Beijar vicia !






O ruim dos beijos é que viciam


Paula Paredes

De onde vêm os beijos? Quem foi o primeiro ou a primeira que demonstrou afeto dessa forma?

Alguém me perguntou, buscando a forma racional e lógica de explicar o beijo: para que serve? Qual código evolutivo segue? A que instinto de sobrevivência obedece?

Os beijos são instrumentos de comunicação, de entendimento ou de desentendimento, entre duas pessoas. Não falamos apenas de beijos nos lábios do parceiro, mas também de beijos entre avós e netos, pais e filhos, amigos e irmãos…
“… o ruim dos beijos é que viciam” - Joaquín Sabina -
Os beijos podem expressar aquilo que não podemos dizer por palavras, podem ser o ápice de uma explosão de emoções, o início de um momento único ou o final de uma história com data para expirar.

Cada momento tem seu beijo e o tema começou a ser investigado, mas como analisá-lo sob um olhar científico? Por que chegamos à conclusão de que é algo viciante?

Filematologia, a ciência dos beijos

Os estudos sobre o beijo e as formas de comunicação em âmbitos distintos (fisiológico, evolutivo, psicológico), reuniram todos os conhecimentos e investigações sobre o beijo em torno de uma ciência chamada filemotologia.

Essa palavra estranha, bem diferente do atraente verbo “beijar”, faz referência ao termo Philema (beijo) em grego. Isso nos demonstra, entre outras coisas, que o “beijo” é milenar, e que já na antiguidade existia como gesto de respeito ou adoração.

Parece que as primeiras referências aparecem em textos hindus de 1.000 a.C., ainda que seja apenas com o passar do tempo que tenha ganho mais relação com a sexualidade.

A resposta à pergunta de onde vêm os beijos poderia remontar ao Homem de Cro-Magnon, época em que as mães mastigavam a comida e passavam-na aos filhos recém-nascidos diretamente das suas bocas para as de seus bebês, num gesto de alimentação, mas que implicava preocupação, bem-estar, cuidado e amor.

Antropólogos e biólogos continuam estudando seu significado e o que pode relacioná-lo com a escolha do parceiro. A filematologia é uma disciplina que ainda tem muito a explorar…

Viciados em beijar?

Por que falamos em vício? Graças às pesquisas sobre o assunto os efeitos produzidos em nós se tornaram conhecidos, e não se restringem à comunicação e demonstração de afeto.

Um exemplo disso é que os beijos diminuem a dor pois liberam hormônios e elementos químicos no cérebro relacionados com a sensação de bem-estar, relaxamento, tranquilidade e alívio.

Os beijos ativam nosso sistema nervoso, criando uma corrente viva que transmite muitas informações a nosso coração, músculos, saliva e respiração. Além disso, mais de trinta músculos trabalham em conjunto para realizar essa atividade, ativando e tonificando a pele.

Cientificamente os beijos podem ser considerados viciantes, já que liberam uma grande quantidade de neurotransmissores e hormônios como a adrenalina (sensações de prazer, excitação, sensação de confiança), oxitocina (sensações de bem-estar, prazer e conforto), endorfinas, testosterona e estrógenos (relacionados com o desejo sexual).

Todas essas substâncias são suficientemente potentes de forma natural para nos atrair aos beijos, a beijar ou sermos beijados.

Os lábios possuem muitas terminações nervosas e são transmissores e comunicadores de prazer e bem-estar – segundo alguns estudiosos, um beijo tem quase os mesmos efeitos que 1 grama de cocaína.

Por fim, estudos neurológicos recentes falam sobre a estimulação dos neurônios-espelho nessa atividade, o que estaria diretamente relacionado com as manifestações de empatia.

Existem pessoas que não gostam de beijar? Sim, existem. Há pessoas pouco “beijoqueiras”. Pode ser por diversos motivos de educação, temperamento, timidez, ou más experiências passadas.

Entre um casal será um trabalho em comunhão com o outro para encontrar os métodos e fórmulas para transmitir carinho e desejo.

Kiss, kuss, baiser, beijo, calus …

Para algumas culturas antigas, a boca era uma porta para a alma e o beijo algo ameaçador que pode entrar dentro de nós ou roubar nosso espírito. Em alguns países, são proibidos ou mal vistos em público, ou até precisam de maioridade para serem dados ou recebidos.

O certo é que beijar nos faz sentir bem. Beijar é compartilhar, transmitir, é traduzir emoções, é uma das formas mais potentes de demonstrar amor e que, quando se conjuga entre dois, forma o elemento perfeito.
“ Beijo? Um truque encantado para deixar de falar quando as palavras se tornam supérfluas.” - Ingrid Bergman -
Cerca de 95% da população não pode estar errada quando o usa de forma natural, expressando-o cada qual à sua maneira.

Selinhos, beijos na bochecha (dois ou três, segundo o país), beijos nas mãos… variam segundo a nacionalidade, a cultura popular e as tradições.

Apesar dos germes, almas perdidas e “doenças do beijo”, é algo que, felizmente, não parece nos apresentar grandes riscos.

O beijo perfeito

Com seu parceiro, unir os lábios e fechar os olhos, amar seu filho e cobri-lo de beijos, receber o carinho de um familiar ou amigo e que sua bochecha seja a tela em branco perfeita para isso, despedir-se de um irmão selando um “até logo” em sua testa… qualquer forma de beijo é perfeita, dependendo do momento da pessoa.

Se pensamos em termos de casal, as formas podem ser infinitas. Beijos diretos, apertados, suaves, com língua, sem língua, do lábio superior e inferior, nos cantos da boca, beijo inclinado… no fim das contas, o importante é conectar e alcançar essas sensações sobre as quais falamos antes.

Sentir que você compartilha um momento e uma emoção é o que faz o beijo ser perfeito. E podemos conseguir isso todos os dias.

Fortalecer os vínculos com os mais queridos demonstrando afeto na bochecha ou na testa proporciona uma sensação de bem-estar e proximidade que vicia…

Beijar é um vício maravilhoso que vale a pena ter.

















Mudança temporária nas cores no Blog








Entrando no clima das Olimpíadas aqui no Brasil 

coloquei um pouco de Verde e Amarelo no blog, 

que são as cores de nossa Bandeira !



Abertura das Olimpíadas de 2012 em Londres






Olimpíadas Rio 2016 : Os deuses do Olimpo chegaram !













Senador Lindbergh Farias : O golpe é das elites, é um golpe de classes !








Dilma Rousseff concede entrevista para a Revista Fórum





Revista lista principais declarações de Dilma em entrevista: 
“Vamos caminhar sempre mais fortes e mais livres”

Em entrevista para a Revista Fórum, a presidenta Dilma Rousseff falou, nesta terça (2), entre outras coisas, sobre sua representação na mídia tradicional, criticou o governo interino, os cortes na saúde, bem como editorial do jornal O Globo que pede privatização do ensino superior.


O inverso do amor, mais que o ódio, é a indiferença




Marcel Camargo

Muito se alerta, hoje, para a necessidade de se combater o ódio, no sentido de que o mundo carece de mais amor, de solidariedade, de olhares compreensivos em relação aos excluídos, aos miseráveis, às minorias. Atos terroristas e, numa proporção menor, atitudes preconceituosas e excludentes no cotidiano das sociedades acabam culminando em violência e tristeza.

No entanto, há que se atentar, da mesma forma, para os danos que a indiferença também traz, tanto no aspecto das relações humanas, quanto no âmbito da convivência como um todo. Embora silenciosamente, o “tanto faz” acaba por se tronar conivente com a ruína das relações interpessoais, com a propagação do ódio e das injustiças que permeiam o tecido social em todos os níveis.

O ódio enfrenta muitas frentes de combate, seja através de preceitos religiosos, de artigos, de campanhas solidárias, seja na escola, em casa, na rua. Frequentemente nos deparamos com filmes, reportagens e músicas, por exemplo, que pregam a necessidade de se prevalecer o amor sobre o ódio. A maioria de nós, inclusive, já extinguiu a expressão “eu odeio” de nosso vocabulário.

Por outro lado, a indiferença raramente é lembrada, mesmo que seja uma das piores atitudes que poderemos ter em relação ao que de ruim nos circunda. Obviamente, sermos indiferentes a quem nos queira atazanar, a quem fofoca, a quem tenta nos maldizer é extremamente benéfico à nossa saúde física e mental. Porém, sermos indiferentes às mazelas que assolam o meio em que vivemos é tão nocivo quanto o ódio.

Da mesma forma, tornarmos invisíveis as pessoas que caminham ao nosso lado, que sempre acreditaram em nós, com devoção sincera e amor de verdade, é por demais cruel, pois a ingratidão afasta de nós exatamente quem deveria caminhar junto, sempre, todos os dias de nossas vidas. Assim, o “tanto faz” nos esvaziará de amor, tanto daquele que brota aqui dentro, quanto daquele que colhemos junto a quem nos quer bem.

O perigo da indiferença, portanto, é fazer com que aquilo que deveria causar revolta, indignação e atitude combativa se torne banal, normal. Além disso, deixar de retornar afetividade a quem nos ama fará com que expulsemos de nossa convivência aqueles capazes de tornar nossa vida melhor e mais digna. A indiferença nos torna imunes à indignação frente ao que deve ser mudado e às trocas de afetividade, à partilha amorosa que tranquiliza a nossa alma.

O ódio pode até ser combatido, alcançado e neutralizado pelo amor, mas a indiferença é por demais vazia, inócua e sem peso, ou seja, nunca chegará a ser tocada pela magnitude curativa de qualquer sentimento amoroso. O amor não chegará perto desse vazio. E isso é o mais perigoso, porque o “tanto faz” é silencioso e silencia as nossas maiores qualidades, dentre elas, a nossa capacidade de compartilhar amor verdadeiro.



Postado em Conti Outra



Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre





Marcel Camargo

Como é difícil balancearmos com equilíbrio nossas prioridades, dando a devida atenção tanto ao que precisamos obter quanto ao que precisamos manter junto de nós. Embora a vida nos obrigue a despendermos a maior parte de nosso tempo trabalhando para conquistar qualidade e conforto, essa rotina pesada ao mesmo tempo nos distancia mais e mais dos contatos e interações com as pessoas.

Nessa toada, acabamos muitas vezes nos apegando demasiadamente aos bens que acumulamos, valorizando a materialidade que nos rodeia acima de qualquer coisa. E assim relegamos ao segundo plano nossas necessidades afetivas, nossos desejos sentimentais, tudo aquilo que não possui preço, o que não se compra nem se vende, apenas se vive.

Por mais que sejamos alertados para o perigo que reside nessa busca maçante pelos bens, pela riqueza, pelo status social, acabamos sendo atraídos quase que mecanicamente pelos apelos disso tudo. Vamos nos enchendo de objetos e nos esvaziando de sustância emocional, pois acabamos apenas enxergando o que os olhos veem, esquecendo-nos das carências de nossa essência humana.

Por isso é que muita gente se preocupa com os riscos da calota do carro sem nunca perguntar como a esposa se sente. Por isso é que muitos pais olham o boletim escolar, mas se esquecem de olhar nos olhos dos filhos. Por isso é que muitos de nós percebemos quando o amigo engordou, porém jamais percebemos o quanto ele está precisando de nossa ajuda. Por isso é que muitas vezes temos tudo o que queremos, mas não temos ninguém de quem precisamos.

É necessário, pois, mantermos o foco nas escolhas que vimos fazendo, nas atitudes que tomamos, na importância que estamos dando àquilo que colocamos como prioridade em nossas vidas. Não podemos nos desconcentrar em relação ao que temos de mais precioso em termos de parceria, amizade, amor verdadeiro, ou acabaremos lotados de tralhas que não preencherão o nosso vazio existencial.

No mais, perca coisas e não pessoas. Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre.



Postado em Conti Outra






Artista transforma fachadas de prédios em obras de arte cheias de vida



La boulangerie après l'intervention



Eduardo Ruano

O artista francês Patrick Commecy realiza um tipo de arte vibrante: ele transforma fachadas de prédios monótonos em cenários hiper-realistas coloridos, dando um toque de vivacidade nas comunidades onde atua.

Patrick e sua equipe de designers e pintores preenchem paredes de prédios cinzas com desenhos que reanimam esses estabelecimentos, fazendo com que as pessoas tenham um bom motivo para observá-los.

O francês trabalha com essa técnica de muralismo desde 1978, sendo um dos artistas da França mais referenciados quando a demanda é pintar muros e paredes para fins de arte. Seu trabalho é irresistivelmente atrativo.

As obras de Patrick são feitas a contrato de prefeituras, residências ou estabelecimentos comerciais. O projeto é intitulado a-fresco: um trocadilho que faz referência à técnica de artistas renascentistas que pintavam interiores de igrejas, fortalezas e castelos.

Nos bairros onde Patrick opera, o artista imagina como espaços de concreto aparentemente vazios e inúteis podem servir de objetos artísticos potenciais para as cenas que reproduz, usando apenas tinta e criatividade.

Quem mora em locais repletos de prédios demais sabe como é sem graça andar na rua e olhar para cima, sabendo que a perspectiva não inspira. Mas, para quem mora nesses bairros onde a arte de Patrick se faz presente, uma simples observação despretensiosa se torna uma experiência visual encantadora.

Esses murais hiper-realistas chamam a atenção de qualquer transeunte, por mais distraído que esteja.

Os personagens presentes nas pinturas de Patrick são baseados em pessoas reais; todas elas desempenham um papel significativo nas comunidades onde os murais são produzidos. Ao ter sua imagem desenhada nessas paredes artísticas, essas pessoas nas quais Patrick se baseia podem ter a certeza absoluta de que contribuem para a sociedade, e ainda servem de inspiração criativa.

Além da essência dessas obras de arte em si, também é interessante o fato de que, até hoje, nenhum pichador estragou os desenhos com rabiscos, talvez por esses vândalos (ou artistas, segundo eles mesmos) compreenderem que rabiscar paredes como essas seria uma espécie de pecado.

Todos os prédios artisticamente modificados por Patrick e sua equipe ficam na França. Essa ideia é tão suscetível de ser utilizada em tantos outros países, que não seria uma surpresa se Patrick fosse contatado por autoridades governamentais para executar seu projeto no exterior. Com certeza, muitas cidades cinzas – como São Paulo, por exemplo – poderiam ser melhor revitalizadas por intervenções artísticas desse tipo, além, é claro, das que já foram feitas.

É importante frisar que as imagens não são reais, mas apenas representações do imaginário de Patrick e sua equipe, que simplesmente sentiram a necessidade de mudar o ambiente onde vivem.

Esses desenhos gráficos, embora sejam ilusões de uma realidade mais bela e lúdica, são excelentes protótipos de ideias que poderiam ser aplicadas, de fato, em tantos prédios chatos esteticamente e sem vida.

Munidos de ambição e sensibilidade, Patrick e sua equipe transformaram para melhor o aspecto de construções esteticamente futilizadas, valorizando certas regiões francesas bucólicas.

Como se vê, esses prédios, antes apenas prédios, receberam uma idiossincrasia interessante que os torna caracterizados de uma forma bem-humorada. Veja:

1. Renaissance 
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2. Au fil de Loire
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3. Les Dolto
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4. Aquarium
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5. Café de l’Aqueduc
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6. Le Café des Acteurs
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Radicais fascistas, analfabetos políticos, midiotas agridem Letícia Sabatella



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A atriz Letícia Sabatela foi agredida neste domingo (31) em Curitiba quando parou para conversar com uma pessoa próximo de onde se concentrava um grupo que participaria logo depois de um protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A agressão foi filmada pela atriz e publicada no Instagram (leticia_sabatella).

No vídeo divlugado pela atriz ouve-se gritaria e uma profusão de insultos como "sem-vergonha, "acabou a mamata", “sua puta”, “chora, petista”, “nossa bandeira jamais será vermelha”, e “vai embora, tira ela daí”. Letícia limitou-se a dizer que a turma de agressores não era democrática.

Na postagem, ela desabafa: “Não fui provocar ninguém, passava pela praça antes de começar a manifestação e parei pra conversar com uma senhora. Meu erro. Preocupa esta falta de democracia no nosso Brasil. Eles não sabem o que fazem.”

Aqui a postagem e o vídeo da atriz.

O ato na capital paranaense fez parte da mobilização nacional organizada pelo Movimento Vem Pra Rua, em apoio ao impeachment. A cena da agressão foi gravada em frente ao Teatro Guaíra, na Praça Santos Andrade.

Em contrapartida, nos próximos dias, o local receberá o evento nacional “Circo da Democracia”, que irá reunir artistas, políticos, ativistas e intelectuais do Paraná e de todo o Brasil em defesa da democracia e contra o golpe institucional em curso.

O palco do evento já está montado na praça e organizadores pedem reforço para que não seja atacado por manifestantes da direita.

No início da noite, a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) publicou no seu Twitter uma mensagem em solidariedade a Letícia: "Em nossa democracia não há espaço para violência. Nossa solidariedade à atriz Letícia Sabatella atacada em Curitiba".

No post, há fotos com pedidos de identificação dos agressores.



agressores de letícia



Postado em Brasil247 em 31/07/2016