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Olhem o talento destes dois guris do meu Rio Grande do Sul
















Nem o frio de inverno impediu que milhares de pessoas fossem às ruas de Porto Alegre na terceira manifestação contra o Golpe e o governo golpista !



poa


Débora Fogliatto

No maior ato até agora contra o presidente interino Michel Temer (PMDB) em Porto Alegre, milhares de manifestantes percorreram ruas do Centro e da Cidade Baixa em uma marcha pacífica nesta quinta-feira (19). O ato, convocado após os dois primeiros protestos que terminaram em agressões da Brigada Militar na semana passada, transcorreu sem maiores problemas. Ao final, um pequeno grupo permaneceu na avenida Loureiro da Silva, causando momentos de tensão, mas a polícia não avançou.

Assim como das outras vezes, a mobilização começou na Esquina Democrática, entre as ruas Borges de Medeiros e Andradas, por volta das 18h. Pouco menos de uma hora depois, os manifestantes começaram a caminhada pela Borges em direção ao Palácio Piratini, entoando “Ô ô Sartori, pode esperar, a tua hora vai chegar”. Em ritmo acelerado e animado, sem deixar as músicas pararem, os manifestantes deram a volta na Praça da Matriz, embalados também pelos tambores do Levante Popular da Juventude. Nesse momento, tentaram queimar bonecos de papelão de Temer, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do governador José Ivo Sartori.

Dentre os diversos grupos e pessoas presentes, era possível identificar faixas relacionadas ao movimento de mulheres e da cultura, setores ameaçados pelo governo de Temer. A multidão, que chegou a reunir 20 mil pessoas, segundo os organizadores, seguiu então pela rua Duque de Caxias, cantando “ai, ai, ai, ai, empurra o Temer que ele cai”. Os gritos de “fora Temer” e “Temer, ladrão, teu lugar é na prisão” foram alguns dos mais entoados ao longo da caminhada.

Uma faixa com os dizeres “Fora Temer e Cunha na cadeia” liderava a passeata. Ao longo do protesto, era possível ver também cartazes com críticas à Rede Globo, pedindo eleições gerais, apoiando a presidenta afastada Dilma Rousseff (PT), requisitando “não atirem, protesto não é crime”, entre outros. Um grupo de mulheres segurava um cartaz com uma foto de Dilma na época da ditadura, com a pergunta “que horas ela volta?”, em alusão ao filme brasileiro de 2015. Havia ainda pequenos caixões de cartolina, pintados de preto, com os nomes de alguns programas sociais que estão ameaçados, como ProUni, SUS e FIES.


Foto: Guilherme Santos/Sul21


Foto: Guilherme Santos/Sul21


 Foto: Guilherme Santos/Sul21


Foto: Guilherme Santos/Sul21


Foto: Guilherme Santos/Sul21


Foto: Guilherme Santos/Sul21


Foto: Guilherme Santos/Sul21


Foto: Guilherme Santos/Sul21



Postado no Sul21 em 20/05/2016



Jardim da Saudade, uma valsa de Lupicínio Rodrigues




Jardim da Saudade



Ver carreteiro na estrada passar
E o gaiteiro sua gaita tocar
Ver campos verdes cobertos de azul
Isto só indo ao Rio Grande do Sul!
Ver gauchinha seu pingo montar 
E amar com sinceridade 
Ah! O Rio Grande do Sul é pra mim 
O jardim da saudade 

Ó que bom seria 
Se Deus um dia de mim se lembrasse! 
E lá para o céu 
O meu Rio Grande comigo levasse! 
Mostraria este meu paraíso 
Para os anjos verem a verdade 
Que o Rio Grande do Sul é pra mim 
O jardim da saudade


Lupicínio Rodrigues



Luiz Gonzaga fez a primeira gravação em 1952 






Luely Figueiró: Gravação Continental, 1959





Postado no Luis Nassif Online


" Refrescando a memória " ! Bloqueio de contas é regra do acordo da dívida firmado pelo governo Britto


Acordo da dívida foi assinado em 1996 pelo então governador Antônio Britto com a União, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Na época, Sartori era líder do PMDB na Assembleia  Legislativa. (Foto: Arquivo AL/RS)

Acordo da dívida foi assinado em 1996 pelo então governador Antônio Britto com a União, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso

Na época, Sartori era líder do PMDB na Assembleia Legislativa.
(Foto: Arquivo AL/RS)

Marco Weissheimer
O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), afirmou nesta quarta-feira (12), em Brasília, que não passou calote na União, mas só descumpriu uma parte do contrato de refinanciamento da dívida do Estado com a União. Sartori voltou a pedir ao governo federal “compreensão e solidariedade ativa em relação às contas do Rio Grande do Sul”.


O contrato ao qual Sartori fez menção foi assinado em 1996 pelo então governador Antônio Britto (PMDB) com a União, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, Sartori era líder do PMDB na Assembleia Legislativa.


Em nota oficial, divulgada terça-feira (11) à noite, o governo do Estado reclamou que o bloqueio “implica em severas restrições à governabilidade do Estado”, que perderia completamente, assim, “a capacidade de gerência sobre os seus próprios recursos”.


No acordo firmado pelo governo Britto com a União não há possibilidade contratual de moratória, não pagamento ou calote de pagamento da dívida. O contrato permite que a União saque recursos da conta do Estado a fim de cumprir o pagamento da parcela da dívida vencida.

Segundo o mesmo contrato, se o Estado atrasar em mais de 10 dias o pagamento da parcela da dívida, o índice de correção do saldo da dívida pode ser alterado.
Além disso, existe a possibilidade de alteração do percentual de comprometimento da Receita Líquida Real do Estado, que passaria de 13% para 17% durante o período em que permitisse o descumprimento do contrato.


Na edição do dia 21 de setembro de 1996, a manchete do jornal ZH afirmava: “Rio Grande liquida a dívida”.

(Reprodução; Arquivo do Museu de Comunicação Hipólito da Costa)




Acordo foi apontado como “solução para o Rio Grande”


O acordo da dívida firmado por Britto chegou a ser apontado na época como a solução para o problema da dívida do Rio Grande do Sul.

Na edição do dia 21 de setembro de 1996, a manchete do jornal Zero Hora afirmava: “Rio Grande liquida a dívida”. 

A principal foto da capa mostrava Britto e o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, sorridentes, comemorando o acordo que, segundo ZH, estaria “limpando a ficha dos gaúchos”

Mas o acordo feito por Britto não só não resolveu como acabou agravando a situação financeira do Estado. No final de 2014, depois de pagar mais de R$ 15 bilhões para a União, o Estado ainda devia cerca de R$ 47 bilhões.



Em outro editorial publicado em 22 de setembro de 1996, no dia seguinte à assinatura do acordo da dívida, ZH afirmava:

" O refinanciamento da dívida do governo do Rio Grande do Sul, cujo total chega a R$ 8 bilhões, mereceu consideração especial (do governo FHC) por conta dos esforços do governo gaúcho para reduzir os gastos de rotina na administração, em particular aqueles de pessoal. O Rio Grande foi pioneiro na implantação de um programa de demissões voluntárias.
Ademais, o governador Antonio Britto vem extinguindo, na medida do possível, cargos em comissão e cargos vagos com o objetivo de enxugar uma folha que tem consumido em torno de 80% da receita líquida.
Outro fator importante, incluído nas exigências válidas para todas as unidades federativas, é a disposição de privatizar empresas estatais “.

Com essas medidas e a renegociação da dívida feita por Britto, o Rio Grande do Sul estaria, segundo ZH, “liberado para novos empréstimos e investimentos”. 

O jornal comemorava nas manchetes da época: “Os gaúchos limpam a ficha”, “Negociação acaba com o pesadelo dos juros altos.

José Barrionuveno, principal colunista político do jornal na época, escreveu (na edição de 22 de setembro de 1996):


“A renegociação da dívida obtida pelo governo Britto liberta o Estado do maior obstáculo ao seu desenvolvimento (…) 
É uma obra que restabelece o crédito e a credibilidade do Rio Grande, com reflexos nas próximas administrações. 
Graças à reforma do Estado, considerada modelo pela imprensa nacional, o RS é o primeiro a renegociar a dívida.
Não poderia haver data mais oportuna para o anúncio do que o dia em que se comemora a Revolução Farroupilha”.


Postado no Sul21 em 12/08/2015 



Wilson Paim - Domingo de inverno


Inverno - Rio Grande do Sul - 2015






























Temperatura na Serra Gaúcha pode chegar a -5°C na manhã da terça-feira Roni Rigon/Agencia RBS





















Ui que frio !

Laura muito linda no modelito inverno / 2015 



O Governo Sartori e os interesses da RBS




Baratas tontas? Nem todas


Antônio Escosteguy Castro

Nas páginas de Zero Hora, o Governo Sartori é uma usina de idéias, projetos e ações. Todo dia é “ produtivo” e na segunda-feira, dia de grande tiragem por causa da cobertura do futebol do fim de semana, a manchete invariavelmente é um prognóstico positivo sobre o governo estadual.

Mas na prática quase nada tem sido feito e a sensação geral é a de paralisia do governo frente à crise e à complexa conjuntura econômica e política. E, mais, os sinais que constantemente vazam do Piratini pela imprensa acerca das medidas a serem tomadas são confusos e contraditórios, demonstrando uma falta de clareza sobre os caminhos a trilhar.

Um bom exemplo são as anunciadas concessões dos Parques Zoológico e de Itapuã. A concessão de parques à iniciativa privada torna-se rentável (condição para ser um processo atrativo) pela exploração intensiva do mesmo. Ora, um Zoológico não é uma área estratégica do estado e se pode imaginar sua exploração privada sem maiores conflitos.

Mas a exploração intensiva de um parque de preservação ambiental é um contra-senso. E ambos são equipamentos periféricos e de baixo custo, sem impacto expressivo no alegado déficit. Que linha se pode deduzir destas propostas?

Algumas outras propostas são bastante razoáveis , como a de elevação do imposto sobre doações e heranças e a revisão dos benefícios do Fundopem , particularmente quanto às empresas que não cumpriram com as metas de emprego e ampliação dos negócios. Mas é bastante questionável que Sartori tenha apoio político em sua base para efetivá-las.

A FIERGS já iniciou a campanha pública contrária, colada no repúdio à proposta de elevação geral do ICMS , esta sim um equívoco. Desde o governo Olívio , ainda no século passado, quando inutilmente se tentou uma reforma tributária interna ao estado , os estudos técnicos mostram que não é eficaz elevar o ICMS “a varrer”, mas sim diferenciadamente por setores mais ou menos produtivos e rentáveis. Não se consegue ver uma política tributária clara no Governo Sartori.

Não há dúvida, porém, que os servidores serão penalizados com o ajuste, embora, com o receio do governo de uma reação parecida com a do Paraná, ainda não se saiba o quanto. Mas uma parte considerável da conta ficará a cargo dos trabalhadores.

As incertezas e hesitações do governo atiçam o lobby dos vários setores econômicos e sociais que lucrariam com esta ou aquela medida que pode vir a ser tomada. Aqui, o exemplo mais claro é a luta do Grupo RBS pela privatização de ativos estaduais e agora pela concessão de estradas , inclusive as federais situadas aqui no Rio Grande.

A situação do Grupo RBS é bastante delicada. A Operação Zelotes, fora suas consequências penais, expôs uma dívida fiscal milionária para a qual não há mais a perspectiva de uma redução substancial. 

Some-se, agora, o escândalo FIFA. Mesmo com toda a blindagem da mídia e da Polícia Federal (como explicar que o inquérito sobre Ricardo Teixeira estava concluído há 5 meses , parado numa gaveta?) será difícil que o escândalo não chegue à Globo e abale seu domínio sobre o rentabilíssimo (para ela) futebol brasileiro. 

O respeitado jornalista Paulo Nogueira, do site Diário do Centro do Mundo, calcula que o lucro líquido da Globo com a Copa de 2014 superou os 500 milhões de dólares. J. Hawila, empresário brasileiro pivô do escândalo nos Estados Unidos, responsável pela intermediação da venda dos direitos de transmissão e que já topou devolver 500 milhões de reais de propinas ao FBI , é dono de uma retransmissora da Globo e sócio da família Marinho.

É pouco provável que o império da Globo sobre o futebol brasileiro saia incólume deste imbróglio e isto certamente terá efeitos devastadores sobre o faturamento da Rede e de suas afiliadas que, aliás, têm no futebol um de seu pontos fortes. 

A RBS precisa de dinheiro novo e rápido. É de suprema ironia verificar que a situação da RBS neste momento talvez seja pior que a do PT, que ela tanto ataca. Quando se abre a Caixa de Pandora…

A privatização de ativos é uma forma rápida de injetar dinheiro novo no setor privado e para isto há verdadeiras jóias no Rio Grande do Sul, como a CEEE Geradora (que podia ser fatiada no curso da atual renovação da concessão da empresa), a fragmentação do Banrisul e a municipalização dos serviços de tratamento de água e esgoto. 

Mas é o pedagiamento de uma dezena de trechos de estradas que mais chama atenção agora. Ainda que pela fórmula do governo federal que, diferentemente do modelo ultra-empresarial de Antonio Britto, privilegia o oferecimento da menor tarifa, as concessões criariam várias mega-empresas, de alto faturamento, ávidas por sócios locais.

Os gigantes em dificuldades (além da RBS, a Gerdau também enfrenta uma dívida bilionária na Operação Zelotes) precisam deste sangue novo para recuperar suas contas.

Assim, muito embora o Governo esteja perdido e indeciso, há muita gente neste estado que sabe bem o que quer e o que espera que o Piratini faça.

Antônio Escosteguy Castro é advogado.


Postado no Sul21 em 04/06/2015


rbs






Governo Sartori 100 dias









No Rio Grande do Sul, o ódio avança – com um candidato patético




“Não assinei um documento, exigindo um compromisso…de contribuição, de, de, pagar ou… resgatar o… salário, vamo dizer, o como é que se diz? O piso. Ah, é, o piso. Sim, o piso eu vou lá no “Tumelero” [loja de construção] e te dou um piso melhor, né. Ali tem piso bão.” 

(Ivo Sartori, candidato a governador pelo PMDB, debochando do compromisso com um piso salarial para os professores gaúchosclique aqui para ver a entrevista patética dele) 

Katarina Peixoto, no RS Urgente

Com quanta carga de ódio se constrói um hospital? Quanto de raiva é requerido para contratar médicos dispostos a trabalhar no serviço público? Quanta repulsa é necessária para se ter pleno emprego numa região em que o emprego era escasso e as perspectivas de vida profissional, idem? Quantas buzinas – sob gritos de “ladrões”, “vai consultar com um médico cubano, f.d.p.”, “Vai para Cuba” – é preciso que se aperte, para abrir estradas e construir pontes?

Nestas eleições, a reação conservadora no Rio Grande do Sul está obcecada por uma paranóia da sobrevivência. É um delírio configurado numa candidatura que oscila entre a oligofrenia política e o vazio de ideias desavergonhado, cuja estupidez e ridículo não tem precedentes, salvo em aberrações, como a Senhora Roriz, nas eleições para o Distrito Federal, de 2010, também pelo PMDB e também num contexto de ameaça à sobrevivência política.

Que fique claro: a direita gaúcha embarcou nessa maluquice e está disposta a mobilizá-la num cálculo evidente, nada delirante. O delírio é um operador ideológico escolhido pelo desprezo, característico de toda perspectiva oligárquica, ao esclarecimento. 

O que importa não é o candidato mais qualificado, nem o mais sério, nem se há ou não um bom governo em andamento (a população já decidiu que há, em tempo). Não importa quais os projetos em disputa e nem se e em que medida esses projetos estão ligados ao pertencimento do estado ao país.

Importa resistir à integração com o Brasil, importa reagir a uma promessa histórica nascida ela mesma das entranhas do Rio Grande do Sul: a ideia de estado nacional federado e republicano. Isso explica o atavismo odioso, característico de todo nacionalismo, essa expressão residual em que forças políticas erguidas sobre a paranoia se alimentam.

Nenhum projeto para o estado é necessário, nesse embalo de ódio e rancor. Nenhum compromisso econômico, político, histórico. 

Quando o país sai, pela primeira vez na história, do mapa da fome no mundo, um candidato ao governo do RS apresenta como programa de governo trocar lixo por comida, “para resolver os problemas dos mais pobres”. A agressividade só é superada, diante de programa dessa estatura moral, pelo cinismo de um candidato que faz as vezes de um néscio: diz com orgulho que não assinou qualquer compromisso com a agenda dos professores do estado, para depois, num chiste, revelar o seu desprezo: não reconhece tal coisa como um piso salarial.

O deputado federal mais votado, daqui, pega o microfone para dizer que quilombolas, sem-terra e gays são “tudo o que não presta”. Interpelado posteriormente, corrigiu-se: “gays, não’, afinal, gays podem ter dinheiro e famílias bem nascidas, talvez até um sobrenome alemão.

Aos negros cabe a condição de aprendiz de cozinheiro em cantina italiana, em plena propaganda eleitoral, constituída num show de horrores anos 30 na Alemanha. Tudo é branco, alegre, as criancinhas se abraçam, as pessoas sorriem, ninguém quer brigar. Só tem aquele pessoal que a gente tem de eliminar, não é, aquela turma que usa uma estrela. Eles são o mal.

É regressivo e constrangedor. Ontem, dia 20, no fim da manhã, saí para passear com meus cães e passamos na frente da casa do governador, candidato à reeleição. Quase no mesmo instante, uma caminhonete dessas que custam um apartamento tamanho médio, carregada de adesivos onde soavam palavras racistas, diminuiu a velocidade e começou a buzinar, na frente da casa do governador, que tem grades, mas não muro. Abaixou o vidro e urrou impropérios.

Não é, mesmo, preciso apresentar um projeto de governo, nem assumir qualquer compromisso com o povo. A reação conservadora, no RS, tem a cara de um néscio e o corpo de um monstro carregado de ódio, uma espécie de Goodzila, envenenado midiaticamente, cevado em paranoia pela perda imaginária de um poder de fato ausente há mais de um século, com um único propósito: destruir o PT, para não desaparecer. Não faltam, como nunca faltou, crentes no mal dos portadores da estrela no peito.

O que se passa, no entanto, é que um néscio com um Godzila atrás de si não governam. E eles talvez não estejam aí, mesmo, a fim de governar, mas resistir, às custas, como o fizeram nas administrações Rigotto e Yeda, do erário combalido do Estado do RS. O mesmo, aliás, que ajudaram a depauperar, em administrações desastrosas, concentradoras e politicamente regressivas. 

O fato de terem como único projeto explícito a troca de lixo por alimento perecível, apresentado com orgulho e agressividade, em cadeia de televisão, é a maior evidência do desprezo que a direita cultiva pelos pobres e deserdados.

É por isso que não é preciso ser petista, gostar do PT, ser de esquerda, para reconhecer o que está em jogo no RS.

Há um governo, talvez o primeiro em vinte anos, que combina uma agenda política com uma econômica consistente, que assegurou pleno emprego na região metropolitana de Porto Alegre, passe livre estudantil nessa região, que está coadunado com o projeto nacional representado pela Presidenta Dilma, por um lado. 

Por outro, há uma reação conservadora, reacionária, que, para sobreviver, construiu apenas as condições de destruição e aniquilamento – imaginários, como se sabe, visto que a esquerda não desaparecerá por conta de uma eleição – político de uma experiência exitosa, no juízo do eleitorado. Essa reação não precisa sequer de um candidato: um néscio pode sê-lo, de preferência, porque não tem rejeição: como não passa de um sujeito irrelevante, serve bem ao propósito. Um escárnio, mesmo. Escárnio, desprezo e muito ódio. Seria somente ridículo, não fosse tão nefasto.

Não é preciso ser petista, para acreditar no Rio Grande do Sul como parte de um país. Não precisa ser de esquerda para acreditar que a oferta de lixo como moeda de dignidade é indecente, indigna, racista. Não é requerido ser feminista, para defender as patrulhas Maria da Penha, pela Brigada Militar. Não é preciso ser sindicalista, para defender planos de cargos e salários, investimentos internacionais e uma negociação rigorosa sobre os caminhos do desenvolvimento, do investimento e da produção tecnológica.

Na atual conjuntura, o mínimo de racionalidade disponível requer apenas uma coisa: não ter ódio.

Sem o ódio, a direita gaúcha e brasileira parece que não pode existir.



A tragédia da cartografia proposta pela RBS




Sandro Ari Andrade de Miranda


O filósofo estadunidense Marshall Berman utilizou uma frase famosa do Manifesto do Partido Comunista de Karl Marx para definir com precisão o movimento da pós-modernidade: “tudo o que é sólido, se desmancha no ar”.

Se transferirmos esta simples frase para a realidade do cotidiano do nosso noticiário de imprensa, não encontraremos síntese mais precisa. 

Todos os dias são criados escândalos, tragédias, heróis e vilões, que surgem e desaparecem de uma hora para a outra. Na maior parte das vezes não há precisão, não há conteúdo, apenas a necessidade de vender manchetes e manter a sobrevivência de um conjunto de editoriais tão vazios quanto o conteúdo de suas matérias.

Tomando como exemplo a obra de outro teórico da pós-modernidade, o sociólogo francês Jean Baudrillard, também podemos afirmar com precisão que vivemos num “regime de simulacros”, de aparências, da comercialização de um mundo virtual que só existe na mente dos diretores das empresas que dominam os meios de comunicação.

Lembro que na primeira vez que visitei o Rio de Janeiro, ou então São Paulo, tinha medo de sair à rua, tamanho era o pânico imposto pelo noticiário de televisão.

Hoje sei que a própria exacerbação da violência urbana também é um simulacro, uma forma de aprisionamento. Pessoas trancadas em apartamentos sem janelas e sem jardins se sentem seguras, e são presas fáceis para o comércio de informações e produtos vendidos na orgia comercial televisiva.

Para quer ir a um estádio com elevado grau de segurança como o Beira-Rio ou a Arena do Grêmio, se podemos comprar a cerveja da moda, o chinelo da moda, e toda uma série de produtos vendidos pela televisão? 

Por que visitarmos um museu, se os canais da Globosat já colocam a sua estética pronta e traduzida dentre das nossas casas? 

O mundo dos sonhos de alguns canais de televisão é a alegoria da caverna de Platão, onde todos seremos aprisionados num espaço para ficarmos traduzindo apenas sombras.

O exemplo maior e mais recente foi a Copa do Mundo, quando setores da imprensa, os quais devem ser sempre nominados para não esquecê-los venderam a imagem de uma país tragédia, onde nada daria certo, e de que o Brasil viveria uma vergonha monumental no maior evento futebolístico da Terra.

Estão os referidos meios de comunicação devemos sempre incluir a Rede Globo, Revista Veja, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Revista Época, Zero Hora, e toda uma escumalha de produtos muito corretamente classificados pelo jornalista Paulo Henrique Amorim na precisa sigla PIG (Partido da Imprensa Golpista),

Na prática o que se viu foi que o Brasil realmente passou vergonha, mas dentro do campo, curiosamente no espaço onde estes meios de comunicação exercem o maior poder. 

Fora das quatro linhas a Copa do Mundo foi um sucesso, não ocorreu caos aéreos, a infraestrutura urbana teve diversas obras aceleradas antes do esperado, e o mundo viu o que todos nós já sabemos, que o nosso país é muito melhor e muito mais saudável fora da tela da Rede Globo de Televisão.

Esta pequena introdução serve para colocar uma questão que tenho observado durante o processo eleitoral no Rio Grande do Sul. Se no âmbito nacional as diferenças de projetos já estão escancaradas, aqui ainda reina o simulacro da oposição.

Talvez porque não tenhamos o mesmo potencial competitivo da notícia dos grandes centros, afinal de contas quem manda na notícia no Estado, tanto escrita (Zero Hora), como radiofônica (Rádio Gaúcha), como televisiva (RBS), é sempre o mesmo grupo, a Rede Brasilsul de Telecomunicações, é mais difícil expor a diferença entre o mundo da mídia e a realidade concreta.

Não é por acaso, portanto, que dois funcionários dessa empresa disputem a posição de liderança nas vagas das eleições majoritárias: Ana Amélia Lemos e Lasier Martins. De inovador nada! De diferente nada! De construtivo, absolutamente nada! De concreto, apenas fumaça!

O comentarista do Jornal do Almoço faz um discurso tão asqueroso como o exercido todos os dias na televisão, com o uso de uma linguagem grosseira, que dói aos ouvidos de qualquer pessoal com o mínimo de senso crítico.

Já a atual Senadora apresenta um projeto político discursivo “tão oco” como as suas antigas manifestações como analista política, tão inconsistente como o seu mandato na Câmara Alta do Congresso.

Por isso fica a pergunta, como dois candidatos tão inconsistentes, tão pobres de conteúdo conseguem manter um relativo protagonismo no cenário eleitoral? 

A resposta pode estar na assertiva de Baudrillard, no simulacro!

Lembro que não é a primeira vez que os candidatos da RBS estiveram disputando o Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Antes Antônio Britto e Yeda Crusius já tiveram este privilégio exercendo governos verdadeiramente trágicos.

Não falo de governos ruins, como estamos observando na péssima administração da cidade de Pelotas, mas em governos trágicos mesmo, onde o Rio Grande do Sul andou para trás em relação a todo o seu potencial econômico e social. 

O debate sobre a dívida pública no Estado só existe por dois motivos: 1º) pela péssima negociação realizada por Britto junto à FHC; 2º) pela péssima gestão orçamentária de Yeda Crusius.

Quem viveu a era Britto no Rio Grande do Sul sabe perfeitamente do que eu falo: desemprego em todos os cantos, falta de esperanças, quebradeira das micro e das pequenas empresa, fim da indústria calçadista, falência da agroindústria da Zona Sul do Estado, e uma série de problemas que jogaram a nossa economia para um buraco sem fim. Se hoje a cidade de Rio Grande possui uma economia pujante, com forte potencial de crescimento, no idos de FHC e Britto parecia uma cidade fantasma.

Mas toda essa realidade concreta, vivida por milhões de pessoas desaparece no universo dos simulacros

Os simulacros são anti-históricos, não possuem base real, compõem um mundo vivenciado, mas não vivido. Sua essência é o mundo de Matrix, produzido da obra cinematográfica dos irmãos Wachowski.

Nas imagens de televisão da RBS seus candidatos representam um futuro maravilhoso, onde todo o cidadão poderá adquirir uma cota acionária da CORSAN ou da CEEE (modernamente privatizadas), onde todos poderão viver tranquilos e protegidos por uma polícia tão violenta como a de São Paulo.

Que os “bandidos pobres” serão aprisionados em mega-presídios, como produtores em série de ponteiras de tênis, e os “ricos” estarão devidamente internados em clínicas de reabilitação paradisíacas. 

Que a fome poderá ser suprida com a importação em massa de Big-Macs. Que os congestionamentos poderão ser substituídos pelas linhas e pelos pontos esteticamente precisos dos mapas de controles de tráfego.

O mundo projetado pela RBS e pelos seus asseclas é uma verdadeira “hiper-realidade”, uma vivência falsificada que esconderá a quebra do estado pelo populismo tributário, a demissão em massa de servidores públicos em programas de demissão voluntária, a dilapidação do patrimônio público em processos de privatização. O esquecimento da história é a sua arma principal.

Tamanho é o disparate dos discursos dos candidatos da RBS, ou melhor, da velha e conhecida direita golpista, que a tortuosa Ana Amélia Lemos promete aumentar a receita de investimentos com o corte parcial dos cargos em comissão (grifamos a promessa por tamanha estapafúrdia).

Ana Amélia é uma candidata que somente consegue se sustentar na hiper-realidade construída pelos meios de comunicação que defende. Fincada pelo improdutivo capital financeiro.

Não apresenta nada de construtivo e pior, ainda ameaça todos os avanços conquistados à duras penas pelo Rio Grande do Sul nos quatro anos de Governo Tarso Genro.

Inspirado em Jean Baudrillard posso resumir o desenho do futuro proposto por Ana Amélia na parte final na queda do mapa perfeito criado pelos cartógrafos de José Luis Borges. Quando o mapa caiu, não havia mais espaço para perfeição, mas apenas as ruínas de um passado sonhado:

“… Naquele império, a Arte da Cartografia alcançou tal Perfeição que o mapa duma Província ocupava uma Cidade inteira, e o mapa do Império uma Província inteira. Com o tempo esses Mapas Desmedidos não bastaram e os Colégios de Cartógrafos levantaram um Mapa do Império, que tinha o Tamanho do Império e coincidia com ele ponto por ponto. Menos Dedicadas ao Estudo da Cartografia, as Gerações Seguintes decidiram que esse dilatado Mapa era Inútil e não sem Impiedades entregaram-no às Inclemências do Sol e dos Invernos. Nos Desertos do Oeste perduram despedaçadas Ruínas do Mapa habitadas por Animais e Mendigos; em todo o País não há outra relíquia das Disciplinas Geográficas”.


Sandro Ari Andrade de Miranda é advogado, Mestre em Ciências Sociais.

Postado no site Sul21 em 30/09/2014


As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá


Gabinete Digital


Olho para os países onde morei nos últimos 4 anos e vejo que o RS não está nem um passo atrás em termos de democracia e participação.
Pelo contrário.

Bruna Santos (*)

O famigerado complexo de vira-latas brasileiro, diagnosticado por Nelson Rodrigues, tem sido recorrentemente citado ao longo das últimas semanas. Ele reflete a insegurança e descontentamento daqueles que repetem “só no Brasil mesmo” toda vez que se deparam com algum problema. 

A percepção do brasileiro sobre a situação atual do país piorou significativamente desde que os protestos tomaram as ruas em junho do ano passado. A mensagem era clara: o brasileiro quer eficiência, integridade política e, acima de tudo, quer ser ouvido.

A iminência da Copa do Mundo nos jogou no meio de uma nuvem de insegurança coletiva em relação à percepção alheia sobre o Brasil, nesse caso, a percepção de nada menos do que o restante do mundo. 

A fim de dar um empurrãozinho na disposição de alguns brasileiros a ver o copo meio cheio, proponho uma reflexão breve sobre democracia e participação.

Na última quinta-feira, “só no Brasil mesmo”, foi realizada a maior consulta pública da história da internet no país. 

A Votação de Prioridades realizada pelo Gabinete Digital do Estado do Rio Grande do Sul encerrou as consultas com 255.751 votantes em três dias.

Com este resultado, o Rio Grande do Sul realizou a maior consulta pública da história da Internet no país e o maior processo de orçamento participativo digital do mundo. 

Tudo isso foi monitorado de perto por pesquisadores do Banco Mundial que estavam no estado para conduzir uma série de experimentos relacionados à participação cidadã.

Comparação e competição

Como quem olha o pão com manteiga que tem na frente e compara com o carré de cordeiro na foto do Instagram do vizinho, o brasileiro complexado olha para fora e se deprime. (Não cabe a mim explicar o porquê).

Ele se deprime porque pensa que em Miami a vida é mais fácil; que em Nova Iorque tem emprego pra todo lado e que em Pequim tudo funciona, pois o governo é eficiente.

Aos que pensam assim, fica o meu depoimento. Há algum tempo vivo entre Brasil, China e Estados Unidos. Ser expatriada foi uma opção de vida. Não saí do Brasil por que o país não funciona. Saí por inquietação intelectual.

Manhattan connection às avessas - com parada na Praça da Paz Celestial

Olho para os países onde morei nos últimos 4 anos e vejo que o Rio Grande do Sul não está nem um passo atrás em termos de democracia e participação. Pelo contrário.

Nos EUA, desde a década de 1990 tem-se tentado reinventar o governo. David Osborne foi o idealizador dessa reforma na administração Bill Clinton. Nos últimos 8 anos, Nova Iorque também passou por uma transformação intensa na forma de pensar a intersecção entre políticas públicas e tecnologia. 

Liderada pelo prefeito Bloomberg, a iniciativa de usar a tecnologia da informação a serviço dos cidadãos foi feita de maneira colaborativa. A prefeitura abriu seus dados e criou canais de participação para que a população inovasse criando soluções criativas para os problemas urbanos. Eu considero a experiência nova-iorquina admirável e replicável. 

No entanto, a cidade ainda carece de iniciativas de participação popular eficazes. 

Acredite, tendo Porto Alegre como exemplo, a esquina do mundo lançou apenas em 2012 seu modelo de orçamento participativo - 23 anos depois da implantação do OP em POA pelo então prefeito Olívio Dutra.

Depois da grande maçã, olhemos para a outra esquina do mundo: Pequim. Na China, se você não é filiado ao Partido Comunista Chinês (PCC), as suas chances de ser ouvido e de participar das decisões políticas do país são reduzidas a nada. 

O chinês de classe média hoje tem acesso às grandes marcas internacionais, carros de luxo e etc, mas ainda está encerrado em um modelo não participativo de governo. 

Lá vive-se era da informação, da velocidade, da internet e das redes sociais, mas ninguém pode usar o Google, a internet é censurada e os cidadãos leem com descrédito o que é dito na mídia local.

No mesmo 4 de junho que, no Rio Grande do Sul, comemorávamos o sucesso da participação popular na votação das prioridades, na China, o governo repetia, pela 25º vez, seu esforço anual para apagar da história os vestígios do massacre de estudantes que pediam democracia na praça de Tianamen.

Oportunidades

A era da informação, da internet, das redes sociais e dos dados abertos nos oferece a oportunidade única de reformular nossas instituições políticas.

O Rio Grande do Sul tem sido pioneiro nisso. Uma revolução na forma de fazer política é necessária. A desigualdade entre ricos e pobres é um abismo que os líderes mundiais passaram décadas tentando fechar. Mas, na realidade, a maioria dos cidadãos permanece insatisfeito com uma desigualdade diferente: a que existe entre os poderosos e os impotentes.

Mais uma vez, o Gabinete Digital deu poder à voz dos gaúchos. Elevou o volume dos que ainda falam baixo ou não são ouvidos.

Eu tenho orgulho disso e não vejo espaço para inseguranças e complexos, mas sim para avaliação crítica e construtiva. Melhoria, sugestões, participação e inovação. Que assim seja e que nossa voz nunca se cale. Os ouvidos dos poderosos estão abertos. Aproveitem!


(*) Bruna Santos é mestranda em Administração Pública na Universidade de Columbia, pesquisadora no projeto Public Management Innovation entre os Columbia Global Centers do Rio de Janeiro, Pequim e Mumbai e sócia-fundadora da empresa Ethos Intelligence, dedicada ao monitoramento e avaliação de projetos de impacto social. Contato: bsd2118@columbia.edu ::: b.santos.ri@gmail.com ::: LinkedIn.



O gaúcho Pateta, dos estúdios Walt Disney de 1943, bem antes do Movimento Tradicionalista Gaúcho ser criado !




A partir de 1941, os estúdios Disney se envolveram com o Departamento de Estado do Governo Roosevelt para fins de investida comercial na América do Sul. 

Os mercados europeus estavam fechados pela guerra, assim, os EUA precisavam de parceiros comerciais na própria América, bem como em fazer aliados e estreitar relações com os governos do Brasil e da Argentina, especialmente.

Disney foi usado para tais finalidades, por isso criou dois personagens para agradar os sul-americanos. 

Foram criados o Joe Carioca (Zé Carioca) e El Gaucho Goofy (Pateta Gaúcho), este já existia, mas foi redesenhado como um tipo cowboy dos pampas com a finalidade de fazer-se simpático ao povo argentino.

Como se vê, o uso político-comercial do gaucho (ou gaúcho) foi uma ideia anterior aos jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos de Porto Alegre, quando, na década de 1950, resolveram dar um perfil mais definido ao “tipo ideal” (Weber) do Rio Grande do Sul. 

Os jovens sulinos, representados basicamente por Paixão Cortes e Barbosa Lessa, estavam inventando uma tradição, como tantas outras que se criam mundo afora, à guisa de suporte de feitos heroicos para fins de coesão social, mitos políticos (comumente de direita, como Joana D'Arc na França) e mesmo meros produtos comerciais passíveis de virarem fetiches mercadológicos. 

Vejam que a própria ideia já é de segunda mão, os rapazes do Julinho chegaram tarde ao mercado do gaúcho. Disney chegou primeiro. 




Postado no blog Diário Gauche em 21/10/2013





Vida gaúcha !




IV Encontro dos Kujás no Morro do Osso, zona Sul de Porto Alegre.  O evento reúne os kujás (pajés) de várias tribos  Caingangues do RS e até mesmo de etnias como Guarani e Charrua. Fotógrafo Paulo Nunes

Menino reciclador de lixo Foto: Mauro Schaefer

Pequeno torcedor gremista Foto: Arthur Puls

Amor gremista  Foto: André Ávila

Grêmio uma paixão Foto: Ricardo Giusti



Futebol gaúcho tchê! Praia de Tramandaí Fotógrafa Tarsila Pereira






Alunos da Escola Estadual Técnica de Agricultura, em Viamão. A EETA é a escola mais antiga de ensino agrícola no Rio Grande do Sul e a primeira a formar técnicos agrícolas no Brasil. Fotógrafa Tarsila Pereira

Foto: Tarsila Pereira

Porto Alegre 39,7º  fotógrafo Mauro Schaefer

Surfista Roberto Costa e a cadela Luna fotógrafo André Ávila

Bairro Ipanema margens do Lago Guaíba em Porto Alegre. Fotógrafa Tarsila Pereira

Porto Alegre fotógrafa Tarsila Pereira