz ainda grandes nomes do cinema, como o ganhador do Oscar Colin Firth (O Discurso do Rei), interpretando o Tio Archibald, e Julie Walters (Billy Elliot.) no papel de Sra. Medlock.

O Jardim Secreto tem estreia marcada para 16 de abril de 2020.








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A versão de 1993 tem na Netflix e no Google Play





A música do Meu Primeiro Amor : My Girl - The Temptations






Sim, nesta semana chegamos com uma música maravilhosa que você com certeza já conhece. Provavelmente você já viu o filme " Meu Primeiro Amor " com Macaulay Culkin e Anna Chlumsky e se emocionou com a história do garotinho alérgico e da menina questionadora e voluntariosa. É dele a canção título " My Girl " do Grupo The Temptations que conquistou o mundo inteiro nas décadas de 60 e 70 e cujo sucesso repercute até os dias de hoje ! 😍

Filme Meu Primeiro Amor - Síntese da História

Meu Primeiro Amor é uma história de uma garota de personalidade forte, mas solitária e sua relação com seu único amigo Thomas e seus conflitos na entrada da adolescência. O seu pai, Harry Sultenfuss, é um viúvo que não consegue compreendê-la e, por isso, quase sempre a ignora. Vada não tem mãe, já que ela morreu por complicações no parto dois dias depois do seu nascimento. E ela se culpa muito por isso.

Vada Sultenfuss, mesmo com apenas 11 anos, é obcecada com a morte, pois sua mãe já morrera e seu pai, Harry Sultenfuss, é um agente funerário que não lhe dá muita atenção. Vada é apaixonada por Jake Bixler, seu professor de inglês, e é muito amiga de Thomas J. Sennett, um garoto que é alérgico a tudo. Quando Harry contrata Shelly DeVoto, uma maquiadora, para os funerais e se apaixona por ela, Vada se sente rejeitada e quer fazer qualquer coisa para separá-los e conta com a ajuda de Thomas para colocar seu plano em prática.💔


Vada e Thomas no filme Meu Primeiro Amor


O único e melhor amigo de Vada, Thomas J. Senett, é um menino impopular, e isso faz com que ele não tenha amigos e que encontre em Vada, uma companhia para seus momentos solitários. Suas aventuras do verão - do primeiro beijo ao último adeus - introduzem Vada ao mundo da adolescência. Linda a cena do primeiro beijo, ficou marcada na história do cinema para muitos adolescentes, pela pureza e inocência das crianças.




É um filme realmente adorável apesar do desenrolar triste da história... Mas a relação de amizade e amor dos dois personagens centrais cativa o coração...💕

O verão começou bem, com seu melhor amigo, Thomas, subindo em árvores e mergulhando no ribeirão... São muitas brincadeiras, relatos e histórias contadas juntos. Mas, apesar da alegria do verão, as coisas começam a piorar para Vada, quando ela descobre que seu pai está namorando Shelley Devoto, a atriz Jammie Lee Curtes.




E o clímax é muito triste, pois em uma das aventuras de Vada e Thomas, este acerta uma colmeia de abelha, sendo que Vada estava junto e, em uma das atiradas com pedras, deixou o seu anel cair. Mas, depois que isso acontecesse, Thomas volta para pegar o anel da sua melhor amiga, mesmo ela dizendo para ele não mexer com as abelhas. Nesse ato, ele dá um pequeno chute na colmeia, e começa a procurar o anel. Ele conseguiu achar o anel mas, depois disso, diversas abelhas começam a sair da colmeia, e começam o "atacá-lo". Os seus óculos caem no chão e, apesar de ser levado para o hospital, ele tem uma reação alérgica fortíssima, não sobrevivendo.😓 A cena do velório do garotinho é de cortar o coração...




O sofrimento de Vada, de perder seu único amigo, posteriormente é amenizado pela atenção que o pai volta a lhe oferecer. No fim do filme, Vada controla a dor da perda, e supera tudo que passou.

Há de se ressaltar que a beleza deste filme está em sua franqueza. Existem algumas cenas obrigatórias. Mas há também alguns muito originais e tocantes. Este é um filme que tem seu coração no lugar certo. Meu Primeiro Amor tem alguns momentos doces e engraçados (o elenco é excelente). A mistura de heroísmo e impassibilidade em Meu Primeiro Amor ( My Girl ) deve ser mais estranha e mais interessante do que é. Afinal, uma garota que sobrevive a uma casa onde corpos são embalsamados no porão é o tipo de heroína que os filmes sobre crianças não veem nos atuais filmes para crianças e até adultos. As duas crianças intérpretes estão perfeitas em todas as cenas... 🙍😉




“ Meu Primeiro Amor ” é essa cócega que vai se movendo em significado pelo prisma da amizade, sem a pressa. É uma pesquisa da infância das relações, e não apenas da infância, ou das relações. Nesse filme, a amizade colore com toques singelos tudo o que está para se transformar, uma cadeia de sentimentos silenciosa, que simplesmente acontece. Mas com o pano de fundo vagando pelo filme a todo tempo, algo ali sugere que a vida é um nascer e morrer diário, a decepção é um tipo de morte, assim como aquela flor, que acabou murchar...

Sobre a formação e carreira do The Temptation




Está aí um Grupo incrível! Eram 5 que cantavam, dançavam, interpretavam e conquistaram os papais, as mamães e os avós de hoje em dia... hehehe The Temptation - ou carinhosamente apelidado pela mídia de " The Temps " - era o grupo vocal mais adorado dos anos 60 e 70. Com um estilo muito original e refinado, e com uma carreira de cinco décadas, é uma das maiores influências da música soul e R&B contemporâneas, e detém algumas pérolas musicais como a inesquecível " My Girl ", esta última responsável por um dos maiores sucessos nas rádios de todos os tempos na história da música mundial.

Formados em 1960 em Detroit, The Temptations é um grupo vocal americano da Motown Records que canta até os dias atuais.

É o grupo que ficou mais tempo junto com a Motown, foi 40 anos junto com a gravadora, de 1961 até 1977 e de 1980 a 2004 ( de 1977 a 1980, estiveram com a Atlantic Records). Desde 2009, The Temptations continuam a se apresentar e gravar para a Universal Records com o único membro vivo da formação original, Otis Willians, que é o Co-Fundador.

The Temps está na famosa lista dos "100 Greatest Artists of All Time" e em 2013, recebeu o "Lifetime Achievement Grammy Award" pela admirável carreira.




Ao longo de sua carreira o Temptations lançou quatro singles que chegaram à primeira posição da Billboard Hot 100 e 14 singles que chegaram à primeira posição na categoria R&B. Sua obra também lhes rendeu três Prêmios Grammy, para o compositor e o produtor musical responsável pelo seu sucesso de 1972, "Papa Was a Rollin' Stone". O grupo foi o primeiro contratado da Motown a conquistar um Grammy. Seis dos Temptations (Dennis Edwards, Melvin Franklin, Eddie Kendricks, David Ruffin, Otis Williams e Paul Williams) foram indicados ao Rock and Roll Hall of Fame, em 1989, e quatro canções clássicas do grupo, "My Girl", "Ain't Too Proud to Beg" "Just my Imagination" e "Papa Was a Rollin' Stone", foram incluídas nas suas 500 Canções que formaram o Rock and Roll. Um sucesso retumbante!

Sobre a canção título do Filme: My Girl 

“ My Girl ” é uma composição da dupla Smokey Robinson e Ronald White, na época integrantes do The Miracles, outro importantíssimo grupo da época de ouro da Motown. Os versos românticos, escritos por Robinson (I’ve got sunshine on a cloudy day / When it’s cold outside / I’ve got the month of May), foram inspirados em sua esposa, Claudette Rogers Robinson, que também fez parte do Miracles entre 1957 e 1972. A produção do single ficou a cargo dos próprios autores, se tornando o primeiro Nº 1 dos Temptations e uma de suas faixas mais famosas até hoje.


O single foi relançado em 1992. " My Girl " foi classificada com número 88 na Rolling Stone's lista de "As 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos".

Minha Edição de My Girl 

Agora a minha última edição da música inesquecível do Temptations - " My Girl ” que é uma das mais perfeitas orações sobre o amor em enamoramento com o cinema! É PURA POESIA! O Clipe tem cenas do filme Meu Primeiro Amor !💖💓

Falando sobre minha garota
Eu tenho o brilho do sol num dia nublado..






Imagens do Google Imagens e Gifs do Tumblr
Vídeo do Canal de Adriana Helena







↑ 1965



↑ 2018





Kim Peek : o caso que inspirou a história de Rain Man




A vida de Kim Peek mostra que sabemos muito pouco sobre os nossos limites e potencialidades. A sua existência é uma prova de que a realidade é paradoxal: cada ser humano possui uma combinação de enormes limitações com grandes talentos. 

O fascinante caso de Kim Peek nos lembra que os seres humanos são maravilhosamente diferentes entre si, e que o bom e o mau, o melhor e o pior são conceitos relativos no mundo em que vivemos. 

O planeta inteiro soube disso através do famoso filme Rain Man, que retratou parte do seu talento e tragédia. 

Kim Peek, o verdadeiro Rain Man, inspirou o roteiro do filme e os tópicos centrais da história. No entanto, a sua vida real era muito diferente do que foi mostrado no longa. Essa produção foi um marco na história do cinema, mas também na existência do personagem que o inspirou.

Talvez a história de Kim Peek seja mais fascinante do que a de Rain Man. Estima-se que mais de dois milhões de pessoas o tenham procurado para interagir com ele.

Vários documentários também foram feitos sobre o seu caso, e até a NASA queria saber em detalhes quem era esse homem doce que inspirara um dos melhores filmes do século XX.
“ Talvez eu seja a estrela, mas você, Kim, é o céu ". 
– Dustin Hoffman –

Kim Peek : um “ retardado mental ” ? 

O diagnóstico que Kim Peek recebeu quando nasceu, em 1951, foi de retardo mental. Ele veio ao mundo com uma deficiência e, por isso, os médicos aconselharam que fosse internado em um centro especializado.

A sua família não concordou com o conselho. Eles queriam Kim com eles e assim o mantiveram. Kim Peek tinha macrocefalia e isso significava que ele não iria completar o seu desenvolvimento físico e mental.

O seu cérebro era excessivamente grande e desprovido de corpo caloso, uma área que conecta os dois hemisférios. Portanto, o prognóstico para a sua vida era desfavorável.

No entanto, os pais de Kim perceberam que o seu filho era especial de várias maneiras. Com apenas um ano e meio de idade, ele já era capaz de memorizar cada um dos livros que liam para ele. Era uma habilidade incrível que eles não sabiam como gerenciar.

O maravilhoso cérebro de Kim Peek

Os pais de Kim Peek notaram que o garoto decorava os livros inteiros. Eles só precisavam ler uma vez para que esse fenômeno ocorresse. Quando ele mesmo lia um livro, o deixava de lado e nunca mais o consultava. Ele não precisava mais disso: havia memorizado tudo.

Com apenas três anos, ele aprendeu a consultar o dicionário. Lia os significados e os decorava. Dizem que, no total, ele memorizou a quantidade impressionante de 9.000 livros.

Ele era capaz de ler uma página com o olho direito e a outra com o olho esquerdo. Ele também fazia isso em um ritmo muito rápido: completava duas páginas em apenas 10 segundos. 

Além disso, Kim era capaz de executar operações matemáticas complexas em tempo recorde. Ele pegava a lista telefônica e somava os números de uma coluna em segundos, apenas para o seu próprio entretenimento.

Por isso, quando ele cresceu, conseguiu fazer a contabilidade total de uma empresa sem a ajuda de uma calculadora ou papel.

Uma bela vida 

Ao contrário do Rain Man do filme, Kim era uma pessoa afetuosa. Ele apreciava o contato social e respondia com compreensão e carinho a todos que se dirigiam a ele.

Embora a sua memória fosse superdotada, ele não conseguia tirar conclusões de suas leituras ou aplicar o seu conhecimento matemático a outras atividades que não o cálculo.

No entanto, ele também tinha vários problemas motores. Ele andou após os 4 anos de idade e atingiu a idade adulta sem conseguir abotoar a camisa ou amarrar os sapatos.

Barry Morrow, roteirista de Rain Man, o conheceu por acaso em um evento sobre pessoas com limitações e potencialidades especiais. Morrow já havia feito um filme sobre esse assunto, mas ficou surpreso ao conhecer Kim.

Isso o levou a escrever o roteiro de Rain Man. Dustin Hoffman, que interpretou o personagem, também conheceu Kim e expressou a sua admiração em várias ocasiões. Por isso, ele lhe agradeceu publicamente por sua contribuição quando ganhou o Oscar pela sua atuação neste filme.

Kim Peek também foi atingido pela fama. O seu pai dizia que isso exerceu uma influência positiva em sua vida, uma vez que lhe permitiu ter contato com os outros como nunca antes. 

Este homem maravilhoso, que veio ao mundo para nos ensinar muito sobre os paradoxos humanos, morreu de uma parada cardiorrespiratória em 2009, aos 58 anos.






10 curtas que podem nos ajudar na educação das crianças !



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Adaptado do site Etapa Infantil Via Pensador Contemporâneo


Por Provocações Filosóficas



Educar em valores vai muito além de transmitir boas maneiras às crianças. Também é importante ensiná-los a distinguir boas e más atitudes e ajudá-las a desenvolver sua consciência moral. Obviamente, não é uma tarefa fácil, porque não é necessário apenas inculcar certos valores, mas também promover uma atitude crítica. Nesse sentido, o cinema, e especialmente os curta-metragens animados, podem se tornar um excelente ponto de partida para as crianças refletirem sobre valores e sua importância.


10 curtas-metragens para educar as crianças sobre valores


1. Piper



O protagonista deste belo curta-metragem da Pixar é Piper, um passarinho com medo de sair do ninho e se aventurar a caçar amêijoas na praia. É uma história que lida com medos e como superá-los, o que fará com que as crianças reflitam sobre a importância de superar seus medos. Certamente é um excelente vídeo para compartilhar com os jovens que estão passando por essa fase onde crescem parece intimidante, para ajudá-los a superar a adversidade e ensinar -lhes que muitas vezes superar medos pode até ser divertido.


2. Parcialmente nublado



Este é outro dos incríveis curtas da Pixar, que desta vez se concentra no valor da amizade e do trabalho em equipe. Nesta ocasião, os protagonistas são uma nuvem e uma cegonha, que depois de trabalharem juntos criando e carregando bebês nas mãos de seus pais, estabelecem uma amizade sincera, capaz de superar os obstáculos mais difíceis. Um resumo ideal para transmitir às crianças o valor da amizade e a importância de aceitar cada pessoa como ela é, com suas virtudes e defeitos.


3. O Último Tricô 



Com este simples resumo, as crianças aprenderão uma lição valiosa: uma retirada a tempo não é uma derrota. É um excelente vídeo que destaca a importância de estabelecer limites para sonhos e objetivos pessoais e enfatiza quando desistir de um objetivo. É uma oportunidade para as crianças aprenderem que para ter sucesso na vida, não apenas esforço e persistência são suficientes, mas também é importante saber quando chegou a hora de mudar de rumo.


4. Zero



É um curta muito interessante para crianças mais velhas que lida com questões como a discriminação e a capacidade de lidar com situações adversas. A história é sobre um número zero que desde a infância é marginalizado devido ao seu baixo valor. Mesmo assim, Zero não perde a capacidade de aproveitar os pequenos detalhes da vida e superar todos os obstáculos que surgem em seu caminho. Essa persistência, somada ao seu valor pessoal e ao apoio de uma pessoa que você ama, fará com que sua vida mude para sempre.


5. Alcançar



O valor do altruísmo e da solidariedade se personifica neste incrível curta-metragem através de seu protagonista, que percorre o deserto quase moribundo, em busca de água. No entanto, quando ele encontra o que ele ansiava, ele não hesitará duas vezes para dar seu precioso tesouro para aqueles que mais precisam. Claro, sua boa ação não ficará sem recompensa. Uma excelente história para incutir nas crianças a importância de compartilhar desde tenra idade.


6. Vida fácil



Este curta convida a pensar sobre a importância do esforço na vida. A história é sobre uma menina cuja boneca faz o seu dever de casa para poder dedicar-se ao que mais gosta: brincar. No entanto, as conseqüências de sua falta de esforço aparecerão em breve. Uma oportunidade única para ensinar as crianças a se esforçarem todos os dias para aprender, amadurecer e se destacar.


7. O presente



Uma criança apaixonada por videogames e um cachorro, que compartilham uma deficiência, são os protagonistas desse belo curta-metragem animado que convida à reflexão sobre a capacidade de superação, a auto-aceitação e o respeito pelos outros. Trata-se de um vídeo que aborda a questão da deficiência a partir da perspectiva das crianças e aborda de forma distinta a exclusão e os estereótipos, que lhe renderam vários prêmios em diferentes festivais.


8. Robô de Retrociclagem



Este curta-metragem de Sebastián Baptista é perfeito para ensinar as crianças a respeitar e cuidar do meio ambiente, incentivando o estabelecimento de hábitos mais sustentáveis ​​desde cedo. Para isso, baseia-se em uma história muito simples, mas repleta de lições que tratam de temas tão polêmicos quanto a importância da reciclagem e o uso racional dos recursos. Sem dúvida, é um ótimo vídeo para começar a conscientizar as crianças sobre a necessidade de cuidar do ambiente em que vivem.


9. Os Fantásticos Livros Voadores de Morris Lessmore



Este curta-metragem dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg usa imaginação e fantasia para ensinar às crianças a importância da leitura de uma maneira diferente. A história é sobre Morris Lessmore, um escritor que é arrastado por uma tempestade para um mundo mágico em que os livros não apenas ganham vida, mas também são capazes de devolver as pessoas a felicidade e a vontade de viver.


10. Coisas de Pássaros



Este curta da Pixar aborda a questão do respeito pelas diferenças de uma perspectiva diferente e, acima de tudo, muito engraçada. A história convida as crianças a refletir sobre a importância de respeitar a todos de maneira igual, ensinando-as a serem mais tolerantes e empáticas com as pessoas que as cercam. É um verdadeiro apelo à atenção na discriminação, exclusão e estereótipos.

Por fim, não se esqueça que, para aproveitar ao máximo o poder educativo desses curtas, é importante que a criança os compreenda. Portanto, depois de vê-los, é conveniente para a criança compartilhar suas opiniões e impressões, refletir sobre o comportamento dos protagonistas e pensar sobre o que eles poderiam ter feito de forma diferente.






5 filmes para trabalhar a autoestima infantil


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O cinema é mais que uma arte, pode ser um valioso recurso educativo e de formação. Conhecer filmes para trabalhar a autoestima infantil nos dá a oportunidade de oferecer às crianças algo a mais do que entretenimento no mundo cinematográfico.

Um bom filme pode nos emocionar, nos deixar tristes, divertir, entediar… Tudo isso graças ao fato de que esta arte não deixa de ser um reflexo da própria vida. É precisamente daí que vem o seu poder educativo.

Por isso, como as crianças são “pequenas esponjas” que absorvem todo tipo de conhecimento, é interessante fazer uma boa seleção de filmes que as ajudem a se conhecer melhor, ganhar autoconfiança e fazer com que se desenvolvam como indivíduos felizes e assertivos.

Os melhores filmes para trabalhar a autoestima infantil

A seguir, apresentamos uma lista de filmes para trabalhar a autoestima infantil que muitos tutores e educadores usam com as crianças. Eles servirão para que elas se conheçam melhor, para que desenvolvam suas possibilidades, habilidades e emoções com total segurança.


Ratatouille, 2007



Dirigido por Brad Bird, Ratatouille é um filme que mostra a história de um pequeno e talentoso roedor cujo sonho é ser um grande cozinheiro. Para isso, ele se junta a um menino filho de um chef famoso, mas que é um desastre na cozinha.

Este filme permite que as crianças descubram que não há limites para aprimorar seu talento. Se eles realmente tiverem uma habilidade, um sonho, terão pelo menos a chance de lutar por ele e adaptá-lo às suas condições.


Procurando Nemo, 2003



Andrew Stanton e Lee Unkrich dirigiram um dos filmes mais famosos do século XXI que, inclusive, teve uma continuação recente com a adorável Dory no papel principal.

Neste filme, encontramos várias lições de superação. Por exemplo, o pequeno Nemo, que tem uma nadadeira menor que a outra, ou a busca incansável do pai que se encarrega de encontrá-lo quando Nemo se perde.

Ambos mostram que quando se quer algo com muita força, nada pode ficar no caminho. Só é preciso trabalhar para atingir o objetivo final com entusiasmo, esperança e confiança em suas próprias possibilidades.


Wall-E, 2008



Entre os filmes para trabalhar a autoestima infantil, não podemos nos esquecer de Wall-E.

Esta obra de ficção científica produzida pela Disney e Pixar conta a história de umrobô de limpeza que não parou de trabalhar apesar do fato de a Terra ter sido abandonada pela humanidade há muitos séculos.

Podemos extrair várias lições interessantes deste filme, como a necessidade de uma gestão adequada dos resíduos. No entanto, uma delas tem importância especial para as crianças: a necessidade de autonomia, o controle da dependência da tecnologia, dispositivos eletrônicos, smartphones, etc.

A comunicação humana cara a cara, mesmo vista no filme através de robôs, é fundamental. Assim, podemos aprender a linguagem corporal e o significado dos sons para saber como se comunicar de forma eficiente, segura e sensata.


Divertida Mente, 2015



Conhecido por seu nome original, Inside Out, este é um clássico moderno da Disney e da Pixar, no qual as emoções das crianças são exploradas com profusão, especialmente o nojo, o medo, a raiva, a tristeza e a alegria.

Grande parte do trabalho que é feito com os pequenos para que eles aprendam a cuidar de sua autoestima tem a ver com as suas próprias emoções.

Neste caso, não se trata tanto de que aprendam a gerenciá-las, mas sim entendê-las, compreendê-las, aceitá-las e conhecer as consequências para que, progressivamente, consigam um gerenciamento inteligente das mesmas.

“Você não pode se concentrar no que está dando errado, há sempre uma maneira de mudar as coisas”.   - Alegria -


Como treinar o seu dragão, 2010



Terminamos a nossa jornada pelos filmes para trabalhar a autoestima das crianças com outro excelente longa que conta a história de um jovem que tem uma bela amizade com um dragão.

Para manter a sua amizade com o dragão, um ser do qual todo o seu povo tem medo, o menino lutará contra as tradições ancestrais de seu povo, dando prioridade à autoconfiança diante do medo.

Para isso, o jovem demonstra ser muito assertivo, dando prioridade aos seres vivos sobre os costumes e os terrores infundados.

Qualquer um desses cinco filmes, e muitos outros que você certamente conhece, são um excelente material para os pequenos trabalharem a autoestima, crescerem e desenvolverem a autoconfiança em um ambiente adequado e adaptado para as suas capacidades.






Recomendo esta série : Saimdang, Memoir of Colors



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Estrelado por Lee Young Ae e Song Seung Hun, este drama histórico fala da história não contada da artista que desafiou os limites da sociedade e se tornou uma lenda. Tem aquele estilo entre vida atual e vida no passado. Cada episódio tem o poder de encantar e envolver em seus mistérios.

Bom, os segredos entre a realidade e o passado vão ficando mais interligados e só assistindo pra saber como termina essa linda história de amor. A fotografia é magnífica e as músicas são lindas.

Assistam essa incrível história pois Saimdang foi uma mulher que virou lenda e ainda é importante na história da Coreia. Vale a pena conhecer sua história.

Abaixo cenas do passado intercaladas com cenas do presente. Técnica muito boa que dá dinamismo e prende o espectador.  








A série não esta mais na Netflix ... Que pena, né ?!

Ela agora pode ser assistida no aplicativo VIKI.








Conta Comigo : Como o pequeno filme se tornou um grande clássico do cinema





Vocês precisam assistir “Conta Comigo”, (Stand By Me) um filme da infância de muitos que nasceram na década de 80. Trata-se de um filme tão singelo que resolvi apresentá-lo a vocês, caso não conheçam, apesar de já ter sido um clássico da Sessão da Tarde e um dos melhores filmes do cinema de todos os tempos. Baseado no conto “O Corpo” do livro “As Quatro Estações” de Stephen King – conto encontrado no capitulo Outono da Inocência – o filme conta a história de quatro garotos onde a única coisa que tem em comum é a amizade.

Mas antes disso, ouçam a edição que criei especialmente para esse artigo com a canção "Stand by Me", originalmente interpretada pelo cantor e compositor americano Ben E. King, e escrita por King, Jerry Leiber e Mike Stoller. A canção foi lançada originalmente em 1961 e reeditada em 1986, como parte da trilha-sonora do filme com o mesmo nome, chamado aqui no Brasil, de "Conta Comigo"






“Conta Comigo” (Stand By Me) é um filme de 1986 dirigido por Rob Reiner que foca na amizade entre quatro garotos, aquela típica amizade de infância: os quatro eram inseparáveis, estavam sempre juntos e atrás de aventuras. Porém, a aventura que viveram no filme foi, com certeza, a maior que eles viveram durante toda a vida!


Baseado, como disse na introdução, no conto “O outono da inocência – O corpo (The Body)” do autor Stephen King, a trama envolve diretamente as recordações do escritor, sendo a sua obra mais pessoal, pois remete à sua fase mais complicada de vida, na qual seu irmão sofreu um acidente de carro. Gordie (Wil Wheaton) é o sensível contador de histórias que sonha em ser escritor, Chris (River Phoenix) é o mais durão que a cidade vê como um futuro criminoso devido histórico de família, Teddy (Corey Feldman) é destemido e tido como louco assim como seu pai e Vern (Jerry O’Connell) é o estereótipo do gordinho covarde dos filme daquela época.



A situação vivida durante essa viagem de dois dias revela profundas descobertas sobre amizade e companheirismo.

Esses quatro carinhas ficam sabendo onde está o corpo de um menino morto no trilho de trem e saem em busca de aventuras, atrás apenas do reconhecimento da cidade sobre esse ato de heroísmo de encontrar o corpo do menino desaparecido.

Porém, não é tão simples assim. Ao longo do caminho, são desafiados, passam por várias aventuras, mas além disso, várias discussões entram em jogo, tornando-se aprendizado para os meninos. Assistindo, podemos perceber que eles discutem sobre o futuro, sobre o fato de os pais de um dos meninos não valorizarem o talento dele e, ao mesmo tempo, discutem sobre coisas de criança, como, por exemplo, quem ganharia na luta Superman vs Supermouse, mostrando, assim, que apesar de estarem em uma época de aprendizado e reflexão, são apenas crianças.



A forma como cada personagem é apresentado é maravilhosa. É mostrado que cada personagem tem seu problema, seja consigo mesmo, em casa ou na escola, além de ser mostrada a excelente química do elenco, a qual entende bem o peso dos seus papeis. De cara somos puxados pra dentro da trama e nos sentimos parte da equipe.

“Conta Comigo” resgata sentimentos da infância: aquela coragem das crianças, a busca por aventura e o confronto com o amadurecimento. Assim, o filme nos deixa com saudade de ser criança e traz lembranças da nossa infância...

A interação entre os personagens é incrível, a trilha sonora é muito boa e a vontade de ser um deles é bem grande. A viagem, que era apenas em busca do cadáver, acaba virando uma viagem ao autoconhecimento de cada um e da amizade de todos eles. 




Sem expectativas, Conta Comigo chegou aos cinemas em agosto de 1986, primeiro em poucas salas e a partir do dia 22 em circuito, arrecadando 52 milhões de dólares e uma indicação ao Oscar de melhor roteiro. O filme também impulsionou a carreira dos quatro garotos, estabeleceu River Phoenix como talento em ascensão e Rob Reiner como diretor, que agradeceu batizando sua produtora de Castle Rock. A produção agradou ainda um crítico em particular. Stephen King, o garoto que foi abandonado pelo pai e se tornou escritor, reconheceu o filme como uma das melhores adaptações de sua obra para as telas.

Curiosidades: 

O conto escrito por King é baseado em um ocorrido de sua infância, quando viu um garoto morto durante um dia que estava voltando da escola.

Por isso o personagem principal é um garoto que sonha em ser escritor.

Ele só encheu o conto de detalhes, quase todos inventados.

Como dizem “Quem conta um CONTO aumenta um ponto”





Conta Comigo está disponível no catálogo da Netflix e é uma das principais influências da série Stranger Things.

Conclusão:


Um filme muito lindo, divertido, excelente para ver com qualquer pessoa e em qualquer lugar, só para lembrar as peraltices praticadas na infância e lembrar os grandes amigos daquela época que muitas vezes não temos mais contato, mas cujos grandes momentos ainda estão em nossa mente, para sempre! Tomara que aprecie... 
Inspiração: https://www.omelete.com.br e resenha-conta-comigo Imagens do Google Imagens.

Vídeo do Canal de Adriana Helena no YouTube e vídeo das locações de Conta Comigo no Vímeo.


















WUTHERING HEIGHTS ( O MORRO DOS VENTOS UIVANTES )





" Se ele te amasse com todas as forças de sua alma por uma vida inteira, ainda assim ele não te amaria tanto quanto eu te amo num único dia." 
 - O Morro dos Ventos Uivantes -




Adriana Helena


Algumas pessoas precisam apenas de uma única inspiração na vida para se tornarem eternas. Um único clarão, um único momento de conflito esclarecedor, um único dia de amor, ou de ódio... Assim foi com Emily Brontë e a sua inspiração máxima: “O Morro dos Ventos Uivantes”. O clássico da literatura britânica, e porque não dizer universal, brindou o mundo com uma história de amor tão complexa e intrigante que até para um leitor experiente tentar defini-lo seria como caminhar na corda bamba a uma altura acima das nuvens: perigoso demais. Venha comigo conhecer essa história tão forte que arrebata leitores e os deixa tão apaixonados quanto eu. 

Sobre a Autora e a Obra

A maioria de vocês, amantes das letras, pode nunca ter tido um contato mais íntimo com a obra prima de uma das irmãs Brontë; a Emily Brontë – que por medo de não ser aceita entre os escritores britânicos do século XIX, na esmagadora maioria, homens numa sociedade machista, se escondia por detrás do pseudônimo masculino de Ellis Bell –, mas com certeza, se realmente gostam e praticam a arte da leitura, no mínimo já ouviram falar em “O Morro dos Ventos Uivantes”. Nascida em Howarth, lugarejo isolado de Yorkshire, Inglaterra, escreveu um magnífico romance, demonstrando maturidade intelectual impressionante para pessoa de menos de trinta anos de idade. 


Emily Brontë 


A obra foi lançada em 1847, em pleno século XIX, recebendo, logo de seu lançamento, incisivas críticas pelo teor “nebuloso” e “pesado” demais para ser um enredo de amor. Ora, mas é claro que só poderia sair uma obra densa e pesada, pois a escritora viveu momentos tenebrosos em sua vida real. Acompanhe-me abaixo: 

A vida real e sofrida da autora, foi a grande inspiração para a sua obra-prima 

A família Brontë mudou-se para Haworth, no condado de Yorkshire, onde o pai assumiu como pároco a igreja local. Emily e suas irmãs Anne e Charlote tornaram-se escritoras, sendo Charlotte a mais famosa delas, autora de “Jane Eyre” e “O Professor”. A região era um tanto isolada na época e a família tinha sérios problemas com Patrick, o irmão alcoólatra, que morreu precocemente vítima de uma vida de excessos e de tuberculose. Muito do ambiente sombrio e tenso retratado em “O Morro dos Ventos Uivantes” é fruto das constantes discussões de Patrick com seu pai. 

De personalidade reclusa e muito tímida, Emily seguiu a irmã até a Bélgica, voltando em seguida para Haworth, onde gostava de caminhar e ler. Morreu de tuberculose aos 30 anos, sem conhecer o sucesso de seu livro. Anne morreu também vítima de tuberculose em 1849 e Charlotte, vítima da mesma doença faleceu em 1855. Especula-se que a água consumida na residência estivesse contaminada pela proximidade com o cemitério, já que os irmãos morreram da mesma doença. Denota-se que a vida real da autora desta obra grandiosa foi a maior inspiração dela. Abaixo as ruínas da casa que inspiraram Emily, local isolado localizado em Haworth, West Yorkshire, na Inglaterra. Bastante sombrio, por sinal, não acham?



Haworth, West Yorkshire, Inglaterra (Ruínas da casa que inspirou o Morro dos Ventos Uivantes)


A concepção do amor de Heathcliff & Catherine (Os Protagonistas)


No século XIX, em especial no Reino Unido, a concepção de “amor” destoava quase que completamente daquilo que estava sendo retratado entre o misterioso Heathcliff (emissor do sentimento) e a mimada e insegura Catherine (receptora do sentimento). Talvez aquilo não fosse amor, talvez fosse, na verdade, algo completamente distinto do amor, mas que ainda não tivesse sido definido de maneira a povoar a mente das pessoas. Pode o amor superar todos os obstáculos, inclusive a morte? Duas pessoas podem dividir a mesma alma? Perguntas intrigantes que fazem de “O Morro dos Ventos Uivantes”, único romance de sua escritora Emily Brontë, um dos livros mais populares do mundo. 

Análise e Resenha da Obra

Essa é a minha ideia da Casa do Morro dos Ventos Uivantes (Sinistro) 


O personagem Sr. Earnshaw precisou deixar por uns dias sua propriedade em Wuthering Heights (“morros uivantes”) para fazer uma pequena viagem à cidade de Liverpool. Voltou de lá três dias depois trazendo consigo “um menino sujo, roto, de cabelos pretos” que, ao ser posto de pé, “limitou-se a olhar em torno, engrolando palavras de uma algaravia que ninguém conseguia entender”.


Os filhos do Sr. Earnshaw – Hindley e Catherine – receberam mal o menino, tão física e socialmente diferente deles. A mesma antipatia foi demonstrada pela Srª. Earnshaw e até pela criada Ellen (ou Nelly) Dean. 


O rapaz foi defendido pelo Sr. Earnshaw, cujo desejo de amparar o pequeno “cigano” acabou não conseguindo se sobrepor às convenções sociais britânicas, entranhadas também em Wuthering Heights. Isso apesar de a sociedade hierárquica conceber o patriarca Earnshaw como líder no universo privado da propriedade dos morros uivantes. 

Pois ocorre que o poder do chefe de família não era absoluto: estava submetido a fatos sociais – a regras explícitas ou implicitamente estabelecidas, oriundas de estratificações econômicas, étnicas e culturais vigentes. O rapaz que ele trouxera das ruas de Liverpool seria sempre um estranho naquele meio burguês, como se evidencia no fato de que recebera novo nome (desprezando a validade da sua história pregressa), mas permanecendo sem sobrenome, como um ser sem família na verdade, apesar de aparentemente “adotado” pelos Earnshaw. Diferente de todas as pessoas com quem viria a conviver, seu nome completo seria apenas: Heathcliff. 


Heathcliff


Aos poucos a pequena Srtª. Earnshaw foi se afeiçoando ao garoto agregado à família. E ele, também, começou a se alegrar com a companhia dessa menina a quem chamava pelo primeiro nome, Catherine, ou mesmo pelo apelido de Cathy, sem a menor cerimônia. Em suas brincadeiras, correndo pelo campo, sujos e arranhados, era como se tivessem criado um mundo só para si. Era um universo sem preconceitos étnicos, classes sociais, hierarquias ou conveniências de salão – um mundo de sonho, liberto das amarras da economia, da política ou de convenções familiares e comportamentais.

Catherine


Mas o monstro da realidade começou cedo a se esgueirar pelos caminhos ingenuamente trilhados pelas duas crianças. Hindley, irmão de Cathy, maltrata Heathcliff. A governanta Neally Dean, apesar de se contrapor aos maus tratos, também reclama da “vida selvagem” que Catherine vinha levando junto ao irmão adotivo. Com a morte do Sr. Earnshaw, Heathcliff é rebaixado, por Hindley, a simples empregado de estábulo. As barreiras de classe vão se tornando cada vez mais sólidas: de um lado, o universo rústico, iletrado, selvagem, pobre; de outro, o meio chique, bem comportado, aristocrático, elitista. A alternativa que se apresenta para Catherine é a escolha entre: o óbvio, já socialmente esperado, casamento dentro de sua classe; ou uma fantástica, talvez impossível, união a Heathcliff.

Esse dilema da diferença econômica entre apaixonados é usual dentro das tramas do Romantismo, escola literária a que o romance de Emily Brontë se filia. 


O romance O Morro dos Ventos Uivantes escapa dos cacoetes comuns do Romantismo. Pois nesse livro magnífico não se personifica o adversário do casal apaixonado: não há, por exemplo, um pai malvado a proibir a união de Catherine e Heathcliff. O adversário está dissolvido no ar como um fantasma: são convenções sociais difusas, dificuldades econômicas, preconceitos e segregações mal confessadas. Vê-se que não há proibição explícita ao casamento dos dois enamorados: é o mundo prático que se coloca como barreira entre eles. De que viveriam? Onde arranjariam trabalho? Como e em que meio criariam seus filhos, sem dispor de empregados ou de todo o aparato doméstico a que Cathy se acostumara desde a primeira infância? Como suportar os preconceitos de que seriam vítimas no dia a dia? O olhar pela janela tornava-se cada vez mais esmaecido e nebuloso ao casal apaixonado... 


A janela em o fantasma de Cathy implorava seu ingresso à Heathcliff, na casa do Morro dos Ventos Uivantes 


Catherine acaba se casando com Edgar Linton, um homem convencional, bem educado e rico. Mas não se pense que ela seja mostrada de maneira simplória como uma interesseira. Cathy sofreu muito, dilacerada entre o amor selvagem e sem futuro pelo antigo amigo Heathcliff e a afeição que sentia por seu promissor pretendente Edgar. Este, por sua vez, não é o vilão que costuma aparecer em romances românticos usuais colocando-se entre o casal protagonista.





Após longa ausência ruminando seus ressentimentos, o ultrarromântico Heathcliff retorna para se vingar. Os alvos são: Hindley Earnshaw (o “irmão de criação” que o espezinhou na infância e o humilhou na idade adulta) e Edgar Linton, que conquistara o amor de Catherine. Esta, no entanto, também não deixa de se tornar odiosa aos olhos do contraditório Heathcliff, que – ao mesmo tempo – a ama com loucura, a ponto de profanar o seu túmulo e com ela lá se aninhar após a morte de Caty...

Eterno rancoroso, Heathcliff põe em curso uma revanche sem fim. Casa-se sem amor com Isabela (irmã de Hindley) apenas para infligir sofrimento à família Linton, na qual sua amada Cathy ingressara pelo casamento. A mesma tortura se estende depois a Hareton (filho de Hindley), de quem se torna um tutor perverso e embrutecedor após diversos estratagemas. Maltrata também o próprio filho, por seu parentesco com os Linton. Pela mesma razão, hostiliza a pequena Cathy, filha de sua adorada Catherine Earnshaw.


Heathcliff é, então, o vilão da trama? Em determinados momentos ele se parece mais com um herói romântico, noutros é quase um demônio. Os personagens são multifacetados, tal qual na vida real, apesar do exagero na dramaticidade dos conflitos que se dão entre eles.

Emily Brontë nos guia pelos mais profundos vales da psicologia humana, levando em conta com mestria os aspectos sociais que nos conduzem a eles. E no final, o casal descansa em seus túmulos, unidos na vida e na morte... 




Conclusão

O livro é muito denso, com passagens tocantes e diálogos profundos, tendo causado certo escândalo na época de sua publicação. Mas certamente narra uma história tão forte, com personagens tão complexos e apaixonantes que muitas pessoas o tem como livro preferido e o guardam pela vida como eu. Ao terminar a leitura, tem-se a impressão que você estava naquele lugar e foi testemunha de todas as histórias contadas por Elen "Nelly"Dean, ao pé da lareira. Claro que o drama é geral, a dor é intensa e parece que tudo é só sofrimento, mas só posso dizer que vale a pena no final. Recomendo a todos um passeio à cavalo pelas charnecas e uma visitinha ao sítio do Morro dos Ventos Uivantes. Tenho certeza que vai gostar! 




O vídeo com a canção de Kate Bush que editei, narrando essa história magnífica


Kate Bush 


♪♫ Wuthering Heights é uma canção escrita por Kate Bush e lançada em 1978. Ela é considerada a 32ª melhor canção de todos os tempos por sua beleza lírica. Kate Bush escreveu a letra da música quando tinha apenas 18 anos, baseando-se no icônico livro de Emily Brontë. 

Bush leu o livro Ö Morro dos Ventos Uivantes" e descobriu que havia nascido no mesmo dia que Brontë, a escritora. A música, a última escrita e última a ser gravada para seu álbum de estreia, foi criada no piano em algumas horas numa madrugada. Um verdadeiro clássico!! 


♪♫A letra é feita do ponto de vista de Catherine, que implora na janela de Heathcliff que ele a deixe entrar. Esta cena romântica tem um lado sinistro considerando-se os eventos do livro, já que Catherine pode ser um fantasma chamando o amado para juntar-se a ela na morte.


Amigos, para editar o vídeo, em razão da força da história, usei de quatro particularidades nas imagens. Iniciei com as paisagens da casa do Morro e depois intercalei com cenas dos filmes do Morro dos Ventos Uivantes de 1992, com os atores Ralph Fiennes & Juliette Binoche, tendo um estilo mais gótico, inserindo também trechos de cenas da série -O Morro dos Ventos Uivantes de 2009 - este com Tom Hardy (Heathcliff) e Charlotte Riley (Catherine), cujo trabalho foi dividido em dois capítulos e que traz o Heathcliff mais atraente e perigoso de todos. Termino o vídeo com imagens reais do local da casa do Morro em West Yorkshire, Inglaterra, que inspiraram Emily a criar uma dos maiores obras de todos os tempos. Tomara que aprecie! Recomendo imensamente!!







Biografia inspiradora:


https://homoliteratus.com/fantasma-o-morro-dos-ventos-uivantes/
https://cinemaclassico.com/listas/o-morro-dos-ventos-uivantes-telas/
Imagens do Google imagens e Tumblr, Gif criado por Adriana Helena
Vídeo do Canal de Adriana Helena no YouTube




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