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Petrobrax ...




AÉCIO NEVES É O ALTER EGO NEOLIBERAL DE FHC - A PETROBRAX

Davis Sena Filho

A turma da Petrobrax (os oldboys neoliberais de FHC) não tem jeito: odeia e despreza o Brasil. Esses neoliberais sentem, porém, mesmo sem tê-las, urticárias na pele só de pensar na autonomia e independência que a Petrobras poderá proporcionar ao povo brasileiro e ao desenvolvimento econômico do País.

O ódio e o rancor dessa gente são incomensuráveis, ao tempo que patético, ainda mais que o Pré-Sal começou a produzir e tem obtido recordes, como o acontecido em março, em que a camada do Pré-Sal atingiu a marca de 387 mil barris de petróleo por dia, além de registrar recordes nas produções de gás natural e fertilizantes.

As lideranças do PSDB, do DEM e do PPS — pautadas pela imprensa direitista de negócios privados — botaram as garras de fora e se regozijam por vislumbrarem a oportunidade de criarem a CPI da Petrobras, empresa símbolo do Brasil e da luta pela nossa emancipação como Nação desde os tempos do presidente trabalhista Getúlio Vargas.

O estadista criador também da Vale do Rio Doce e da CSN, que, juntamente com a Petrobras, formaram a base da nossa industrialização e impulsionaram o Brasil definitivamente para inseri-lo no capitalismo moderno — o capitalismo de massa tão propalado e admirado pela burguesia tacanha, provinciana e desprovida de qualquer estratégia de desenvolvimento, que sempre se beneficiou das obras dos trabalhistas das quais as "elites" quando no poder se tornaram ainda mais ricas, pois se locupletaram, porque, sovinas e descompromissadas com o País, governam para poucos em detrimento da grande maioria.

Como tudo mundo sabe, o (des)governo entreguista e subserviente de FHC — o Neoliberal I — tratou de vender o País e, consequentemente, impedir o acesso da população brasileira às conquistas sociais, tal qual já o fizeram inúmeros presidentes conservadores, testas de ferro das "elites", que edificaram um País rico e demograficamente ocupado por uma sociedade anti solidária através dos séculos.

Esses são o "projeto" de País e "programa" de Governo da direita brasileira, conforme já divulgado pelo candidato tucano à Presidência, senador Aécio Neves, que avisou aos banqueiros, aos grandes empresários de inúmeros setores e à direita nacional e internacional que está "preparado", se eleito, para "para {tomar} decisões impopulares".

E completou sua desfaçatez de caráter ameaçador: "Se o preço [das medidas] for ficar quatro anos com [índices de] impopularidade, pagarei esse preço. Que venha outro [presidente] depois de mim".

Aécio Neves deixou claro que se chegar ao poder vai retroceder e tentar implantar no País mais poderoso da América Latina, vítima de um golpe civil-militar vampiresco em 1964, os princípios do neoliberalismo, ou seja, a exclusão do estado no processo de desenvolvimento econômico do País.

O senador tucano é indubitavelmente o alter ego de FHC — o Neoliberal I. Ele prometeu a seus pares empresários dar total liberdade a tubarões e tigres, adjetivos dos fundamentalistas do mercado, inclusive permitir que haja novamente a alienação do patrimônio público brasileiro, que os tucanos do PSDB jamais construíram, porque o que foi construído e consolidado neste País foi por obra e graça dos trabalhistas. Ponto!

Essa gente carrega consigo o DNA da dependência porque o social realmente nunca o foi e nunca o será a preocupação da direita e muito menos dos tucanos emplumados, que vivem em um mundo paralelo, realidade esta que o povo brasileiro não tem acesso e muito menos condições plausíveis para compreender o que não é justo e sensato.

A verdade é que a Petrobras vai ser sempre o alvo dos conservadores, principalmente quando eles estiverem fora do comando do poder central. Sempre agiram assim no decorrer da história e, ao perceberem os números, os índices e os lucros gigantescos da multinacional brasileira sob a administração do Governo trabalhista, tratam rapidamente de buscar subterfúgios como a criação de uma CPI, que, evidentemente, vai ser usada como ponta de lança da direita brasileira até o dia das eleições, em outubro.

Obviamente que o PT, o Governo trabalhista e sua base de sustentação não vão permitir que haja a instalação de uma CPI, cujo objetivo é sangrar a presidenta Dilma Rousseff, a candidata que lidera as pesquisas. Mesmo as do Ibope e da Datafolha, que são elaboradas com perguntas mequetrefes e rastaqueras ao eleitor e que têm a finalidade de negativizar e desconstruir o Governo Federal, para, já no fim do questionário, perguntar realmente o que interessa à sociedade: saber se o Governo é considerado bom ou ruim. Básico.

A intenção é deixar o Governo em uma situação de refém dos interesses de grupos privados, que depois disseminam as pesquisas ao público conforme as conveniências e interesses políticos dos empresários de mídias que, inquestionavelmente, são parceiros do PSDB e de quaisquer partidos ou candidatos de ideologia conservadora que possam derrotar o candidato das forças progressivas deste País.

Contudo, o tucano Aécio Neves ainda insiste em prometer o que já foi feito pelo presidente neoliberal, FHC. Aquele mesmo que foi ao FMI três vezes, humilhado, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes, além de ser o "pai" do apagão, de 14 meses, bem como do emblemático naufrágio da P-36, que, simbolicamente, refletiu a irresponsabilidade e a falta de zelo de um governo relapso com a causa pública.

O governo neoliberal, de caráter entreguista, colonizado e com vocação para o erro, como se fosse um delinqüente contumaz, que não se importa, de forma alguma, com as conseqüências causadas ao País e ao seu povo, que ficaram desprovidos de suas empresas estatais, estratégicas para o desenvolvimento do Brasil, a exemplo da Telebras, uma holding de 12 empresas telefônicas, que tiveram suas ações vendidas a preço de banana, sendo que hoje temos uma telefonia das mais caras do mundo, cujas remessas de lucros bilionárias ajudam alguns países europeus a saírem do buraco em que se meteram desde o fim de 2008.

A Petrobras está a experimentar um dos melhores momentos desde sua fundação, em 3 de outubro de 1953. Tem batido recordes seguidos. Suas refinarias produziram em março quatro milhões de barris de diesel S-10, 20 milhões de barris S-500 e 14,8 milhões de barris de gasolina, além de ultrapassar a barreira dos 100 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

E o Aécio, político porta-voz dos interesses das classes ricas e do empresariado, vem com essa de dizer que está pronto para cometer desatinos "impopulares", que talvez sejam esses:

1) redução da oferta de créditos para a casa própria e para as pequenas e médias empresas; 2) Cortes nos empréstimos à classe média (o Bolsa Coxinha); 3) aumento das taxas de juros; congelamento de salários e pensões; 4) flexibilização da CLT; 4) aumento da tarifa da energia elétrica; 5) congelamento da tabela de imposto de renda pessoa física; 6) aumento do preço dos combustíveis; 7) extinção do Bolsa Família e de outros programas de fomento e de apelo social, a exemplo do Luz para Todos, bem como interferir de forma a prejudicar programas como 8) o Enem, o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida, dentre muitos outros.

A vitória eleitoral dos tucanos do PSDB significa retrocesso social, político e econômico, além de representar um abalo psicológico, que vai influenciar negativamente na autoestima do povo brasileiro. Um povo que nos últimos 12 anos teve acesso a incontáveis benefícios, entre eles a ascensão social, no que tange a consumir, a estudar, a trabalhar e a comprar bens duráveis, como casas, apartamentos, automóveis, elétricos e eletrônicos, assim como a frequentar bares, restaurantes, casas de shows, cinemas e os saguões dos aeroportos.

Porque se tem uma coisa que essa direita carcomida pelo tempo e perversa em sua natureza sabe fazer é trair e derrotar seu próprio povo e País, para que os grupos nacionais e internacionais que ela representa possam continuar a manter seus privilégios, bem como fortalecer o controle do estado e o domínio sobre os trabalhadores. Quem duvida, leia sobre a influência dos norte-americanos no golpe de 1964. Pura traição!

A Petrobras, mais do que qualquer grande estatal brasileira, sempre foi o alvo preferencial de partidos políticos de direita e dos empresários que os financiam e os evidenciam, a exemplo das Organizações(?) Globo, inimiga histórica da poderosa estatal, que no governo do ex-presidente FHC — o Neoliberal I — foi relegada a um segundo plano.

Os investimentos destinados à grande empresa nacional diminuíram muito, bem como a proposital falta de manutenção de seu parque industrial visava desqualificá-la como empresa para ficar mais fácil vendê-la às grandes corporações internacionais de petróleo, como ficou evidenciado no episódio do naufrágio, em março de 2001, da P-36, a maior plataforma de produção de petróleo do mundo, que custou na época aos cofres públicos US$ 350 milhões.

A verdade é que a intenção era fatiá-la ou desmembrá-la para ser vendida com o nome de Petrobrax. Alguns "gênios" fundamentalistas do mercado, pois fanáticos, consideravam o "Bras" de Brasil pouco vendável, bem como até hoje são possuidores de um sentimento de repulsa a tudo aquilo que possa lembrar o nome do Brasil e, consequentemente, sua independência perante os países imperialistas, que sempre defenderam os interesses da burguesia nativa de caráter entreguista.

Uma "elite" que atua e age em diversos segmentos, além de influenciar, por intermédio de seus canais, a classe média historicamente lacerdista e portadora de um gigantesco complexo de vira-lata, que a leva a ser submissa e comportada o suficiente para não questionar o domínio daqueles que ela considera as cortes estrangeiras dominantes e superiores, a serem seguidas e imitadas.

A classe que trata o sistema que a explora como normal, como se fosse algo da providência ou de ordem natural. Aquela que tem ódio e sente intolerância, porque despreza os povos pobres, os países subdesenvolvidos, ao tempo que trata as sociedades ricas e poderosas como suas soberanas, a quem essa classe acha que deve obediência, a seguir seus costumes e valores, pois serviçal, admiradora daqueles que se resignam a um papel secundário, pois de almas subalternas e mentes colonizadas. A classe de coração de espantalho.

A refinaria de Pasadena é matéria requentada. Sobre essa questão, tal qual à CPI da Petrobras, até os recém-nascidos e os mortos sabem que essas maledicências são efêmeras e que, sobretudo, têm por propósito as eleições de outubro. Fazer o que, não é? Quando o candidato conservador, Aécio Neves, abre a boca não diz nada com coisa nenhuma se percebe, sem sombra de dúvida, que a direita não tem programa de governo e muito menos projeto de País.

Por isto e por causa disto, a burguesia precisa (como os seres vivos necessitam de ar para viver) de subterfúgios, exemplificados em CPI, denúncias vazias, declarações em off, vazamentos em doses homeopáticas para que a imprensa de mercado faça sua novelinha maledicente, golpista e de péssimo enredo, no que concerne à divulgação de processos, investigações e inquéritos sigilosos, materiais esses cujas origens remontam a indivíduos ligados à Polícia Federal, à Receita Federal, ao Ministério Público, ao Supremo, a fim de combater os governantes trabalhistas, que mudaram o Brasil, melhoram para melhor as condições de vida do povo brasileiro, bem como são favoritos para vencer as eleições presidenciais deste ano.

O Brasil que o Aécio Neves diz querer em jantar com os tubarões ou tigres da economia não existe mais. Alguém, do PSDB ou do campo da direita, deveria avisá-lo. Aécio é jovem, mas sua cabeça é portadora da senilidade dos reacionários e dos egoístas. O Brasil desses burgueses não tem volta, porque os benefícios e conquistas sociais modificaram para sempre o discernimento dos brasileiros sobre os fatos e as realidades, bem como os inspiraram a querer mais, como deixaram claro e isentas de dúvidas as manifestações de junho passado.

A Petrobras é nossa! E a CSN, a Telebras e a Vale do Rio Doce, obras generosas do trabalhista e nacionalista Getúlio Vargas, deveriam voltar para as mãos do povo brasileiro. O PSDB e seus aliados do DEM e do PPS não têm compromisso com o Brasil. Aécio Neves significa retrocesso econômico e atraso social! Ele representa o que todo mundo sabe e já viu: o alter ego neoliberal de FHC — a PetrobraX.


Postado no site Brasil247 em 08/04/2014


Petrobras e as mentiras da mídia !


Foto: A Petrobras enfrenta uma campanha sórdida que objetiva a sua privatização. A mídia bombardeia a empresa, exige reposição de 20% no preço da gasolina e dá um show sobre a compra de Pasadena, uma refinaria em pleno coração dos EUA. A mídia dá a entender que a empresa está falida e os líderes da oposição fazem a festa. Imagine aqueles senadores barrigudinhos da CPI dando lições sobre como administrar a empresa...

Mas na vida real é bem diferente. Mesmo a sub-avalição feita pelo "mercado" como se a empresa estivesse a venda, fala que ela vale 250 bilhões de dólares (em 2002 a avaliação era 15 bi). Só este ano o lucro líquido foi de 26 bilhões. A Petrobras é a mais rentável empresa de petróleo do mundo, mais que Exxon e Shell. 9 bilhões são distribuídos para os acionistas minoritários a título de dividendos. E a empresa acaba de anunciar Plano de Investimentos de 70 bilhões, sendo 62% só para a produção de mais petróleo. A maior parte disso no Brasil, gerando emprego, renda e movimentando a economia.

A produção no pré-sal subiu 7,5% em 12 meses, atingindo em fevereiro média de 375 mil barris por dia. E essa produção vai bater recordes todos os meses. Tudo isso é público, mas escondido no rodapé dos jornais.

Plano de investimentos:
http://goo.gl/BiKjYm

O recorde de produção, escondido lá no fim da matéria:
http://goo.gl/5m6IML

Empresa mais rentável do mundo (apesar do título ser outro):
http://goo.gl/qNRI6b



A Petrobras enfrenta uma campanha sórdida que objetiva a sua privatização. 

A mídia bombardeia a empresa, exige reposição de 20% no preço da gasolina e dá um show sobre a compra de Passadena, uma refinaria em pleno coração dos EUA.

A mídia dá a entender que a empresa está falida e os líderes da oposição fazem a festa. Imagine aqueles senadores barrigudinhos da CPI dando lições sobre como administrar a empresa...

Mas na vida real é bem diferente. Mesmo a sub-avaliação feita pelo "mercado" como se a empresa estivesse a venda, fala que ela vale 250 bilhões de dólares (em 2002 a avaliação era 15 bi). 

Só este ano o lucro líquido foi de 26 bilhões. A Petrobras é a mais rentável empresa de petróleo do mundo, mais que Exxon e Shell.

9 bilhões são distribuídos para os acionistas minoritários a título de dividendos. 

E a empresa acaba de anunciar Plano de Investimentos de 70 bilhões, sendo 62% só para a produção de mais petróleo. A maior parte disso no Brasil, gerando emprego, renda e movimentando a economia.

A produção no pré-sal subiu 7,5% em 12 meses, atingindo em fevereiro média de 375 mil barris por dia. E essa produção vai bater recordes todos os meses. 

Tudo isso é público, mas escondido no rodapé dos jornais.

Plano de investimentos:

O recorde de produção, escondido lá no fim da matéria:

Pingos nos is



Rodolpho Motta Lima

A hipocrisia, como a desonestidade ou a corrupção, não admite gradação. Não há maior ou menor hipocrisia, assim como inexiste desonestidade mínima ou máxima, corrupção de grande ou de pequeno porte. 

A hipocrisia da nossa mídia, por exemplo, não é maior nem menor do que as que ela denuncia na política. A sua desonestidade é tão grande quanto qualquer outra quando sonega informações ou trata com privilégios certos pontos de vista sem a apresentação equivalente do contraditório.

E ela é cúmplice da corrupção quando, em nome de interesses políticos, elege a dedo um caso e deixa de lado, acintosamente, todos os demais , que têm como protagonistas os seus aliados.

É por isso, é só por isso, que defendo a democratização dos meios de informação – sempre lembrando que alguns deles são concessões públicas - , de modo a impedir que meia dúzia de famílias brasileiras – afinadas ideologicamente em torno de interesses que não são os nacionais - detenham o monocórdio poder de distorcer fatos ao seu bel prazer.

Não vivemos o melhor dos mundos no Brasil de hoje. Mas ninguém vive o melhor dos mundos na Terra de hoje. Sem precisar ser um especialista, qualquer bom leitor do planeta pode perceber os sérios problemas que envolvem, hoje, os caminhos da humanidade. 

Se nos voltarmos para a economia, veremos a derrocada de grandes países da Europa, com seus índices expressivos de desemprego, a estrondosa desaceleração do império norte-americano, a previsível falência desse sistema integrado de mercados que vincula os descalabros das grandes corporações bancárias à infelicidade dos cidadãos do mundo inteiro.

Não vivemos o melhor dos mundos no Brasil, mas vivemos melhor, no Brasil, que o mundo em geral.

Só a desfaçatez dos manipuladores da informação consegue não enxergar isso. Só essa preocupação mórbida com as previsões catastróficas e terroristas pautadas pelos patrões midiáticos faz com que alguns profissionais trabalhem sempre com meias verdades, repletas de parcialidade. 

Temos a “imprensa do tomate”, aquela que preconizou uma inflação galopante a partir de um problema sazonal que envolvia um único produto da mesa do brasileiro. 

Temos a imprensa de analistas e especialistas escolhidos a dedo para repetir os mantras da turma que até hoje não engoliu três derrotas seguidas afirmadas pelo maior dos ícones da democracia: o voto.

Afirmei e afirmo minha independência quanto a partidos políticos, nesse conturbado sistema que obriga a governabilidade a criar “sacos de gatos” em que os princípios ideológicos cedem a pragmatismos de ocasião. 

Afirmo, aqui, inclusive, minha insatisfação em ver, “aliados” do atual Governo, os atores de sempre – aqueles mesmos que povoaram gabinetes repressores da ditadura, salões colloridos pouco respeitáveis ou festas da privataria tucana. 

Reafirmo aqui meu desconsolo com agremiações partidárias, cuja integridade é incompatível com o sistema político vigente.

Nada disso, porém, me impede de posicionar-me a favor de medidas que se voltem para a diminuição das desigualdades sociais, para o combate à miséria, para a dignidade do ser humano, para a afirmação cidadã.

Cético em relação a utopias, aplaudo, no entanto, tudo que se aproxima da justiça social. Nesse sentido é que me coloco a favor de muitas das medidas tomadas pelos últimos governos, os que sucederam ao neoliberalismo clássico dos tucanos.

Como ignorar os inéditos e baixíssimos índices de desemprego entre nós, na contramão do panorama de grandes potências do planeta? 

Como não aplaudir as significativas quedas na mortalidade infantil, o aumento das expectativas de vida, ou os níveis de redução do trabalho escravo?

Como ignorar que esses governos tiraram algumas dezenas de milhões de pessoas da pobreza, através de programa consagrado no mundo inteiro? 

Como não valorizar o acesso de milhões de pessoas a bens e serviços de que não dispunham, a ponto de constituírem uma “nova classe média”? 

Como não nos orgulharmos da ascensão internacional do país, cuja voz hoje é respeitada e interfere no cenário mundial? 

Como colocar-se contra um programa que pretende levar médicos a quem não tem, em nome de corporativismos perversos?

Críticas sempre haverá. Eu ainda penso que os bancos brasileiros continuam deitando e rolando com seus lucros astronômicos , penso que é preciso alavancar, e muito, os índices de saúde, educação e moradia do povo, penso que agências reguladoras devem abandonar uma certa cumplicidade perversa com os malfadados planos de saúde e as oportunistas empresas de telecomunicações (orgulho dos privatistas), penso que as nossas tarifas de celular não podem ser as mais caras do mundo, penso que o Governo deveria insistir na criação da Lei dos Meios, penso, enfim, que há muito por fazer.

Mas, se você prestar bem atenção e não quiser aderir cegamente às manipulações que andam por aí, perceberá que o neoliberalismo não tem nenhuma resposta a dar para esses problemas e, pelo contrário, só tende a acentuá-los.

A mais recente falácia dessa turma – agora acumpliciada com “novos velhos atores” que, convenientemente, renegaram apoios e convicções antigas - foi a crítica ao modelo de leilão de Libra, o do pré-sal. 

Tudo sempre pode ser melhor. É o caminho natural das coisas. Mas Dilma está certa quanto ao modelo.

Não dá para a Petrobras, sozinha, bancar a monumental exploração desses recursos. 

É preciso contar com parcerias sólidas, mas mantendo a ingerência nacional no negócio pactuado. 

O entreguismo de sempre preferiria tirar a Petrobras da jogada e, em nome dessa coisa pérfida chamada mercado, alienar o patrimônio do país à saga do lucro internacional.

O que se está fazendo é bem diferente do processo neoliberal de privatizações. É preciso ser hipócrita, intelectualmente desonesto, para não enxergar isso. Ou, então, estar a serviço de outros interesses...

Bom, cada um põe os pingos nos is do jeito que acha melhor. O meu jeito é esse. Tem gente que põe e tira, e fica “enredado”, em cima do muro. Tem gente que nunca escreve os is com os devidos pingos...

Rodolpho Motta Lima : Advogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.


Postado no site Direto da Redação em 27/10/2013
Trechos do texto grifados por mim
Ilustração inserida por mim

Pré-sal brasileiro : batida na porta de um grande futuro




Marilza de Melo Foucheré  Correio do Brasil  via  Página 13


A presidenta Dilma Rousseff demonstrou em seu discurso sobre o pré-sal brasileiro e na sua ação governamental, uma visão pragmática ao encarar o futuro do Brasil. 


Em geral, a maioria dos governantes não planeja o futuro, governam em função do presente e dos jogos políticos.

Dilma antecipa desta forma o futuro e demonstra uma visão moderna na gestão do papel do Estado. Ou seja, quando o Estado estabelece uma parceria com empresas multinacionais europeias e chinesas, esta parceria se estabelece através de um contrato de objetivos bem definidos. 

Isto significa uma mudança considerável de governabilidade, onde o Estado assume a defesa da soberania da Nação na gestão das riquezas naturais, ao mesmo tempo que define regras de parcerias com empresas multinacionais de larga experiência no domínio.

A presidenta, que é economista, desenvolve uma visão Keynesiana melhorada do papel do Estado na Economia. 

Faz lembrar a abordagem que fez o economista Keynes sobre a socialização do investimento, quando ele explica que o Estado deve estar sempre presente na coordenação das relações entre o investimento público e privado. (Ver a entrevista que fiz com o economista e analista político Luiz Gonzaga De Mello Belluzzo, no Correio do Brasil ).

O Estado junto com Petrobras deterão a maioria da produção e dos recursos gerados. 

Além disso, o Estado vai estimular paralelamente o desenvolvimento tecnológico de infra-estruturas necessárias à exploração do pré-sal. Além de estimular a indústria brasileira na inovação necessária para enfrentar este grande desafio.

A área industrial diante de tamanho desafio, terá que realçar seu espírito inventivo; além de melhorar a qualidade e a durabilidade dos equipamentos futuros. Terá, ainda, que formar quadros altamente especializados. Para enfrentar este desafio podem também contar com o apoio da União. Trata-se, aí, de uma relação baseada na reciprocidade e responsabilidade onde todos saem ganhando.

O destaque maior deste investimento nacional é que grande parte dos benefícios gerados na extração de produtos naturais, serão repartidos de modo a garantir o futuro da geração dos jovens brasileiros, isto é traduzido na prioridade dada à educação e pesquisa. 

Esta é uma das iniciativas mais importantes na história do Brasil, onde a educação passa a ser motor de um futuro melhor. Além disso, a saúde é também um setor priorizado, este setor até então nunca foi prioritário para a população de baixa renda.

Vale, porém, chamar atenção do governo brasileiro para não se esquecer dos riscos ambientais que podem representar este Mega investimento, tendo em vista sua inovação cientifica – tecnológica suis generis.

Daí é importante que o governo brasileiro tenha o poder de antecipação no domínio dos riscos ambientais, e possa desde agora contribuir na formação de profissionais, além de reforçar a área da pesquisa cientifica ambiental. Para desta forma começar a estudar todos os riscos possíveis e analisar todos os impactos que tal investimento pode provocar. 

Tratando-se de algo que é novo, o Brasil pode dar exemplo de gestão ambiental dos riscos, para evitar a improvisação que sempre ocorre quando acontece qualquer catástrofe natural.

Outro risco, está ligado mais na concorrência internacional quanto a propriedade intelectual. Como por exemplo, garantir que as empresas chinesas e europeias não se apropriem desta propriedade intelectual da Petrobras.

Na certa os Estados Unidos que não estão diretamente implicados na exploração, já espionaram suficientemente a Petrobras para se apropriar de certos conhecimentos… Não se trata de paranoia, mas hoje os serviços de espionagem industrial e tecnológica é mais importante que as espionagens políticas na época da guerra fria.

Quanto a oposição cega, sectária, que pensa somente nos resultados eleitoreiros a curto prazo, ela é logicamente contra este grande investimento. 

Pelo menos, ela poderia ter mostrado certo senso de responsabilidade, se ela tivesse sido mais propositiva ao estudar os objetivos do grande projeto. Por exemplo, verificando se existem certas falhas, dando-lhe sugestões para melhorá-lo. A critica irracional foi sempre a arma dos políticos medíocres.

Um bom político é aquele que mergulha nas falhas encontradas no projeto do adversário, não somente para denunciar junto a grande imprensa, mas, para esclarecer seus próprios eleitores e o povo brasileiro as razões de sua oposição. 

Se ele é um político que defende o interesse coletivo, ele vai demonstrar certo discernimento face ao desafio que representa o Pré-Sal no desenvolvimento do Brasil, apontando o que falta para que este projeto seja mais viável e o mais eficaz e ecologicamente compatível.

A respeito dos leilões, ao contrário do que foi feito na época do governo de Fernando Henrique, estes foram amplamente discutido e bem pensado. 

O governo Fernando Henrique decidiu de modo monárquico ao fazer licitações para privatizar varias empresas estatais e nacionais. As licitações foram feitas sem explicar para a população as razoes das privatizações. A única imagem que o governo queria construir junto à opinião publica era a da falência do Estado como regulador econômico e social. 

Esta era a mensagem ditada pela governança mundial, o FMI, Banco Mundial, União Européia do qual o Presidente Sociólogo Fernando Henrique e seus aliados aderiram e obedeciam sem reclamar. A ideologia neoliberal ditava a conduta do Estado, que deveria ser um Estado Empresarial e não um Estado Protetor. Basta, se o leitor quiser refrescar a memória, buscar as recomendações do FMI para o Brasil, e sua concepção sobre o ajustamento estrutural no final dos anos 80/90.

Viu-se como foi feita a privatização da Vale do Rio Doce e da própria Petrobras. Esta ultima, se não fosse a pressão popular estaria hoje completamente privatizada. Imaginem senhores e senhoras críticos da ação do governo Dilma, se a Petrobras estivesse hoje privatizada como seria administrado o Pré-Sal brasileiro? Como agiria o Estado brasileiro diante desta grande descoberta? Na certa, estaria completamente desarmado para negociar um projeto de tamanha envergadura como o PRE SAL.

*Marilza de Melo Foucheré doutora em Economia, jornalista, correspondente em Paris.

Postado no blog Maria Fro em 25/10/2013
Partes do texto grifadas por mim
Ilustração acima inserida por mim