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Aos Jornalistas e Correspondentes de Guerra minha admiração, respeito e homenagem!



Para ler clique nos links abaixo :




Brasil condena ataque de Israel a jornalistas na Faixa de Gaza



Texto abaixo retirado da Internet e compilado por IA

Jornalistas e correspondentes de guerra são profissionais que relatam eventos em zonas de conflito, fornecendo informações sobre guerras e crises humanitárias. Eles investigam, documentam e transmitem notícias em tempo real, muitas vezes enfrentando riscos significativos.

Responsabilidades e atividades

Cobertura de conflitos:

Relatam sobre batalhas, condições de vida da população civil, consequências humanitárias e políticas da guerra, e esforços de ajuda internacional.

Investigação e coleta de informações:

Buscam informações sobre a situação local, entrevistam pessoas envolvidas e coletam vídeos e fotos.

Transmissão de notícias:

Enviando relatos, imagens e vídeos para veículos de comunicação, como TV, rádio, jornais e internet.

Comunicação em tempo real:

Transmitindo informações durante crises, muitas vezes sob condições perigosas.

Riscos e desafios

Perigo físico:

Jornalistas e correspondentes de guerra estão expostos a riscos como violência, ataques, minas terrestres e outros perigos relacionados ao conflito.

Pressão psicológica:

Lidar com situações traumáticas e relatar eventos violentos pode ter um impacto significativo na saúde mental.

Restrições de acesso e segurança:

Acesso limitado a áreas de conflito e medidas de segurança podem dificultar a cobertura jornalística.

Importância

Informação e conscientização:

Fornecem informações cruciais sobre conflitos, permitindo que o público compreenda a situação e suas consequências.

Responsabilização:

Ao relatar os eventos, ajudam a responsabilizar os envolvidos e a promover a transparência.

Documentação histórica:

Deixam um registro importante sobre os conflitos para futuras análises e aprendizado.

Correspondentes na Guerra do Vietnã:

Jornalistas como José Hamilton Ribeiro relataram os horrores da guerra, enfrentando perigos como minas terrestres.

Cobertura da guerra em Gaza:

Jornalistas da Al Jazeera e outros veículos relatam os conflitos, enfrentando a morte e a violência. 186 jornalistas foram mortos desde o início da guerra, há quase dois anos.

Jornalistas na Guerra da Ucrânia:

Jornalistas estrangeiros, como os da Fox News, cobriram o conflito, enfrentando perdas e ferimentos.

Notáveis correspondentes de guerra:

Alguns deles tornaram-se escritores de ficção levados por suas experiências, incluindo Davis, Crane e Hemingway.





Robert King Beach - cobriu a guerra hispano-americana







André Liohn - Fotógrafo de Guerra brasileiro






















Michael Herr - correspondente no Vietnam que mais tarde escreveu suas memórias "Dispatches"

Marguerite Higgins - abriu o caminho para a correspondente feminina














Arturo Pérez-Reverte, trabalhou para o jornal Pueblo e a TVE espanhola. Cobriu a Guerra da Bósnia entre outras.




Ernie Pyle, correspondente na II Guerra Mundial, Prêmio Pulitzer de 1944





Joe Rosenthal, recebeu o Prêmio Pulitzer por sua fotografia na II Guerra Mundial "O Hasteamento da Bandeira em Iwo Jima"




Sydney Schanberg, suas experiências no Cambodja durante a Guerra do Vietnam foram dramatizadas no filme The Killing Fields















Pedro Luis ou "Pepe-Louis" - foi correspondente de guerra na Catalunha, no longo período em que a República Catalã lutava pela sua independência. Foi um visionário e vanguardista do jornalismo de guerra, sendo conhecido no meio por ter criado a aproximação de "pé em pé". Apesar do seu tamanho, este jornalista primava pela discrição - raramente era avistado.






O testamento de Anas Al Sharif, jornalista da Al Jazeera assassinado por Israel em Gaza

 

O correspondente da Al Jazeera, Anas Al Sharif, deixou uma mensagem poderosa antes de ser assassinado pelas forças israelenses, na noite de domingo, 10 de agosto de 2025.

Ele foi morto com mais quatro colegas num ataque aéreo israelense. Israel o acusou, sem provas, de ser membro da ala militar do Hamas.

O testamento, escrito em abril ano e publicado nas redes sociais de sua equipe, revela a coragem, o compromisso e a paixão do jornalista com sua causa, e sua missão de dar voz ao sofrimento do povo palestino. Al Sharif sabia que sua vida estava em risco, mas manteve-se firme no propósito de ser a voz inabalável de seu povo.

A seguir, a íntegra do testamento, como publicado em sua conta no X:
"Esta é a minha vontade e a minha mensagem final. Se estas palavras chegarem até vocês, saibam que Israel conseguiu me matar e silenciar minha voz.

Primeiramente, que a paz esteja com vocês e a misericórdia e as bênçãos de Alá. Alá sabe que me esforcei ao máximo e dediquei toda a minha força para ser um apoio e uma voz para o meu povo, desde que abri meus olhos para a vida nos becos e ruas do campo de refugiados de Jabalia. 

Minha esperança era que Alá prolongasse minha vida para que eu pudesse retornar com minha família e entes queridos à nossa cidade original, Asqalan (Al-Majdal), ocupada. Mas a vontade de Alá veio primeiro, e Seu decreto é final.

Vivi a dor em todos os seus detalhes, experimentei o sofrimento e a perda muitas vezes, mas nunca hesitei em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou falsificação – para que Alá possa testemunhar contra aqueles que permaneceram em silêncio, aqueles que aceitaram nossa matança, aqueles que sufocaram nossa respiração e cujos corações não se comovem com os restos mortais dispersos de nossas crianças e mulheres, sem fazer nada para impedir o massacre que nosso povo enfrenta há mais de um ano e meio.

Confio a vocês a Palestina – a joia da coroa do mundo muçulmano, o coração de cada pessoa livre neste mundo.

Confio a vocês seu povo, suas crianças injustiçadas e inocentes que nunca tiveram tempo para sonhar ou viver em segurança e paz. Seus corpos puros foram esmagados por milhares de toneladas de bombas e mísseis israelenses, dilacerados e espalhados pelos muros.

Peço a vocês que não deixem que as correntes os silenciem, nem que as fronteiras os impeçam. Sejam pontes para a libertação da terra e de seu povo, até que o sol da dignidade e da liberdade nasça sobre nossa pátria roubada.

Confio a vocês o cuidado da minha família. Confio a vocês minha amada filha Sham, a luz dos meus olhos, a quem nunca tive a chance de ver crescer como sonhei.

Confio a vocês meu querido filho Salah, a quem eu desejava apoiar e acompanhar pela vida até que ele se tornasse forte o suficiente para carregar meu fardo e continuar a missão.

Confio-lhes minha amada mãe, cujas orações abençoadas me trouxeram até onde estou, cujas súplicas foram minha fortaleza e cuja luz guiou meu caminho. Rogo a Alá que lhe conceda força e a recompense em meu nome com a melhor das recompensas.

Também confio a vocês minha companheira de longa data, minha amada esposa, Umm Salah (Bayan), de quem a guerra me separou por muitos dias e meses. Mesmo assim, ela permaneceu fiel ao nosso vínculo, firme como o tronco de uma oliveira que não se curva — paciente, confiando em Alá e assumindo a responsabilidade na minha ausência com toda a sua força e fé.

Peço-lhes que estejam ao lado deles, que sejam seu apoio diante de Alá Todo-Poderoso.

Se eu morrer, morrerei firme em meus princípios. Testifico diante de Alá que estou satisfeito com Seu decreto, certo de encontrá-Lo e seguro de que o que está com Alá é melhor e eterno.

Ó Alá, aceite-me entre os mártires, perdoe meus pecados passados e futuros e faça do meu sangue uma luz que ilumine o caminho de liberdade para o meu povo e minha família.

Perdoem-me se falhei e orem por mim com misericórdia, pois cumpri minha promessa e nunca a mudei ou a traí.

Não se esqueçam de Gaza… E não se esqueçam de mim em suas sinceras orações por perdão e aceitação.”

Anas Jamal Al-Sharif
06/04/2025







Ao Brasil, com amor



Jamil Chade, Juliana Monteiro | pandemia (Foto: Reprodução Reuters)


Apresentação do livro recém-lançado de Juliana Monteiro &
 Jamil Chade


Por Renato Janine Ribeiro

Amor é uma palavra onipresente em nossa sociedade. É um dos instrumentos mais poderosos do marketing atual. Amor vende quase qualquer produto. Mas por isso mesmo é importante saber o que ele quer dizer. Os estudiosos se dividem entre os que sustentam a existência de um “verdadeiro amor” e os que aceitam que haja vários tipos dele. A primeira distinção talvez seja entre um amor erótico, predatório no limite, e um amor dedicado, que no seu limite é doação, é o amor materno pelo filho. Não por acaso, nesta bela troca de cartas, tanto Juliana Monteiro quanto Jamil Chade falam da experiência que tiveram ao nascerem seus filhos.

Juliana tece uma oposição entre maternidade e guerra. Vingar, diz ela, para uma mãe, é ver seu rebento vingar, como dizemos de uma planta: é consolidar-se como ser vivo. (É muito diferente, praticamente o oposto, de vingar-se). Mães temem, por dias ou meses, talvez anos, que algo de ruim suceda a seu filho. Felizmente, acrescento eu, a mortalidade infantil despencou no último século, mercê especialmente da saúde pública, da água potável e do tratamento dos esgotos. A morte de crianças caiu, por milhar de nascimentos, de três dígitos para apenas um.

Pais não precisam mais ter inúmeros filhos para que sobrevivam um ou dois que, por sua vez, os amparem na velhice. Jamil fala do receio que teve, ao nascer seu filho Pol, de perdê-lo. Lembrei-me de Montaigne contando que teve “dois ou três” filhos que morreram em tenra infância. Comentando essa passagem, o historiador Philippe Ariès observa: qual pai, hoje em dia, não saberia se foram duas ou três as crianças que morreram na idade de 1 ou 2 anos? Haveria uma frieza maior naquela época ou simplesmente era tão comum a mortalidade infantil que já era aguardada a perda, e a memória se adaptava a ela?

Usualmente, quando falamos em amor, a tendência é distingui-lo da paixão. As definições clássicas de amor o identificam a querer o bem da pessoa amada – o que tem tudo a ver com o amor aos filhos, que antes mencionei. Mas o sentido usual de amor, na cultura atual, como a telenovela e a canção popular, está mais próximo do desejo sexual. Ora, este almeja o bem do amante mais que o da pessoa amada (ou desejada). Crimes passionais são justamente isso: se ela não vai ser minha, que morra.

Minha primeira orientadora, dona Gilda de Mello e Souza, se indignou quando Doca Street assassinou Ângela Diniz no final de 1976. E me disse algo assim: crime passional é uma farsa; para acreditar que um homem não possa viver sem a pessoa que ele diz amar, a lógica seria que ele se matasse. Matá-la e sobreviver mostra muito bem que esse suposto amor era mentira. Não era o querer bem ao outro, mas o desejo de dominá-lo.

Ora, somos inundados por uma mídia que apresenta o amor como sendo desejo, como sendo sexo. (Por isso mesmo tenho insistido em que, se é preciso termos educação sexual nas famílias e nas escolas – até para evitar a gravidez indesejada, o abuso sexual e a transmissão de doenças, inclusive fatais –, faz tanta ou mais falta educar para o amor).

***

Falar de amor num tempo de ódio é prioritário, como dizem de vários modos nossos dois autores. Vivemos, entre 1980 e 2010, trinta anos gloriosos – não como os após a Segunda Guerra Mundial, cuja glória esteve no desenvolvimento econômico dos países mais ricos e na formatação de um Estado do bem-estar social, mas como os do combate à fome e do avanço da democracia nos países mais pobres, entre eles o Brasil. Saímos, em 2013, do Mapa da Fome, ao qual lamentavelmente voltamos nos governos seguintes. Parecia vitoriosa a luta pela democracia. Poderíamos imaginar a grande regressão que depois veio? Poderíamos acreditar que pessoas queridas, até parentes nossos, viriam a apoiar governos que querem a morte de tantas pessoas, inclusive de seus consanguíneos ou amigos de infância?

Não por acaso, Juliana e Jamil insistem no papel democrático do amor e das paixões a ele correlatas, como a amizade. Lembro uma passagem de Jorge Luis Borges, quando evoca a homenagem de um guerreiro medieval ao inimigo morto. Lembro também uma observação atribuída a Margaret Mead, que data a humanidade (no sentido figurado e não como espécie, como qualidade ética) do osso humano que se recompôs de uma fratura: foi preciso haver quem cuidasse do ferido, quem o amparasse, até ele cicatrizar-se do machucado.

Noto que, nos últimos meses, me deparei várias vezes com essa referência ao comentário, genuíno ou não, da grande antropóloga. Quer dizer que cresce a esperança na ideia de que a humanidade, enquanto espécie humana, tenha a possibilidade de recuperar a humanidade enquanto sentimento de compaixão e prática de cooperação.

Ou lembremos a questão da ética do cuidado, levantada umas décadas atrás por Carol Gilligan. Ela parte de uma experiência proposta por seu mestre Kohlberg sobre o desenvolvimento moral da criança. Kohlberg colocava cada criança diante de um problema: a mãe dela estava à beira da morte, dependia de um remédio caríssimo para se curar, e o farmacêutico se recusava a dá-lo a ela. O que fazer então? Assim posta a questão, ela praticamente determina uma resposta ao modo de Antígona: a ética exige quebrar a lei. Dessa maneira respondiam os meninos, mas não as meninas, que insistiam em tentar persuadir o farmacêutico. Kohlberg disso inferiu uma deficiência das meninas na compreensão do problema – e do que ele chamou de ética da justiça –, mas Gilligan o contestou. O que elas expressariam seria uma ética do cuidado, um conjunto de valores em torno da convicção de que seria possível uma solução pelo acordo, não pelo confronto, não pelo corte (lembrando que decisão contém cisão, corte, no seu âmago). O modo masculino de ver as coisas seria incisivo, cortante; o feminino seria englobante, includente.

Ora, o avanço do papel das mulheres na sociedade atual não será sinal do que podemos chamar uma feminização crescente de nossa cultura? Notem que, ao contrário do que algumas autoras criticaram em Gilligan, nada disso supõe predicar uma essência masculina ou feminina, uma natureza belicosa do homem ou compassiva da mulher. Podemos seguir sua intuição entendendo-a como uma simples referência a papéis construídos ao longo dos milênios e que foram identificados a dois suportes diferentes, um o dos cromossomos XX e outro dos XY, mas podem estar presentes em homens e mulheres.

Se recuarmos no tempo, veremos que na sociedade medieval as mulheres, ou o feminino, desempenharam papel importante na adoção de costumes mais cuidadosos e respeitosos, processo que Norbert Elias chamou de “civilizar os costumes”. Foi a presença delas que levou, por exemplo, às maneiras modernas, como não cuspir na mesa (ou à mesa), não tomar a sopa diretamente da sopeira, não assoar o nariz sobre os pratos em que se servia o alimento. Esses cuidados, que hoje às vezes são associados, retroativamente, a intuitos higiênicos, na verdade se originaram de formas de respeito. Era respeitoso em relação ao outro, e em especial à mulher, abster-se de práticas que suscitassem o incômodo ou, mesmo, o asco.

A mulher era o outro por excelência. Pretendia-se agradá-la, conquistá-la: por isso, aqueles machões medievais, comparáveis a fazendeiros grosseiros de um Brasil que felizmente foi desaparecendo, a um Paulo Honório como o que Graciliano Ramos coloca em cena no seu São Bernardo, adotam modos que eles imaginam causar prazer às mulheres, e que seriam os delas. Por isso, faz sentido pensar aqui no amor materno: o amor que Juliana e Jamil dedicam ao Brasil é um amor de mãe.

É nosso país um filho? Todo país o é. Nenhum país é uma essência prévia a seus cidadãos. Toda pátria, ou mátria se assim preferirmos, é uma criação constante do afeto. Em português, chamamos de criança a pessoinha que estamos criando. Criar, em nossa língua, não é um ato fulgurante, instantâneo, como a criação divina do mundo a partir do nada, na versão judaico-cristã. É um trabalho longo, com muito afeto investido, que dura dez anos ou mais. Até pouco tempo atrás, por sinal, era uma tarefa da mãe, mais que do pai. E não é fortuito que o ódio que nestes últimos anos tomou conta de nosso país, e de tantos outros, nas mãos da extrema direita tenha tanto a ver com um retorno furioso do machismo.

Há homens que se sentem estranhos, perdidos num mundo em que perderam os privilégios que tinham por tão só haverem nascido num determinado sexo, classe, orientação sexual: e com o declínio da democracia desde a crise econômica iniciada em 2008, eles se consideraram autorizados a vingarem-se daqueles que se atreveram a se colocarem como seus iguais, pior que isso, a pensarem que podiam lhes ensinar algo novo e diferente.

Mas é esse o caminho do futuro, o dos diferentes, do “outro por excelência”, como foi a mulher por milhares de anos: e por isso Juliana e Jamil, querendo ambos devolver amor a um país que foi pilhado pelo ódio, escrevem ao Brasil (e sobre o Brasil) a partir da alteridade europeia, mas com um coração de quem se dirige a uma criança amada.






Professor titular aposentado do Departamento de Filosofia da USP. Autor, entre outros livros, de Maquiavel, a democracia e o Brasil (Estação Liberdade).




Canto indígena de Bruno Pereira vira remix por André Abujamra : " chorei muito ! "





"Eu não costumo ficar profundamente triste. Quem me conhece sabe que sou muito otimista e raramente faço a tristeza me dominar, mas hoje eu quebrei a espinha! Geralmente eu faço música como uma oração! Quando vi o vídeo do Bruno chorei muito e daí fiz esse remix! Meu amigo/irmão @mauro.renui fez o vídeo! força e amor", disse num post às 23h da terça-feira (13.jun.22) na sua rede social o Multi artista, cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator e diretor de teatro e cinema, André Abujamra, filho de Antonio Abujamra, um dos maiores diretores e atores do teatro brasileiro.

Publicamos na página do Facebook do MS Notícias o vídeo em que o indigenista Bruno Pereira estava entoando um canto indígena, o mesmo usado por Abujarana para fazer o remix de homenagem. Veja como ficou:


Com samples de cordas, flautas e percussões, a multiplicação das vozes e uma profusão de sons derramados, o compositor e arranjador impulsiona o canto solitário de Bruno, um homem só no meio da floresta a que devotou sua vida, às milhões de rotações do planeta. À sua real grandeza.

O vídeo de Mauro Renui convoca os passos de Chico Mendes, Dorothy Stang entre outros tantos heróis anônimos – entre eles os indígenas donos improváveis do território – a se somarem a Bruno Pereira e Dom Philips. A música sobe em círculos e vertigens, feito um mantra.

DESAPARECIDOS

Bruno está desaparecido juntamente com o jornalista Inglês Dom Philips, desde 5 de junho, quando estavam numa expedição jornalística no Vale do Javari, região do Oeste do estado do Amazonas.

Os dois, apaixonados pela floresta, sua flora e fauna, provavelmente estão mortos, mas serão tratados como vivos por aqui até que se prove o contrário.

Ontem o vídeo de Bruno começou a circular na internet, pouco após a esposa de Dom Philips dizer à imprensa britânica que seu primo havia sido informado pela embaixada que 2 corpos foram achados amarrados em árvores. Apesar disso, a Polícia Federal no Brasil negou que os corpos pertencessem à Bruno e Dom. A PF emitiu uma nota sobre isso, veja AQUI.




 

 

Para ler clique no link abaixo :

Busca por jornalista e indigenista na Amazônia está perto do fim, diz grupo indígena







Duas grandes atrizes. Uma declara seu lado enquanto a outra diz que não votará em 2022

 
Fernanda Montenegro  /  Marieta Severo




Nos links abaixo veja o que Marieta pensa do governo atual : 





Duas grandes atrizes. Uma declara seu lado enquanto a outra diz que não votará em 2022

 
Fernanda Montenegro  /  Marieta Severo




Nos links abaixo veja o que Marieta pensa do governo atual : 





Jornalista espanhol deixa a profissão indignado com guerra midiática contra a China



247 - O jornalista Javier Garcia, chefe da sucursal da agência noticiosa EFE na China, publicou no Twitter em tom de desabafo uma denúncia das manipulações feitas pela mídia empresarial, no quadro da guerra midiática contra o país socialista asiático. Essa guerra é comandada pelo Departamento de Estado dos EUA, escreveu.

"Em alguns dias deixarei o jornalismo, pelo menos temporariamente, após mais de 30 anos na profissão. A embaraçosa guerra de informações contra a China tirou uma boa dose da minha ilusão por este trabalho, que até agora havia sobrevivido a não poucos conflitos e outras sutilezas.

Vim para a China, como qualquer outro destino, tentando manter a mente aberta e livre de preconceitos. Sempre acreditei que a curiosidade e a capacidade de maravilhar-se, a par do rigor e da fidelidade à verdade, são os elementos básicos do jornalismo.

O que encontrei me surpreendeu. Por um lado, um país enorme, diverso e em constante transformação, cheio de histórias para contar. Um lugar inovador, moderno e tradicional ao mesmo tempo, em que o futuro se vislumbra e o destino da humanidade está de alguma forma em jogo.

Por outro lado, uma história da imprensa estrangeira - a grande maioria - profundamente tendenciosa, que segue constantemente o que a mídia dos Estados Unidos e o Departamento de Estado dos Estados Unidos querem nos dizer, aconteça o que acontecer.

Nessas informações, repletas de lugares comuns, quase não há espaço para surpresas, nem para uma análise minimamente verídica do que acontece aqui. Não há lugar para mergulhar nas chaves históricas, sociais ou culturais. Tudo o que a China faz deve, por definição, ser negativo.

A manipulação informacional é flagrante, com dezenas de exemplos no dia a dia. Qualquer pessoa que se atrever a confrontá-la ou tentar manter posições moderadamente objetivas e imparciais será acusada de ser paga pelo governo chinês ou pior. A menor discrepância não é tolerada.

As potências que estão promovendo a perigosa tendência de confronto com a China não deixam nada ao acaso. Seus fios aparentemente invisíveis alcançam os lugares mais insuspeitados. Qualquer pessoa que se desviar do caminho marcado será posta de lado ou marginalizada.

O tão proclamado totem ocidental da "imprensa livre" recebe assim, paradoxalmente refletido, sua imagem mais nítida na China: imprensa livre para dizer exatamente a mesma coisa, para não sair do roteiro pré-estabelecido, para enfatizar repetidamente o quão ruim é o "comunismo".

Mesmo as políticas que deveriam servir de exemplo, como o reflorestamento, sem paralelo, ou a saída da pobreza de 800 milhões de pessoas, sempre carregam o lema eterno de "mas a que custo", que a mídia anglo-saxônica usa ad nauseam ao noticiar sobre a China".

Acompanhe o fio.

Jornalista espanhol deixa a profissão indignado com guerra midiática contra a China



247 - O jornalista Javier Garcia, chefe da sucursal da agência noticiosa EFE na China, publicou no Twitter em tom de desabafo uma denúncia das manipulações feitas pela mídia empresarial, no quadro da guerra midiática contra o país socialista asiático. Essa guerra é comandada pelo Departamento de Estado dos EUA, escreveu.

"Em alguns dias deixarei o jornalismo, pelo menos temporariamente, após mais de 30 anos na profissão. A embaraçosa guerra de informações contra a China tirou uma boa dose da minha ilusão por este trabalho, que até agora havia sobrevivido a não poucos conflitos e outras sutilezas.

Vim para a China, como qualquer outro destino, tentando manter a mente aberta e livre de preconceitos. Sempre acreditei que a curiosidade e a capacidade de maravilhar-se, a par do rigor e da fidelidade à verdade, são os elementos básicos do jornalismo.

O que encontrei me surpreendeu. Por um lado, um país enorme, diverso e em constante transformação, cheio de histórias para contar. Um lugar inovador, moderno e tradicional ao mesmo tempo, em que o futuro se vislumbra e o destino da humanidade está de alguma forma em jogo.

VÍDEO : Repórter da Globo invoca Rebeca Andrade e faz salto incrível ao vivo




O repórter Diego Haidar, do RJTV, da Rede Globo, surpreendeu a audiência e as apresentadoras do programa ao mostrar seu talento na ginástica.

Ele fazia uma reportagem no ginásio do Flamengo, no Rio, e falava sobre a campeã olímpica Rebeca Andrade, quando resolveu fazer uma apresentação no solo.

“Eu treinei ginástica num breve período da minha adolescência e achei que não sabia mais de nada, mas o professor Ângelo que ajudou a descobrir que eu sei alguma coisinha ainda”, disse ele, modesto.

O jornalista, então, deu um salto incrível e ainda completou com um mortal, para delírio das apresentadoras.

Não, mentira”, disse uma delas, boquiaberta.



VÍDEO : Repórter da Globo invoca Rebeca Andrade e faz salto incrível ao vivo




O repórter Diego Haidar, do RJTV, da Rede Globo, surpreendeu a audiência e as apresentadoras do programa ao mostrar seu talento na ginástica.

Ele fazia uma reportagem no ginásio do Flamengo, no Rio, e falava sobre a campeã olímpica Rebeca Andrade, quando resolveu fazer uma apresentação no solo.

Paraninfo deixa formatura na Unisinos escoltado após discurso sobre ataques à imprensa


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Da Redação

Paraninfo da turma de formandos em Jornalismo da Unisinos, em São Leopoldo, Felipe Boff precisou deixar a cerimônia acompanhado por seguranças na noite de sábado (7), depois de, aos gritos e vaias, convidados do evento terem tentado impedir que o professor concluísse seu discurso. “A virulência desse ataque só reforçou a importância do que foi dito”, escreveu Boff em sua página no Facebook, onde compartilhou o discurso.

A coordenação do curso emitiu declaração de apoio e solidariedade ao jornalista e professor, na qual destaca que a fala foi corajosa e necessária, “principalmente na ocasião em que jovens colegas chegam ao mercado de trabalho, Felipe, embasado em dados e exemplos, alertava para o que deveria ser óbvio: o presidente da República vem constantemente ofendendo e destratando jornalistas”.

Na tarde deste domingo, a postagem de Boff já tinha mais de mil reações e centenas de compartilhamentos.

Confira o discurso proferido por Felipe Boff na cerimônia de formatura:

A imprensa brasileira vive seus dias mais difíceis desde a ditadura militar. Entre 1964 e 1985, jornalistas foram censurados, perseguidos, presos, torturados e até assassinados, como Vladimir Herzog. Hoje, somos insultados nas redes e nas ruas; perseguidos por milícias virtuais e reais; cerceados e desrespeitados por autoridades que se sentem desobrigadas de prestar contas à sociedade. Todos sabem – mesmo aqueles que não acompanham as notícias – quem é o principal propagador dessa ameaça crescente à liberdade de imprensa. É o mesmo que também considera como inimigos os cientistas, professores, artistas, ambientalistas – como se vê, estamos bem acompanhados.

No ano passado, segundo levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas, o presidente da República atacou a imprensa 116 vezes em postagens nas suas redes sociais, pronunciamentos e entrevistas. Um ataque a cada 3 dias.

Querem exemplos? “É só você fazer cocô dia sim, dia não.” “Você está falando da tua mãe?” “Você tem uma cara de homossexual terrível.” “Pergunta pra tua mãe o comprovante que ela deu para o teu pai.”

É dessa forma chula e rasteira que o presidente da República, a maior autoridade do país, costuma responder aos jornalistas. Seus xingamentos tentam desviar a atenção das respostas que ele ainda deve à sociedade. Nos casos citados, explicações sobre o retrocesso da preservação ambiental no país, sobre os depósitos do ex-assessor Fabrício Queiroz na conta da hoje primeira-dama, sobre o esquema da “rachadinha” de salários no gabinete do filho hoje senador, sobre o envolvimento da família presidencial com milicianos.

O presidente das fake news, que bate na imprensa cada vez que ela informa um fato negativo sobre ele e seu governo, é o mesmo que deu 608 declarações falsas ou distorcidas – quase duas por dia – ao longo de 2019. 

O levantamento é da agência de checagem Aos Fatos. Querem exemplos? “O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente no mundo.” “Leonardo Di Caprio tá dando dinheiro pra tacar fogo na Amazônia.” “O Brasil é o país que menos usa agrotóxicos.” “Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira.” “Nunca teve ditadura no Brasil.”

Em 2020, depois de completar um ano de mandato com resultados pífios na economia e desastrosos na educação, na cultura, na saúde e na assistência social, o presidente não serenou. Redobrou os ataques à imprensa. Aplicou o duplo sentido mais tosco à expressão jornalística “furo” para caluniar a repórter que denunciou a manipulação massiva do WhatsApp na campanha eleitoral. Atacou outra jornalista, mentindo descaradamente, para negar a revelação de que compartilhou vídeos insuflando manifestações contra o Congresso e o STF.

E segue promovendo o boicote à imprensa, com exceção daqueles que aproveitam o negócio de ocasião para vender subserviência e silêncios estratégicos. 

Aos veículos que não se dobram ao seu despotismo, o presidente da República impinge pessoalmente retaliações financeiras diretas, pressão sobre anunciantes e difamação de seus profissionais.

Pratica, enfim, toda sorte de manobras sórdidas para tentar asfixiar o jornalismo e alienar a população dos fatos. E já nem se preocupa em disfarçar suas intenções. Querem um último exemplo? Declaração de 6 de janeiro deste ano, dita pelo presidente aos jornalistas “Vocês são uma raça em extinção”.

Não, presidente, não somos uma raça em extinção. Ao contrário. Somos uma raça cada dia mais forte, mais unida, mais corajosa, mais consciente. Basta olhar para estes 21 novos jornalistas que estamos formando hoje. Basta ler os dizeres na camiseta deles: “Não existe democracia sem jornalismo”.

Esta é a mensagem a ser destacada nesta noite: quando tenta calar e desacreditar a imprensa, o atual presidente da República ameaça não só o jornalismo e os jornalistas. Ameaça a democracia, a arte, a ciência, a educação, a natureza, a liberdade, o pensamento. Ameaça a todos, até aqueles que hoje apenas o aplaudem – estes, que experimentem deixar de bater palma para ver o que acontece.

Para encerrar, gostaria de citar o exemplo e as palavras do grande escritor e jornalista argentino Rodolfo Walsh. Precursor da reportagem literária e investigativa e destemida voz contra o autoritarismo e o terrorismo de Estado, Walsh pregava que “Ou o jornalismo é livre, ou é uma farsa, sem meios-termos”. Dizia também que “um intelectual que não compreende o que acontece no seu tempo e no seu país é uma contradição ambulante; e aquele que compreende e não age, terá lugar na antologia do pranto, não na história viva de sua terra”.

Rodolfo Walsh foi sequestrado e assassinado pela ditadura argentina em 25 de março de 1977. Na véspera, publicara corajosamente uma “carta aberta à junta militar”, denunciando os crimes do sanguinário regime, que então completava apenas seu primeiro ano. 

Estas foram as últimas palavras que Walsh escreveu: “Sem esperança de ser escutado, com a certeza de ser perseguido, mas fiel ao compromisso que assumi, há muito tempo, de dar testemunho em momentos difíceis”.

Jornalistas, este é o nosso compromisso. Não deixaremos que a tirania nos cale mais uma vez.